Doenças bucais afetam 45% da população global, diz OMS

ROTANEWS176 E POR CANALTECH 27/12/2022 13h43                                                                                            Por Nathan Vieira

 A Organização Mundial da Saúde (OMS) projetou um relatório falando sobre as doenças bucais mais comuns, como cárie dentária. As condições afetam os mais pobres

 

Segundo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a negligência com a saúde oral afeta aproximadamente 45% da população mundial. A informação vem de uma análise que indica 3,5 bilhões de pacientes diagnosticados com doenças bucais. Dentre esses, 3 em cada 4 vivem em países de baixa renda.

De acordo com o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, a saúde bucal tem sido negligenciada na saúde global, mas muitas doenças bucais podem ser evitadas e tratadas com algumas medidas econômicas.

“A OMS está empenhada em fornecer orientação e apoio aos países para que todas as pessoas, onde quer que vivam e independentemente de sua renda, tenham o conhecimento e as ferramentas necessárias para cuidar de seus dentes e boca e tenham acesso a serviços de prevenção e cuidados quando precisarem”, afirma o diretor.

As doenças bucais mais comuns apontadas pelo relatório são a cárie dentária (2,5 bilhões de pacientes), doença gengival grave (1 bilhão de casos), perda de dentes e câncer bucal. Os especialistas estimam que cerca de 380 mil novos casos de câncer bucal são diagnosticados a cada ano.

Reprodução/Foto-RN176 Foto: Malik Skydsgaard/Unsplash / Canaltech

O relatório faz um apelo sobre as desigualdades no acesso aos serviços de saúde bucal, já que existe uma taxa notável de doenças bucais e condições que afetam as populações mais vulneráveis.

“Pessoas com baixos rendimentos, pessoas com deficiência, idosos que vivem sozinhos ou em lares, pessoas que vivem em comunidades remotas e rurais e pessoas de grupos minoritários carregam uma carga maior de doenças bucais. Esse padrão de desigualdades é semelhante a outras doenças não transmissíveis, como câncer, doenças cardiovasculares, diabetes e transtornos mentais”, alerta o relatório.

Com isso, a OMS relembra que apenas uma pequena porcentagem da população global é coberta por serviços essenciais que possam ajudar na luta contra doenças bucais, e aqueles com maior necessidade geralmente têm menos acesso aos serviços. “A prestação de serviços de saúde bucal depende em grande parte de provedores altamente especializados que usam equipamentos e materiais caros de alta tecnologia, e esses serviços não estão bem integrados aos modelos de atenção primária à saúde”, diz a organização.

Fonte: OMS

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