Depois de 47 anos, Buzz Aldrin relembra a Apollo 11 (e coisas estranhas que viu na janela da cápsula)

ROTANEWS176 E UOL 20/07/2016 00h05                                                                                                      Por Salvador Nogueira

Exatos 47 anos atrás, no dia 20 de julho de 1969, o módulo lunar da Apollo 11 fez sua histórica alunissagem no Mar da Tranquilidade — o primeiro pouso tripulado na superfície da Lua. A bordo, estavam os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin. Neil, infelizmente, morreu em 2012. Mas Buzz, aos 86 anos, ainda está por aí, na ativa, e o Mensageiro Sideral recentemente teve a chance de bater um papo com ele e rememorar a grande aventura, que pelo visto tem um sabor agridoce para o astronauta veterano.

“Para todo o sempre na história, eu serei conhecido não como o primeiro ou o último homem, mas o segundo homem! Agora, eu gosto de prata, mas…”, brincou, referindo-se ao fato de que seu comandante na missão foi o primeiro a descer da espaçonave e marcar pegadas no solo lunar

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Reprodução/Foto-RN176  Pegada história para humanidade como foi basicamente afirmada assim pelos os astronautas da Polo 11 em 1969

Houve intensas discussões sobre quem deveria descer à frente e dar o “pequeno passo para um homem/gigantesco salto para a humanidade”, mas, olhando para trás, Buzz conclui que a forma como aconteceu foi a mais acertada, com Neil Armstrong indo primeiro. “Não havia absolutamente nenhum jeito de aquela missão ter sido correta com Neil olhando pela janela, me vendo descer a escada e ser o primeiro. Isso realmente não teria feito ninguém feliz.”

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Reprodução/Foto-RN176  Buzz Aldrin dentro do módulo lunar da Apollo 11, em 21 de julho de 1969, após a histórica caminhada pela Lua. (Crédito: Nasa)

Buzz Aldrin dentro do módulo lunar da Apollo 11, em 21 de julho de 1969, após a histórica caminhada pela Lua. (Crédito: Nasa)

Na conversa, Aldrin também relembrou o famoso “avistamento” de uma luz acompanhando a nave a caminho da Lua, após a separação do terceiro estágio do foguete Saturn V. “Creio que nós três sabíamos que era um dos painéis”, diz. “Talvez. Talvez não. Talvez, numa chance em um bilhão, fosse um alienígena.”

E no que ele acredita? Bem, ao responder, Aldrin cita o astrônomo Carl Sagan. “Afirmações extraordinárias exigem evidências extraordinárias”, diz. “É muito fácil dizer: ‘Ó, tem um óvni lá fora na janela!’. Isso não é evidência extraordinária, é uma afirmação bem incomum.”

Confira no vídeo acima (legendado em português) alguns dos destaques da entrevista, que sairá na edição de agosto da revista “Audi Magazine”. Aldrin estará no Brasil em agosto para a Olimpíada, trazido pela fabricante de relógios Omega, cronometrista oficial dos jogos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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