ROTANEWS176 18/10/2023 19:46 Por Pedro Venceslau
Senadores e deputados governistas vão trabalhar agora para que o projeto tramite em regime de urgência no Congresso.
Herzog foi assassinado há 48 anos, durante a ditadura militarFoto: Instituto Vladimir Herzog
Entre os pontos do relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) sobre a CPMI do 8 de janeiro está um projeto de lei que começa agora a tramitar nas comissões do Congresso e estabelece o 25 de outubro como Dia Nacional da Defesa da Democracia.
Foi nessa data em 1975 que o jornalista Vladimir Herzog foi assassinado por agentes do DOI-CODI que simularam um suicídio.
O relatório foi aprovado nesta quarta-feira (18). O projeto acolhido pela senadora é fruto de um movimento encabeçado pelo Instituto Vladimir Herzog e conta com apoio de personalidades como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Sebastião Salgado e 150 organizações da sociedade civil, além de um abaixo assinado com 7.000 assinaturas.
Os familiares de Herzog tentam marcar uma agenda com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana que vem para pedir apoio público dele ao movimento.
RN176 Vladimir começou a trabalhar com televisão em 1963. Dois anos depois, foi contratado pelo Serviço Brasileiro da BBC e mudou-se para Londres. Lá nasceram seus dois filhos, Ivo e André. Em 1968, retornou ao Brasil. Trabalhou na revista Visão por cinco anos e foi professor de telejornalismo na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e na Escola de Comunicações e Artes da USP. Em 1975, Vladimir Herzog foi escolhido pelo secretário de Cultura de São Paulo, José Mindlin, para dirigir o jornalismo da TV Cultura.
Senadores e deputados governistas vão trabalhar agora para que o projeto tramite em regime de urgência no Congresso.
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A senadora também busca agora viabilizar a criação do memorial da democracia, que deve ser instalado no Senado.
“A expectativa agora é que o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, coloque em regime de urgência esse projeto de lei. Ele é muito simbólico no momento em que parcelas das Forças Armadas se associaram a movimentos golpistas”, disse à CNN o historiador Rogério Sotilli, diretor do Instituto Vladimir Herzog.
FONTE: CNN E RN176