ROTANEWS176 E POR AUTOBUZZ 11/12/2018 11:13 Por Glauco Lucena
Entre todos os lançamentos recentes do mercado nacional, eles são os mais bem-sucedidos. Confira mais detalhes dos resultados a seguir
Reprodução/Foto-RN176 Volkswagen Polo e Virtus foram os precursores de algumas das mudanças na linha 2019 dos outros modelos da marca – Divulgação
Com a rápida ascensão dos SUVs compactos, havia uma desconfiança sobre o segmento dos compactos premium, que vinha muito mal entre hatches e sedãs. Por isso, a chegada do VW Polo e do Virtus soou como uma ousadia por parte da Volkswagen. Não havia espaço para equívocos, já que a participação estava baixa para os padrões da ex-líder, sobretudo após um lançamento que não havia empolgado o público: o do pequeno Up. Um ano depois da chegada do sedã Virtus, o que se vê é uma dupla que caiu nas graças do comprador brasileiro.
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Animada com os bons resultados, a VW agora conta os meses para lançar o SUV T-Cross , terceiro fruto dessa plataforma junto com VW Polo e Virtus. Com ele, espera beliscar os calcanhares da líder GM em 2019, com a meta velada de buscar a liderança geral do mercado em 2020. Antes da chegada da dupla, os modelos que faziam a ponte entre os compactos mais populares e os hatches médios andavam quase esquecidos. Os “premium” se diferenciam pelo porte um pouco maior que o dos modelos de entrada, além de acabamento mais caprichado, lista de equipamentos recheada e motores mais fortes.
Reprodução/Foto-RN176 Volkswagen Polo. Foto: Divulgação
O auge dessa categoria foi na virada do milênio, época em que modelos como Citroën C3, Peugeot 206, Ford Fiesta e Fiat Punto frequentavam as listas dos mais vendidos, assim como a primeira encarnação do Polo nacional, produzida entre 2002 e 2015. Fiesta, C3 e Peugeot 208 despencaram no conceito do público. E o Punto saiu de linha, assim como o Chevrolet Sonic, de curta trajetória.
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A chegada do novo Polo surpreendeu pelo sucesso imediato. Neste ano, é o sexto carro mais vendido do país, com 63,5 mil unidades até novembro –n média de quase 5.800 unidades por mês. E o VW Virtus , lançado há quase um ano? Repetiria o sucesso do irmão hatch? Num patamar de vendas mais baixo, ele igualou o feito do Polo, liderando o segmento de sedãs compactos premium. Em 11 meses já emplacou 37,4 mil unidades, média mensal de 3,4 mil. Sozinho, vende o mesmo que todos os concorrentes reunidos (Chevrolet Cobalt, Honda City e outros).
Como VW Polo e Virtus estão tão bem?
Reprodução/Foto-RN176VW Polo e Virtus desbancaram rivais já consolidados em seus segmentos, já que trouxeram atributos de carros premium – Divulgação
O que explica esses bons resultados? Na minha opinião, o mesmo fenômeno que matou as pretensões do VW Up foi responsável pelo sucesso do Polo e do Virtus. O Up foi gestado há oito anos, e lançado em 2014, para um Brasil de perfil europeu que não aconteceu. Naquela época, o país batia consecutivos recordes de vendas. Imaginava-se um mercado ainda crescente, no qual uma endinheirada classe média poderia se dar ao luxo de ter um carro bem pequeno para o uso diário, e outro maior para viagens e passeios. Porém, o que se viu foi uma crise sem precedentes no Brasil a partir de 2013.
Se os pequenos urbanos não venderam nem perto do que se imaginava, abriu-se uma possibilidade para compactos de maior porte e qualidade. O único carro da casa. Interessante para quem não pode arcar com mais de R$ 80 mil por um SUV compacto. Eles passaram a ser modelos aspiracionais para quem tinha um hatch ou sedã de entrada. Talvez por isso vendam mais que a dupla Argo e Cronos, da Fiat, que é mais acessível, mas enfrenta um número maior de concorrentes.
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A pergunta que fica é: quem pode ameaçar a hegemonia de Polo e Virtus? A Ford deve abandonar o barco com as duas variações do Fiesta. As marcas francesas não parecem dispostas a entrar nessa briga. Sobra apenas a GM, que terá em 2019 a nova geração do Onix e do Prisma, com maior porte, mas sem tirar a atual de linha (ficarão na base da tabela). Uma tentativa de aproximar esses modelos de sucesso da dupla VW Polo e Virtus. E peça importante no jogo que as duas estão travando pela liderança do mercado brasileiro.
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