Yasin Aktay, assessor do presidente da Turquia, fez a afirmação um mês após o assassinato de Jamal Khashoggi no consulado na Turquia
ROTANEWS176 E POR ANSA 02/11/2018 12:25
Um mês após o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul, o assessor do presidente da Turquia, Yasin Aktay, disse, nesta sexta-feira (2), que o corpo do dissidente foi esquartejado e dissolvido em ácido.
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Reprodução/Foto-RN176 Manifestante segura cartaz com foto de Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istanbul 25/10/2018 REUTERS/Osman Orsal Foto: Reuters
“A única conclusão lógica é que os responsáveis pela morte de Khashoggi desmembraram seu corpo para que fosse dissolvido com mais facilidade e para não deixar rastros”, informou o assessor de Recep Tayyip Erdogan ao jornal “Hurriyet Daily”.
As alegações foram reveladas depois que a noiva de Khashoggi, Hatice Cengiz, pediu aos líderes mundiais que “levassem os acusados à justiça”, em um editorial publicado em diversos jornais, incluindo o “The Guardian” e o “Washington Post”.
“Todos os locais para os quais nos levam as câmeras de segurança foram examinados e não encontramos o cadáver”, disse Aktay, que tinha boas relações com Khashoggi.
Para ele, “matar uma pessoa inocente é um crime. O que fizeram com o corpo é outro crime e uma vergonha”.
Príncipe saudita ligou para Trump
O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, por sua vez, afirmou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o colunista do Washington Post era um “islamita perigoso”.
O telefonema à Casa Branca teria ocorrido no dia 9 de outubro antes da Arábia Saudita admitir que Khashoggi estava morto. O país árabe negou que os comentários tenham sido feitos ou que sua família real estivesse envolvida no assassinato e diz que está “determinada a descobrir todos os fatos”.