Drone Bayraktar teria sido responsável por afundar o cruzador russo Moskva

ROTANEWS176 E POR AIRWAY 14/04/2022 16:40                                                                                                        Por Ricardo Meier

Armado com mísseis anti-navio ucranianos Neptune, aeronave não tripulada teria desferido golpe mortal à principal embarcação da Marinha russa no Mar Negro

Reprodução/Foto-RN176 O cruzador Moskva: orgulho russo, navio afundou nesta quinta-feira (Rawpixel)

Principal embarcação da Marinha russa no Mar Negro, o cruzador Moskva (Moscou) afundou nesta quinta-feira, 14, confirmou o Ministério de Defesa da Rússia.

De acordo com o comunicado oficial russo, o navio não conseguiu ser rebocado em meio ao “mar tempestuoso” após sofrer explosões em seu depósito de munições na quarta-feira.

A narrativa russa, no entanto, contrasta com a afirmação do governo ucraniano, que anunciou ter atingido o cruzador com o míssil anti-navio Neptune, desenvolvido no país.

Para atacar a embarcação de 12.500 toneladas, a Ucrânia alega ter utilizado o drone Bayraktar TB2, que tem sido célebre em provocar sérios estragos às forças armadas russas.

Reprodução/Foto-RN176 O míssil anti-navio Neptune

O avião não tripulado turco possui dimensões compactas e uma autonomia bastante elevada, o que o torna um alvo difícil de ser abatido.

O governo dos EUA afirmou não ter conseguido confirmar as alegações turcas, embora tenha as considerado bastante críveis.

Um dos indícios de que o Moskva foi atacado e não sofrido um acidente é o fato de que cinco outras embarcações que estavam próximas ao cruzador terem se afastado dele, numa suposta tentativa de evitar mísseis ucranianos.

Reprodução/Foto-RN176 Bayarktar TB2: barato e letal (Baykar)

Principal embarcação russa na região

O Moskva era um cruzador que transportava 16 mísseis guiados Vulkan, dispostos nas laterais de seu convés e que possuem alcance de 700 km.

A embarcação foi comissionada em 1983 ainda com o nome de Slava, tendo sido rebatizada com o nome da capital russa em 2000, quando voltou à ativa após sete anos.

Para analistas, a perda do Moskva pode não afetar seriamente os planos russos na Ucrânia, mas é mais um indício da caótica campanha militar do país governado pelo presidente Vladimir Putin.