ROTANEWS176 E POR BRASIL SEIKYO 25/07/2020 17:45
CADERNO NOVA REVOLUÇÃO HUMANA
Capítulo “Origem”, volume 29
PARTE 11
A primeira vez que Ookouchi se interessou pela Índia foi na sua infância quando um casal produtor de danças, membro da Soka Gakkai e vizinho de sua residência, que atuava tendo o mundo como palco, comentou: “A Índia é um ótimo lugar”. Mais tarde, passou a prestar atenção a notícias sobre o país.
Ele havia se convertido ao budismo, quando era pequeno, junto com sua mãe, e crescera nos jardins da Soka Gakkai. Na época do ensino médio, empenhou-se nas atividades tendo como diretriz o editorial da revista Daibyakurenge, intitulado Jovens Fênix, Abram as Asas rumo ao Futuro, que Shin’ichi havia escrito para a Divisão dos Estudantes Herdeiro. Nessa matéria, havia um trecho que tocou profundamente seu coração: “Agora é a época de concentrar todos os esforços pelo avanço da paz mundial, isto é, pelo kosen-rufu do mundo. Até hoje, vim desbravando os caminhos para vocês, dedicando toda a minha alma. Além disso, de agora em diante, minha decisão é continuar abrindo os caminhos”.
Quando estava no segundo ano do ensino médio, na aula de geografia, foi solicitada uma tarefa escolar que consistia em pesquisa sobre algum país de interesse. Ele escolheu a Índia, onde nasceu o budismo, e tinha muita curiosidade sobre o país desde a infância.
Sob domínio e exploração do colonialismo da Inglaterra por longo tempo, a Índia tinha um quadro de pobreza em diversas camadas da população. Na época já ultrapassava 500 milhões de habitantes.
Ookouchi começou a pensar em contribuir de alguma forma em prol da Índia. Ele sempre conversava com os amigos da Divisão dos Estudantes Herdeiro sobre o futuro do kosen-rufu. E concordava com a opinião de seus colegas: “Nossa missão deve ser o kosen-rufu mundial, mais que o do Japão”. O sonho dele de voar pelo mundo crescia cada vez mais.
Certo dia, ele disse aos seus amigos:
— Nichiren Daishonin afirma com convicção sobre o retorno do budismo para o oeste. O budismo, que se iniciou na Índia, chegou ao Japão, no leste; e agora, o Budismo de Daishonin retornaria para a Índia, no oeste. Porém, penso que isso não vá acontecer naturalmente. Se não houver alguém que desperte para sua missão e comece a agir, não haverá tal realização. Estou pensando em ir para a Índia e dedicar minha vida ao kosen-rufu daquele país.
Quando há semente da decisão, nascem os frutos dos resultados.
Reprodução/Foto-RN176 Desenho de ilustração da Editora Brasil Seikyo – BSGI
PARTE 12
Ookouchi imaginou que, para se trabalhar na Índia, era necessário aprender técnicas de construção civil. E assim, na fase do vestibular para o curso superior, escolheu a faculdade de engenharia civil. Além disso, dedicou-se ao aprendizado do inglês, que era a língua oficial da Índia. E ainda, passou a frequentar uma escola de línguas para aprender o hindi, outra língua falada na Índia. A verdadeira decisão é acompanhada de minucioso planejamento e ação; sem estes, a decisão não passa de uma história fantasiosa.
Em janeiro de 1975, próximo à sua formatura na faculdade, candidatou-se a uma bolsa de estudos para mestrado em uma universidade da Índia, oferecida pelo governo daquele país. Prestou exame, porém, não foi aprovado.
Após a formatura, passou a estudar e a trabalhar como assistente de professores na área de pesquisas da universidade, ponderando sobre como criar um caminho para prosseguir com os estudos na Índia. Dedicou-se também à intensa recitação de daimoku, orando para que pudesse cumprir sua missão.
Em 25 de agosto daquele ano, foi realizada uma cerimônia comemorativa do nono aniversário de fundação do Grupo Hosu, no Centro de Treinamento de Hakone (posteriormente Centro de Treinamento de Kanagawa) com a presença de Shin’ichi. Ookouchi participou de uma apresentação de dança africana, empenhando todos os esforços. Logo após, houve um telefonema de sua mãe para o centro de treinamento, com o seguinte recado: “Entrar imediatamente em contato com a Embaixada da Índia”. Então, ele pediu para usar o telefone do centro de treinamento, entrou em contato com a embaixada e recebeu a informação: “Foi aprovado seu intercâmbio na universidade indiana. Deve viajar para a Índia assim que estiver pronto”. Ele mal podia acreditar. A ida dele para a Índia havia sido aprovada devido à desistência de um dos candidatos. Logo, ele comunicou a Shin’ichi que se encontrava no centro de treinamento. Felicitando-o pela perspectiva, Shin’ichi o presenteou com um juzu [rosário budista].
Após retornar a Tóquio e preparar a documentação na Embaixada da Índia, Ookouchi partiu apressadamente do Japão no dia 2 de setembro. Ele faria mestrado no curso de pós-graduação da prestigiosa Universidade de Roorkee, localizada no estado de Uttar Pradesh, na região norte da Índia.
O esforço diligente e a oração séria são a chave para romper as barreiras das dificuldades.
O personagem do presidente Ikeda no romance é Shin’ichi Yamamoto, e seu pseudônimo, como autor, é Ho Goku.