ROTANEWS176 15/03/2025 11:40 LIGA MONARCA DIRETO DA REDAÇÃO DO JBS
Compartilhar o budismo com as pessoas é o ato de máxima felicidade
Reprodução/Foto-RN176 Membros do Distrito Brasílio Machado em atividade realizada no Centro Cultural Campestre – Foto: Colaboração local
Na história da Soka Gakkai, em fevereiro de 1952, iniciou-se o movimento de propagação do budismo no Distrito Kamata. A determinação de Ikeda sensei, como integrante da Divisão dos Jovens na época, era tão profunda e sincera que inspirou centenas de pessoas, gerando um grande movimento de propagação do Budismo Nichiren. Entretanto, tudo começou quando Josei Toda assumiu como segundo presidente da organização, em maio de 1951. Na ocasião, Toda sensei jurou concretizar a conversão de 750 mil famílias. Sete meses depois, o total de famílias chegava a 0,7% de 750 mil. Naquele ritmo, seriam necessários noventa anos. Nomeado consultor do Distrito Kamata, Daisaku Ikeda, com o próprio exemplo, agiu rapidamente, mostrando que discípulo é aquele que não aceita a derrota e vence. No fim de fevereiro, o resultado foi de 201 shakubuku. O Distrito Kamata impulsionou os demais distritos, que se levantaram com o espírito de não perder. O presidente Ikeda realizou um grande movimento de propagação em todo o território japonês e, em outubro de 1960, começou a plantar a semente do budismo em vários países, como Estados Unidos, Canadá e Brasil.
Com a Liga Monarca, a BSGI germina essa semente do budismo na localidade, indo ao encontro das pessoas, promovendo visitas e diálogos de esperança, coragem e convicção, manifestando o incentivo de Ikeda sensei, no qual ele afirma: “Orar e agir pelo bem dos amigos e das pessoas que estão sofrendo. Aquele que age dessa forma é um verdadeiro discípulo de Daishonin e um verdadeiro líder da SGI”.1
Apresentamos, diretamente de São Paulo, um exemplo de avanço na luta de propagação. Qual caminho o Distrito Brasílio Machado percorreu para a conquista da Liga Monarca? Existe algum segredo para a concretização do shakubuku? Acompanhe a leitura nesta edição.
Distrito Brasílio Machado de vitórias mil
“Nosso distrito é composto por membros maravilhosos, dedicados ao kosen-rufu da localidade e ao bem-estar de todos ao seu redor. Somos uma grande família Soka, unida pelo mesmo ideal e pelo espírito de encorajamento mútuo. Contamos com a presença valiosa dos veteranos, que lutam ao nosso lado e nos apoiam em todos os momentos, transmitindo experiência e dedicação como inspiração para todos.” Assim começa nosso diálogo com os líderes do distrito. Outra particularidade é que a localidade fica no entorno do Colégio Soka. Dessa forma, os líderes compartilham o desejo de estar na mesma órbita do mestre: “Empenhamo-nos diariamente para propagar os ideais do Mestre em nossa localidade”.
Reprodução/Foto-RN176 Foto de ilustração da matéria – Foto: Colaboração local
O que foi realizado pela organização?
O grande objetivo do distrito, para a realização das atividades, era envolver e fortalecer membros e convidados. Durante esse processo, eles promoveram:
- Reuniões mensais de incentivo.
- Atividades e passeios para a Juventude Soka e os Sucessores Ikeda, sempre buscando integrar todas as divisões.
- Visitas “de vida a vida”, fortalecendo os laços entre os membros e incentivando a prática diária do budismo.
“Nossas atividades são sempre dinâmicas e repletas de alegria, proporcionando um ambiente de inspiração e motivação para todos os participantes”, compartilham os líderes do Distrito Brasílio Machado.
Reprodução/Foto-RN176 Foto da matéria – Foto: Colaboração local
E qual é a decisão do distrito?
“Queremos que, por meio de nossas ações, a grandiosidade da Soka Gakkai e o legado do Mestre sejam amplamente reconhecidos e vivenciados. Com determinação e união, seguimos avançando para que nossa localidade brilhe como um modelo do kosen-rufu, demonstrando, na prática, o poder da fé e da revolução humana!”
Nota:
- Brasil Seikyo, ed. 1.263, 5 mar. 2005, p. 4.
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Plantar a semente do Estado de Buda
Solicitamos ao Edjan Santos, coordenador da Juventude Soka da BSGI, para compartilhar algum episódio marcante na realização do shakubuku:
Edjan: Após retornar às atividades da organização e à prática individual mais assídua em 2009, fiz shakubuku em diversas oportunidades, e todas essas realizações foram bem significativas e marcantes. No entanto, quero destacar um episódio ocorrido em 2017.
Entre 2010 e 2013, trabalhei em uma consultoria de tecnologia na cidade de São Paulo, na qual tive contato com muitas pessoas e, a partir dessas interações, criei vínculos com elas, inclusive com um jovem natural do Espírito Santo que trabalhava comigo na mesma empresa. Nossos tópicos de conversa se concentravam basicamente em futebol, videogames e tecnologia.
Reprodução/Foto-RN176 Thiago, terceiro a partir da esq., converteu-se ao Budismo Nichiren apresentado por Edjan, ao seu lado. Completam a foto, a esposa de Thiago, Renata, à esq., e a de Edjan, Isabella, à dir. – Foto: Colaboração local
Apesar de esses assuntos dominarem 99% do tempo, para esse amigo e para todas as pessoas com quem eu convivia, deixava claro, de várias formas, que era budista e discípulo de Ikeda sensei. Falava sobre tocar trompete na banda masculina Taiyo Ongakutai, contava o que eu fazia nos fins de semana, compartilhava minha visão de mundo com base nos ensinamentos do Buda, entre outras coisas.
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“Agora, sou oficialmente praticante do Budismo Nichiren”
Reprodução/Foto-RN176 Maria Eduarda com seu namorado, Enzo – Foto: Colaboração local
Maria Eduarda, membro da Juventude Soka do Distrito Danúbio Azul, CCLP
Esse amigo em nenhum momento manifestou qualquer interesse no budismo. Após algum tempo, cada um de nós seguiu um caminho distinto. Ele foi morar por um tempo na Flórida, Estados Unidos, e retornou depois para o Espírito Santo, e eu fui trabalhar em uma nova empresa ainda em São Paulo.
Em 2017, desafiei muito daimoku para realizar shakubuku. Em um dos ensaios do Taiyo Ongakutai, senti meu celular vibrar várias vezes com notificações de mensagens. Era esse amigo, dizendo que se lembrou de que eu era budista e que ele estava interessado nessa religião.
Ele relatou que viveu momentos muito difíceis nos últimos anos e que estava sem esperança. Comentou que pensou sobre a vida e ainda que se recordou de mim e do budismo.
A partir daquela mensagem, convidei-o para participar de atividades para convidados e, em menos de um mês, ele já havia comparecido a quatro reuniões e recebeu seu Gohonzon.
Reprodução/Foto-RN176 Maria Gomes, 82 anos, membro da Comunidade Jd. Marilene, CGSP, concretiza seu shakubuku, Ana Lúcia – Foto: Colaboração local
Esse episódio ficou gravado em meu coração de que precisamos plantar a semente do estado de buda nas pessoas que conhecemos e cultivar um caráter íntegro para que, quando elas despertarem, se lembrem de nós.
Não importa se a pessoa à sua frente agora está ou não aberta a ouvir sobre o budismo. As causas realizadas são, sem falta, registradas no universo e, no momento oportuno, o efeito se manifestará.
“Desde a primeira atividade que meu namorado me levou para participar, há dois anos, identifiquei-me com os princípios apresentados. Percebi que tudo o que era ensinado nas reuniões, basicamente, eu já acreditava, mas não sabia que existia alguma religião com pensamento assim.
Reprodução/Foto-RN176Membros da Comunidade Jd. Marilene em concessão de Gohonzon – Foto: Colaboração local
Sempre me senti acolhida dentro da Gakkai por todas as pessoas. Absolutamente, cada pessoa que conheci, desde que tudo começou, teve papel em todo esse processo. O brilho que enxergava na vida do meu namorado era possível ver também nos outros membros da Gakkai. Eu pensava: “Quero sentir isso também”. Sentia uma alegria e uma identificação nas reuniões que não tinha sentido em nenhum outro lugar.
Por isso, quis entender melhor o que era tudo aquilo e busquei estudar. Meu namorado me emprestou uma coletânea dos escritos de Nichiren Daishonin e me empenhei a tentar entender os Gosho. Demorei muito para me sentir pronta para receber o Gohonzon porque só muito depois comecei a desenvolver a fé. Quando estava pronta, todos à minha volta se prontificaram a me ajudar.”
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“Eterna gratidão”
“Iniciei a prática do budismo devido ao carma da doença em minha família, que já havia passado por vários obstáculos, mas nunca desistiu. Diariamente, recito meu daimoku com profunda gratidão. Em fevereiro de 2024, fomos surpreendidos com o falecimento do meu esposo. Mesmo nesse momento de dor, a organização e os incentivos de Ikeda sensei nos ofereceu conforto e tranquilidade. Em meio a esse desafio, bateu em meu portão minha vizinha e amiga, Ana Lúcia, querendo aprender sobre o budismo. Começamos a recitar daimoku juntas. Ela participou das reuniões na comunidade e decidiu se converter. Quanta gratidão!”
Fotos: Colaboração local
FONTE: JORNAL BRASIL SEIKYO