ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO 16/10/2021 07:55
APRENDER COM A NOVA REVOLUÇÃO HUMANA
HIROMASA IKEDA
VICE-PRESIDENTE DA SGI
Aprender com a Nova Revolução Humana | volume 28
Reprodução/Foto-RN176 No verão de 1978, Shin’ichi compõe canções para a DUni e outras divisões, e para várias regiões, como Kansai, Kyushu e Chugoku. Desenho de ilustração – Editora Brasil Seikyo – BSGI
Assentados em 1978, os capítulos “Hino da Ampla Propagação” e “Grande Caminho”, da Nova Revolução Humana, descrevem como Shin’ichi Yamamoto consegue criar tempo em meio à sua agenda atarefada, para compor cerca de dezenove canções para várias regiões do Japão e para grupos dentro da Soka Gakkai. Entre elas, incluem-se Kofu ni Hashire [Corra pelo Kosen-rufu] para a Divisão dos Universitários (DUni) e a Canção de Shinano para os membros da província de Nagano.
Nisso, ele é estimulado pelo desejo de fazer o que estiver ao seu alcance para elevar o ânimo dos membros que continuavam sofrendo com o assédio e ataque injusto e irracional de um grupo de reverendos da Nichiren Shoshu durante esse período. Decide compor essas canções com a convicção de que “é exatamente nessas horas que precisamos provocar novas ondas do kosen-rufu” (p. 16).
Além do mais, em 30 de junho, a Soka Gakkai publica uma declaração oficial no Seikyo Shimbun respondendo minuciosamente às questões levantadas pelo clero sobre o uso e a interpretação, na organização, de certos termos e doutrinas budistas. Proteger os membros era a principal prioridade da Gakkai, e o artigo consistia num sincero esforço para manter relações harmônicas com o clero visando a essa finalidade.
No mesmo dia, a DUni promove reunião de líderes na qual é divulgada a nova canção da divisão, Kofu ni Hashire, celebrando os esforços conjuntos de mestre e discípulo.
Nesse ínterim, ao tomar conhecimento das agruras a que foram submetidos na província de Chiba, onde a perseguição perpetrada pelo clero havia sido implacável, Shin’ichi sente que é necessária uma canção para a província em tributo à coragem e à convicção dos membros. Portanto, passa a trabalhar na composição de letras, nas quais compara a determinação deles a um majestoso raiar do sol. Para os membros de Kyushu, que lutavam para conter a ira diante dos comentários caluniosos dos reverendos sobre a Soka Gakkai, ele dedicou uma canção chamando-os a se juntar a ele no trabalho de construção da “história da justiça Soka” (p. 75).
Shin’ichi também compôs uma canção para incentivar os companheiros da região de Tohoku, entre os quais estavam os membros das províncias de Akita e de Yamagata, particularmente afetados pela investida das críticas do clero. Fez o mesmo pelos membros de Hokkaido, que igualmente enfrentavam situação complicada em virtude de intrigas dos reverendos para destruir o movimento pelo kosen-rufu na região.
Ao mesmo tempo em que canaliza sua energia na composição dessas canções da Soka Gakkai, Shin’ichi também percorre o país para se reunir diretamente com os membros. Ele participa de vários gongyokais (reuniões dedicadas à recitação conjunta do sutra [do Lótus]) em cada destino, incluindo Yonago, província de Tottori, e Matsumoto, província de Nagano. No Centro Cultural de Tono, província de Gifu, chega a realizar cinco sessões de gongyo para acomodar todos os que vieram se encontrar com ele.
Em julho, durante a sua visita ao Centro Cultural de Yonago, província de Tottori, solicitam-lhe que proponha nomes às canforeiras plantadas no terreno.
Ele as nomeou como Ukon, Sakon, Makiguchi, Toda; e, ao parar diante da última árvore, olhou para os líderes da província e disse:
— Esta a denominarei de Anônima. É com o significado de ‘monarcas anônimos sem coroa’, mas é também para que o próximo presidente, quando vier aqui, possa dedicar um nome a ela. (p. 78)
Com o olhar voltado para o futuro, Shin’ichi está determinado a, assim que um fluxo constante de “valores humanos” estiver estabelecido no Japão, concentrar seu foco na promoção do movimento pelo kosen-rufu em âmbito mundial. Essa é a razão pela qual ele se empenha de corpo e alma para transmitir o espírito de mestre e discípulo por meio das canções da Gakkai que dedica aos membros em todo o país.
“Sua determinação e prática é que agregarão valor à canção”. Assim como sugerem essas linhas do capítulo “Hino da Ampla Propagação”, são as ações e a prática de cada um de nós, como discípulos, que, em última análise, imprimem vida e conteúdo ao espírito de mestre e discípulo sintetizado nessas canções.
Mesmo na visita a Shikoku em julho, Shin’ichi encontra tempo para trabalhar numa canção para os membros de Tóquio. Ponderando profundamente o que seria necessário para Tóquio dar o próximo salto adiante, as palavras “paixão e entusiasmo” lampejam em sua mente:
Se fizerem dessa canção um motivo para renovar seu juramento, então ela terá um sublime significado. Mas se apenas cantarem-na porque foi composta pelo presidente Yamamoto, isso não produzirá nenhum valor. O que destina valor à música são a decisão e a ação de todos. (p. 42)
Ele ponderou: “Ao abrir os olhos para o budismo, é possível enxergar tudo com profunda emoção. Por exemplo, pensar na imensa boa sorte, como bodisatva da terra, de ter nascido nesta época no quartel-general do kosen-rufu de Tóquio com a grandiosa missão de propagar amplamente a Lei; de ter se encontrado misticamente nesta terra com os companheiros vindos do grande universo e iniciar a batalha pela Lei para cumprir o juramento feito no remoto passado; e descerrar com as próprias mãos a era do kosen-rufu mundial — o testamento de Nichiren Daishonin —, cada um desses fatos é muito místico e profundamente emocionante”. (p. 115)
Ele incute na letra todo o seu sentimento em relação à organização de Tóquio e sua missão como fortaleza central do kosen-rufu. No dia 2 de agosto, a canção Aa, Kangeki no Doshi Ari é apresentada numa reunião de líderes de distrito, na qual Shin’ichi explica de forma detalhada o que significa possuir paixão e inspiração: “Essa emoção também não nasce em meio a uma atuação passiva, realizada como se tivesse cumprindo apenas uma obrigação. Ela brota em meio a ações tomadas por iniciativa própria e se desafiando com seriedade e decisão” (p. 164).
Além disso, dirigindo-se a alguns líderes após a reunião, expressa:
É de suma importância que tenham a consciência de que “Tóquio é uma só”, e caso algo ocorra, imediatamente a protejam, colaborem e se apoiem mutuamente. (p. 168)
O avanço da Grande Tóquio existe na vitória da “pequena Tóquio” formada pelos bairros e pelas localidades de cada um. Juntos comigo, construamos uma Tóquio invencível! Vamos edificar o grande Castelo da Glória do Kosen-rufu, eterno e indestrutível, que os companheiros do mundo observarão admirados! (p. 169)
Em 18 de abril de 2021, em celebração do Dia da Soka Gakkai (3 de maio), a Reunião Nacional de Líderes da Soka Gakkai e a convenção “Esperança” da Divisão Feminina foram realizadas conjuntamente no Auditório Memorial Toda em Tóquio. Na mensagem enviada para a ocasião, o presidente Ikeda solicita-nos a nos unir aos nossos ardorosos companheiros de todos os lugares com a “promessa de alcançar a retumbante vitória da união de ‘diferentes em corpo, unos em mente’ e da ‘unicidade de mestre e discípulo’”.
Nós próprios — mais ninguém — somos os protagonistas da inspiradora história da nossa vida. Quando tomamos medidas proativas alicerçadas nessa consciência, a paixão e inspiração começam a emanar de dentro de nós. Partamos para a ação por iniciativa própria, expandindo ainda mais os círculos da paixão e inspiração ao nosso redor!
Conduta na vida diária
As zonas Eiko nas Ilhas Izu abrangem duas regionais — Soka Ota Oshima e Hachijojima Soka — com membros em onze ilhas, entre as quais as ilhas de Ogasawara. Ilhas remotas como Chichijima e Hahajima situam-se quase na mesma latitude que as ilhas de Okinawa; algumas delas não possuem aeroporto. Para as integrantes da Divisão Feminina dessas localidades, em particular, torna-se difícil reunirem-se e apoiarem-se mutuamente transpondo o mar. No entanto, em abril deste ano, em meio à pandemia da Covid-19, elas se aventuraram a realizar algo inusitado e promoveram reuniões de estudo do Gosho on-line pela primeira vez. A oportunidade de se conectarem desse modo gerou ondas de alegria entre as participantes.
A história da “Divisão das Ilhas Remotas” (anteriormente, Departamento das Ilhas Remotas) é de superação de obstáculos e de dedicação ao movimento pelo kosen-rufu. O capítulo “Ilha da Vitória” descreve em minúcias esse magnífico drama. A despeito das concepções errôneas e dos preconceitos em relação à Soka Gakkai, os membros dessas ilhas remotas perseveraram com tenacidade na prática budista e se esforçaram para conquistar a confiança da comunidade, com base no espírito de unicidade de mestre e discípulo.
“São aqueles que vivem pelo ‘juramento de mestre e discípulo’ e se conscientizaram da missão que vieram abrindo o ‘grande caminho do kosen-rufu’” (p. 363).
[Na Primeira Convenção do Departamento das Ilhas Remotas realizada em 7 de outubro de 1978], Shin’ichi discorre sobre a importância de agir com sabedoria na vida diária e encoraja os participantes da seguinte forma: “Penso que, seja no âmbito político, cultural ou educacional, é extremamente importante proteger a vida das pessoas dessas ilhas e se preocupar em como torná-la cada vez mais prósperas” (p. 315).
Tais atitudes são fundamentais na promoção do kosen-rufu em nossa comunidade.
Hoje, ao nos virmos diante de adversidades e desafios sem precedentes, gravemos essa orientação no coração e propaguemos a luz da esperança em nossa respectiva comunidade.
Principais trechos
Ao explicar os princípios doutrinais budistas como “teoria de vida” ou “filosofia de vida”, é possível criar uma base de entendimento do budismo mais ampla e mais acessível às pessoas. Para maior divulgação do budismo, é necessário explicá-lo de maneira fácil acompanhando as mudanças da época e respaldando nas diversas linhas de pensamento da atualidade e nos avanços da ciência. (“Hino da Ampla Propagação”, p. 22)
A capital Tóquio era o “quartel-general” onde estava localizada a sede da Soka Gakkai. Era ela quem daria o impulso decisivo do kosen-rufu e também definiria o futuro da organização. (“Grande Caminho”, p. 114)
Uma pessoa que possui o “daimoku em primeiro lugar” é inabalável. Ela não se acovarda. Ela não recua. Ela não é derrotada. Isso porque dentro do seu coração arde uma forte chama do espírito invencível e da alegria. (“Grande Caminho”, p. 149)
Junto a isso, as diversas circunstâncias, como a rotina de vida, mudam consideravelmente. O ser humano precisa se adaptar às transformações. A condição indispensável para viver bem é seguir, sem se apegar às experiências adquiridas até o presente momento, lapidando a capacidade para reagir às mudanças (“Reforma do Coração”, p. 233)
O aprofundamento na fé se manifesta na sua natureza humana, e se evidencia por palavras e ações concretas repletas de grande consideração. (“Ilha da Vitória”, p. 304)
Resumo do conteúdo
Hino da Ampla Propagação
No verão de 1978, Shin’ichi compõe canções para a DUni e outras divisões, e para várias regiões, como Kansai, Kyushu e Chugoku.
Grande Caminho
Shin’ichi continua compondo canções para incentivar diversas regiões.
Reforma do Coração
Shin’ichi visita a China pela quarta vez, encontrando-se com Deng Yingchao, viúva do ex-primeiro-ministro Zhou Enlai.
Ilha da Vitória
Em outubro, ocorre a primeira convenção para membros das ilhas remotas do Japão.
Traduzido do Seikyo Shimbun, jornal diário da Soka Gakkai, edição de 28 de abril de 2021.