ROTANEWS176 E POR RUNNER’S 29/08/2019 12:00 Por Scott Douglas, da Runner’s World US
Reprodução/Foto-RN176 Foto: Shutterstock
Todos nós sabemos dos inúmeros benefícios da atividade física. Mas será que o excesso, nesse caso, também pode ser prejudicial? Será que correr muito pode fazer mal à saúde?
De acordo com uma nova pesquisa publicada no British Journal of Sports Medicine que analisou níveis de atividade física e mortalidade não há com o que se preocupar. Segundo os dados do levantamento, pessoas que fazem mais atividade física do que o recomendado vivem mais do que aquelas menos ativas. E treinar mais que doze horas por semana também não vai te fazer viver menos.
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Correr demais pode fazer mal?
A pesquisa, conduzida por um time da University of Copenhagen, reuniu 48 estudos anteriores que falavam sobre atividade física e mortalidade. Para integrar a análise, os estudos precisavam ter acompanhado seus participantes por, pelo menos, dois anos. No total, foram reunidos dados de mais de 800 mil pessoas.
A maioria das diretrizes de saúde pública recomenda de 500 a 1.000 MET minutos por semana de exercício. O MET, abreviação de equivalente metabólico, é uma maneira de comparar diferentes formas de exercício. Em termos de execução, 750 MET minutos por semana equivale aproximadamente a 120 quilômetros por semana a um ritmo de 6min12/km.
O grupo descobriu que as mortes por diferentes causas, incluindo três patologias específicas que estudavam, eram menores em pessoas que se exercitavam mais que o recomendado. “O risco de moralidade era menor quando os níveis de atividade eram bem acima do recomendado”, escreveram os pesquisadores.
Mas isso não quer dizer que você precisa se exercitar mais vai, necessariamente, te proporcionar longevidade. A menor taxa de mortalidade estava entre os que se exercitavam por volta de 2.000 MET minutos por semana. O que isso significa? Aproximadamente 32 km por semana a um pace de 6min12/km.
Claro que há inúmeros benefícios em correr mais do que esse isso. Mas o que essa pesquisa mostra é se você quer correr mais, pode ir em frente. A não ser que exista alguma condição preexistente, correr mais – certamente – não vai te fazer mal.
