ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO 24/04/2021 10:21
RELATO
Destemido, Erisson encontrou na prática budista a determinação para avançar nos estudos e se desenvolver como profissional humanista
Reprodução/Foto-RN176 Erisson Thiago Cordeiro Garcia, Resp. pela DMJ da RM Mogiana; supervisor do Taiyo Ongakutai do Núcleo Anhanguera, CLP, CGESP.
Estou vivendo um momento muito feliz, pois minha família está prestes a completar quarenta anos de prática budista, e dando continuidade a essa luta, sigo trilhando minha própria história de conquistas. Ao longo dos anos, venho me aprimorando na organização e realizando a revolução humana, com o desejo de corresponder a Ikeda sensei. Isso reflete positivamente em minhas ações, transforma o ambiente e expande o humanismo Soka para a sociedade.
Ser persistente
Cresci nos jardins da Soka Gakkai e ainda me recordo das primeiras atividades na sede da BSGI, em Campinas, SP (atual Centro Cultural Campinas). Minha família e eu morávamos em Nova Odessa, SP, e os desafios para participar das atividades nessa sede eram enormes por conta da distância. No entanto, jamais deixamos de frequentar as reuniões.
A organização local cresceu e se transformou na RM Americana, na qual tive a oportunidade de liderar a Divisão dos Estudantes, da Comunidade Nova Odessa, Distrito Sumaré, Regional Glória, passando pela vice-liderança da Divisão Masculina de Jovens (DMJ) da RM, até chegar à liderança dessa divisão. Conforme eu me empenhava na Gakkai, minha vida avançava. E, ao transformar as adversidades, sentia-me cada vez mais confiante para encorajar as outras pessoas e realizar meus objetivos.
Foi assim que, em 2014, iniciei uma jornada universitária ingressando no tão sonhado curso de engenharia de produção, que exigiu muito de mim. Conciliava trabalho, família, atividades da organização e do grupo Taiyo Ongakutai [banda da Divisão Masculina de Jovens], nos fins de semana. Recordo-me do movimento Humanismo em Ação, por meio do qual criamos uma grande onda de propagação do budismo na localidade. Quatro pessoas decidiram iniciar a prática budista com meus incentivos. Uma delas foi minha namorada Daiane.
Segui me desafiando nos estudos e foram cinco anos de dedicação, em que muitas vezes dormia apenas duas ou três horas por noite. Tinha em mente que, como um jovem da Gakkai, deveria me aprimorar convicto de que essa atitude consistia no desenvolvimento da sociedade. Assim, em 2019 concluí a graduação com nota máxima no trabalho de conclusão feito em grupo — algo inédito entre as turmas do meu curso.
No livro Juventude: Sonhos e Esperança, o presidente Ikeda diz: “O propósito do estudo não é somente ir à universidade. O estudo contribui para o nosso crescimento e autoaprimoramento. Há um ditado que diz: ‘Não estudar é ser pobre de espírito’. O que faz com que os seres humanos sejam humanos é a arte de estudar e aprender”.1
Agir com base na fé
No decorrer da universidade, havia estagiado na empresa em que trabalhava. Eu já estava lá havia seis anos e, apesar de ser uma experiência única, sentia que precisava de outras oportunidades. Então, decidi sair do trabalho em busca de aprimoramento e ascensão profissional. Passei um ano planejando minha saída e até mesmo relatei tal fato aos companheiros da DMJ. Quando isso aconteceu, nós nos deparamos com a pandemia do coronavírus.
Não me abalei, afinal, teria mais tempo para reorganizar as estratégias e os objetivos dali para a frente. Eu me desafiei na recitação do Nam-myoho-renge-kyo ainda com mais convicção, e com minha família e minha namorada, ultrapassamos 2 milhões de daimoku. É claro que o resultado seria a vitória!
Reprodução/Foto-RN176 da esq. para a dir., a prima, Cristiana; a mãe, Lourdes; ele; a irmã, Luana; o pai, Aparecido; e a namorada, Daiane
Realizei três entrevistas para vagas que correspondiam aos meus anseios profissionais. Fui aprovado em todas elas e pude escolher onde queria trabalhar. Em junho de 2020, ingressei na maior empresa de armazenagem do país que tem o agronegócio como principal ramo de atuação. Relatei essas conquistas a Ikeda sensei que respondeu minha carta. Quanta emoção! Vitória!
Neste mês de abril, completei dez meses na empresa e, durante esse tempo, carrego comigo uma frase que diz: “Na prática da fé, empenhe esforços por uma pessoa; no trabalho, empenhe esforços por três”.2
Concluí que despender mais esforços como profissional é a chave para se tornar a força motriz das melhorias no local de trabalho e na localidade, e que a fé é o que lhe permite agir assim. Por trabalhar com essa convicção, o resultado positivo surgiu novamente, ao ser convidado para integrar o grupo de novos talentos, assumindo um novo departamento de logística. Em paralelo, minha companheira, Daiane, e eu iniciamos os primeiros passos da construção da nossa casa, em Nova Odessa. Estamos ansiosos para que, num futuro próximo, possamos realizar as atividades do bloco nessa residência.
Além disso, recentemente assumi a liderança da DMJ da RM Mogiana e estou confiante com relação ao avanço do kosen-rufu nessa localidade. Meu objetivo é ser um vencedor na prática da fé, realizando minha revolução humana. Quero contribuir para o desenvolvimento da organização de base, expandindo o som da vitória para todas as pessoas.
Erisson Thiago Cordeiro Garcia, 34 anos. Engenheiro de produção. Resp. pela DMJ da RM Mogiana; supervisor do Taiyo Ongakutai do Núcleo Anhanguera, CLP, CGESP.
Notas:
- IKEDA, Daisaku. Juventude: Sonhos e Esperança, v. 1, p. 19. 2020.
- Brasil Seikyo, ed. 2.074, mar. 2011, p. A7.