ROTANEWS176 15/12/2024 13:40
Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por inúmeras adaptações, e uma delas pode ser a diástase abdominal – o afastamento dos músculos do abdômen. Esse quadro é bastante comum após o parto e pode causar desconforto e dificuldades, além de afetar a autoestima das mulheres. Saber como identificar a condição, entender seus sintomas e buscar orientação pode ajudar no tratamento e na prevenção de complicações.
Reprodução/Foto-RN176 Mãe de gêmeos faz apelo sobre o corpo no pós-parto© @marson.twins/Instagram
O que é a diástase abdominal?
A diástase abdominal ocorre quando os músculos abdominais, que se afastaram naturalmente durante a gravidez para acomodar o crescimento do bebê, não retornam à posição original. Esse afastamento dos músculos causa uma saliência no abdômen, conhecida popularmente como “barriga estufada”. Em muitos casos, a diástase também pode trazer dores nas costas e enfraquecer o assoalho pélvico, aumentando o risco de incontinência urinária.
Como identificar a diástase?
É possível fazer um teste simples em casa para identificar a diástase abdominal. Para isso, basta deitar-se de costas, com os joelhos dobrados e os pés no chão. Ao levantar levemente a cabeça, posicione os dedos no centro do abdômen e observe se há um espaço significativo entre os músculos, acima ou abaixo do umbigo. Se os dedos afundarem mais do que o normal, isso pode indicar a presença de diástase.
Os principais sintomas
A diástase pode ser identificada por alguns sinais, entre eles:
- Saliência na região abdominal, especialmente ao contrair os músculos.
- Dores na região lombar.
- Fraqueza muscular na área central do corpo.
- Dificuldade para realizar atividades físicas que exijam força abdominal.
A diástase pode trazer riscos à saúde?
Sim, a diástase abdominal afeta não apenas a estética do corpo, mas também traz consequências para a saúde da mulher. Além do desconforto e dores, a diástase pode contribuir para uma postura inadequada e problemas de coluna, enfraquecimento do assoalho pélvico, e até mesmo dificuldades respiratórias. Em casos mais graves, ela pode levar a hérnias na região abdominal.
Como prevenir a diástase?
A prevenção da diástase começa com cuidados na postura e na prática de atividades físicas durante a gestação e após o parto. A recomendação é evitar exercícios abdominais convencionais, que podem aumentar a pressão sobre os músculos e agravar o afastamento. Trabalhar a musculatura do abdômen de forma segura e supervisionada por um profissional é uma das medidas mais importantes.
Também é fundamental ajustar a maneira de sentar, levantar e até mesmo segurar o bebê para proteger a região abdominal. Manter o peso corporal dentro do recomendado durante a gravidez pode ajudar a reduzir a pressão sobre os músculos do abdômen e, consequentemente, a ocorrência de diástase.
Tratamento: quais são as opções?
A reabilitação da diástase abdominal pode ser feita com exercícios específicos para fortalecimento dos músculos, sempre com o acompanhamento de um especialista. O tratamento visa recuperar a força do abdômen e melhorar a postura, ajudando a mulher a retomar suas atividades cotidianas sem dores ou desconforto. A cirurgia é uma opção considerada apenas em casos mais graves e com recomendação médica, pois trata a diástase, mas não reabilita a força muscular.
E se a diástase for ignorada?
Ignorar a diástase abdominal pode resultar em complicações como fraqueza do abdômen, aumento do risco de hérnias e piora da dor lombar. Em longo prazo, isso pode afetar a mobilidade e a qualidade de vida. Portanto, buscar orientação e tratamento para a diástase é essencial.
FONTE: PAIS E FILHOS