Condenação por caixa dois faz Haddad voltar a ser comparado com Lula

ROTANEWS176 E POR ISTOÉ 24/08/2019 06:00                                                                                                        Por Guilherme Sette

Opositores do PT recuperam slogan “Haddad é Lula” após ex-prefeito de São Paulo também ser condenado; político nega acusações

Reprodução/Foto-RN176 Fernando Haddad foi condenado por crime de caixa dois em sua campanha de 2012 – Ricardo Stuckert

Quando Fernando Haddad apostou no slogan “Haddad é Lula” para conseguir a transferência de votos na campanha à presidência em 2018, talvez não tenha imaginado que o lema o perseguisse por tanto tempo. O juiz Francisco Shintate considerou que o petista tem “culpabilidade extremamente elevada” na denúncia de caixa 2 na campanha à Prefeitura de São Paulo em 2012, na qual foi eleito.

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A Promotoria aponta o valor de R$ 2,6 milhões em recursos negociados ilegalmente entre Haddad e a UTC Engenharia, que teriam sido maquiados nas contas de campanha com notas fiscais de gráficas. A condenação o sentenciou a quatro anos e seis meses em regime semiaberto, e cabe recurso. O ex-prefeito se defendeu pelo Twitter, afirmando apenas que “não há hipótese de eu não vencer”. Com base nessa decisão e nesse crime, provavelmente ele não ficará atrás das grades, mas, se de fato “Haddad é Lula”, precisará lidar com uma série de outras denúncias e condenações que aparecerão conforme a Justiça vasculhar suas contas de campanha — o PT tem maestria em antecedentes criminais nessa área.

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Pais e filhos neozelandeses

Durante um debate no Parlamento da Nova Zelândia, viralizou a imagem do presidente da Casa, Trevor Mallard, embalando um bebê. A criança nem era dele, e sim de Tamati Coffey, outro membro do parlamento, que acabara de retornar de sua licença paternidade e levou o filho para a sessão. Isso já aconteceu antes entre os neozelandeses: a primeira-ministra do país, Jacinda Arden, levou sua filha de três meses para uma Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro do ano passado.

CULTURA
Tudo tem limite

Para o secretário especial de Cultura, Henrique Pires (foto), a suspensão pelo governo de um edital que selecionou séries para abordar a diversidade de gênero e sexualidade na TV pública foi a “gota d’água”, e deixou o cargo. Ele era subordinado ao ministro da cidadania, osmar terra. este afirmou que o demitiu. Henrique disse ter respeito pelo presidente e pelo ministro,
mas que “não iria chancelar censura”.

CRIME
Jovem invade escola e fere alunos com machado

Inspirado pelo massacre de Suzano, um adolescente de 17 anos invadiu o Instituto Estadual Educacional Assis Chateaubriand, em Charqueadas, no RS. Ele era ex-aluno da escola. Consigo, tinha um coquetel molotov, uma machadinha, gasolina e uma corda. Segundo a investigação, a intenção era assassinar um desafeto, colocar fogo na escola e se matar, mas ele foi detido por um professor após colocar fogo na sala de aula. Mesmo assim, feriu sete pessoas com golpes de machado, fugiu para casa e foi entregue à polícia pelo pai.

JUSTIÇA
Sequestrador de Washington Olivetto é extraditado

Um acordo entre o Brasil e o Chile definiu a extradição do chileno Maurício Hernández Norambuena (foto). Ele é conhecido em terras brasileiras como o sequestrador do publicitário Washington Olivetto, e condenado pela Justiça do país à pena máxima de 30 anos, dos quais já cumpriu 16. No Chile, ele é ainda mais perigoso: condenado a duas prisões perpétuas por crime de terrorismo. Ele integrou a Frente Patriótica Manuel Rodríguez — onde era conhecido como “comandante Ramiro”. A extradição foi acordada sob a condição de ele não ser submetido à prisão pelo resto de sua vida e à pena de morte, garantias dadas pelo ministro da Justiça do Chile, Hernán Larraín.