Deslocamento de placenta: entenda o que aconteceu com a apresentadora Eliana

ROTANEWS176 E DELAS  25/05/2017 15:43

O deslocamento é comum em grávidas com mais de 35 anos e pode fazer com que o bebê nasça prematuro; veja quais são os riscos e cuidados necessários

Na última segunda-feira (22), a apresentadora Eliana , 41 anos, anunciou que se afastará do trabalho para repousar por conta de um deslocamento de placenta. Grávida de 21 semanas, Eliana está esperando a segunda filha. “Estou em repouso por ordens médicas. Preciso salvar minha filha de um parto muito prematuro”, escreveu em sua conta no Instagram .

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Reprodução/Foto-RN176 A apresentadora Eliana está afastada do trabalho por tempo indeterminado por conta de deslocamento de placenta – Reprodução/Instagram @eliana

De acordo com a ginecologista e obstetra Maria Elisa Noriler, o deslocamento de placenta acontece quando, com o crescimento do útero, a placenta fica inserida próxima à região do colo uterino. “É uma situação de extrema urgência na obstetrícia, pois pode levar o bebê a óbito”, diz. No entanto, a especialista ressalta que nem sempre a placenta baixa é um indicativo de deslocamento.

Maria Elisa explica que as principais causas da inserção baixa de placenta são as cicatrizes de cesariana anteriores, gestação de gêmeos, multiparidade (múltiplo número de gravidez) e idade materna maior que 35 anos, como é o caso da apresentadora.

Riscos

O deslocamento da placenta traz riscos à gestante e ao bebê. O principal é o sangramento, que pode desencadear uma hemorragia. “Em casos de sangramento, o obstetra avaliará a gravidade do caso e, muitas vezes, a paciente poderá ficar internada, em repouso absoluto”, explica a ginecologista.

Também há a chance de um parto muito prematuro, como falou a apresentadora na rede social. Por isso, é necessário preparar a maturação pulmonar do bebê (desenvolvimento do pulmão) para tentar levar a gestação até a 36 semana ou mais, se possível.

Além disso, em situações de placenta prévia –  quando a placenta rebaixada cobre o o orifício que liga o útero à vagina – o obestetra precisa estar atento e acompanhar com cuidado o caso. “Em alguns casos, ela pode invadir a cicatriz da cesariana anterior e grudar no útero (também chamado de acretismo placentário) havendo a necessidade de se retirar o útero após o parto”, diz Maria Elisa.