ROTANEWS176 E POR IG 24/10/2018 15:00
Doença pode ser prevenida com estilo de vida saudável; fazer exames com regularidade ajuda na detecção precoce do tumor e aumenta chance de cura
Reprodução/Foto-RN176 Informações sobre como prevenir o câncer de mama devem ser confirmadas com um ginecologista
Conhecido como “Outubro Rosa”, o décimo mês do ano ganha uma cor diferente para alertar e intensificar o combate ao câncer de mama. Entre os esforços do governo, unidades de saúde, entidades médicas e organizações não governamentais, as redes sociais também se destacam pela maneira como reforça a campanha mundial, com a propagação de informações sobre como prevenir o câncer de mama e os riscos da doença.
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Contudo, apesar de ser uma ferramenta poderosa, por ser capaz de atingir de maneira mais impactante e diariamente os usuários, a internet também pode acabar proporcionando um desserviço quando notícias sem embasamento científico ou mentirosas sobre como prevenir o câncer de mama são compartilhadas.
Isso porque é cada vez mais comum recorrer à conteúdos online para tirar dúvidas sobre saúde. De acordo com um levantamento da Jornada Digital do Paciente, realizado pelo grupo Minha Vida, 94% dos 3.860 brasileiros entrevistados responderam que procuram informações sobre esse tema na rede. Um estudo do Google reforça a tendência: a cada 20 termos utilizados pelos usuários, um é referente à área médica.
Segundo a gerente médica da Central Nacional Unimed, Gláucia Berreta Ruggeri, existe aumento pela busca de informações sobre o câncer de mama , principalmente neste período do ano, mas o incentivo para a checagem dos dados encontrados na internet ainda é pouco praticado.
Para esclarecer algumas dúvidas relacionadas a doença, veja uma lista de informações encontradas nas redes sociais e saiba o que é verdade ou não.
Tira-dúvidas sobre como prevenir o câncer de mama
Reprodução/Foto-RN176 Saber como prevenir o câncer de mama é fundamental para evitar a doença
- Lavar o sutiã evita o câncer de mama?
Manter a higiene das roupas íntimas é essencial, pois ajuda a evitar fungos, bactérias, infecções e doenças da pele. Mas não existem evidências que relacionem o risco do câncer de mama à higiene, ou a cor do tecido e sutiãs revestidos com arame.
Ainda há quem diga que não usar sutiã na hora de dormir também ajuda na prevenção, porém também não existe nenhuma relação da doença com o hábito.
- Mulheres com seios pequenos têm poucas chances de desenvolverem o câncer?
Mamas grandes têm cinco vezes mais chances de desenvolver o câncer, de acordo com pesquisas. Especialistas chamam atenção para esses casos, pois a quantidade de tecido glandular pode dificultar a identificação de tumor durante os exames.
- Homens podem ter câncer de mama?
Assim como as mulheres, homens apresentam glândulas mamárias. Apesar da baixa incidência, o câncer de mama masculino – eles representam 1% de todos os casos diagnosticados -, a taxa de mortalidade entre os homens é alto. Nos Estados Unidos, por exemplo, de 1910 casos registrados, na maioria das vezes, o tumor foi identificado tardiamente, já em estágio avançado, dado que homens não costumam realizar exames rotineiros de controle.
“Ainda há um mito de que apenas mulheres desenvolvem câncer de mama . Por isso, o alerta para os homens é que adiante de qualquer mudança suspeita na região mamária, procurar um especialista para que seja possível o diagnóstico precoce e tratamento adequado”, avalia o Dr. Daniel Gimenes, oncologista clínico.
O especialista ressalta ainda que o autoexame também é recomendado para os homens e que depois dos 50 anos a atenção deve ser aumentada, já que é a faixa etária em que ocorrem mais casos do câncer de mama masculino.
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- Quanto menos a mulher menstruar menor é a chance de ter o câncer de mama? Ou seja, ter filhos até os 35 anos e amamentar podem ajudar na prevenção?
Quanto menos a mulher for exposta aos hormônios estrogênio e progesterona, menores são as chances de ter a doença. Esses hormônios estão relacionados ao ciclo menstrual, então, quando a mulher amamenta seu filho, os ciclos são interrompidos. Quanto maior o período de amamentação e o de número de filhos até 35 anos, maior é a prevenção.
- Uma vez curado, o câncer de mama pode voltar?
Cerca de 30% das pacientes que tiveram câncer de mama apresentam a progressão da doença e metástases, mesmo quando a doença é detectada precocemente. O tumor atinge outros órgãos, como ossos, pulmão e fígado.
- Chá de graviola ajuda a combater a doença?
Ainda não há comprovação sobre a eficácia do chá de graviola contra o câncer de mama. A ingestão do chá durante o tratamento é tóxica para os rins e fígado e pode interferir no resultado dos medicamentos quimioterápicos. Médicos também alertam para a gravidade dos efeitos colaterais.
- Mamografia é o único exame para identificar o tumor?
A mamografia é o principal exame para detectar a doença. Porém, não é o único. Por isso é importante sempre seguir as recomendações médicas e realizar, anualmente, todos os exames exigidos pelo ginecologista, como ressonância magnética e ultrassom. O autoexame, que consiste em apalpar os seios na busca de caroços também deve ser feito periodicamente – mas ele não consegue encontrar vários tipos de tumores, o que não anula a consulta com o especialista.
- Não há tratamento para câncer de mama metastático?
Atualmente, com o avanço da ciência, é possível encontrar tratamentos e medicamentos que possibilitam o controle da doença por vários anos. Os efeitos colaterais das drogas mais novas também são menores, o que aumenta a qualidade de vida de quem tem a condição.
- Ter câncer é uma questão de sorte? Não existe prevenção?
Nos casos da pré-existência de câncer entre familiares, o monitoramento para detecção precoce é fundamental. A adoção de hábitos saudáveis ajuda a evitar não só o câncer como outras doenças crônicas.
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Portanto, não fumar, evitar o consumo nocivo do álcool e praticar exercícios físicos são atitudes com impactos confirmados pela ciência. As orientações de como prevenir o câncer de mama também incluem gerenciar o peso corporal, manter uma alimentação saudável, evitar o consumo excessivo de carne animal, preferindo verduras, legumes e frutas.