ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO 07/10/2022 10:34
DA REDAÇÃO EDITORIAL DO JBS
Reprodução/Foto-RN176 Foto do nome Editorial do JBS – Editorial do Brasil Seikyo – BSGI
Há quarenta anos, Daisaku Ikeda convidou alunos da Escola Soka de Tóquio para assistir ao filme de Gandhi. Ele queria que os jovens aprendessem com o espírito corajoso daquele pacifista.
Na infância, Gandhi era acanhado. Ao sair da escola, ele ia correndo direto para casa porque receava ser importunado com piadas dos colegas. Não gostava de dormir no escuro; ficava com a luz acesa com medo de fantasmas, ladrões e cobras. Quando criança, esforçava-se, incentivado por sua mãe, a dar o seu melhor e a sempre terminar o que começava.
Aos 23 anos, depois de ter se tornado advogado, Gandhi foi para a África do Sul trabalhar. Naquela época, as pessoas negras sofriam discriminação no país. Certo dia, o jovem Gandhi precisou ir a uma reunião com um cliente, e teve de que pegar um trem. Então, comprou uma passagem para viajar na primeira classe. Ao entrar no vagão, o maquinista foi até ele e lhe pediu que fosse para o vagão de carga, porque um dos passageiros brancos havia reclamado que não queria viajar no mesmo ambiente com uma pessoa com a cor da pele como a dele. Gandhi se recusou a mudar de vagão, uma vez que tinha passagem para o lugar onde estava, mas foi empurrado para fora do trem. Era inverno. Ele passou a noite tremendo de frio até conseguir pegar o trem na manhã seguinte.
Reprodução/Foto-RN176 Jovem Mahatma Gandhi, em 1906, quando atuava como advogado na África do Sul – Foto: Domínio Público
Depois disso, Gandhi poderia ter entrado no trem, atendido o cliente e voltado para casa, se estivesse apenas preocupado consigo. Contudo, seu sincero desejo era de que ninguém mais tivesse de passar pelo que ele sofreu. Ele lutou por mais 21 anos contra a discriminação racial naquele país, com a sua bandeira da não violência. O combustível de sua batalha não era o da autoproteção, mas o de não suportar a ideia de ver pessoas destratando e ameaçando umas as outras.
Quer saber mais sobre a história de Gandhi e o que sua luta e comportamento têm a ver com o budismo praticado na Soka Gakkai? Leia o discurso de Ikeda sensei no Encontro com Mestre desta edição, por meio do qual ele ensina a atitude budista de se dedicar ao próximo:
A dedicação ao kosen-rufu é o maior oferecimento que podem fazer ao Buda. O benefício decorrente de empreender ações em prol da Lei Mística habilita não só vocês, mas também seus pais, irmãos, e todos aqueles com quem possuem ligação, a atingir o estado de buda. Vocês podem mover a vida de todos em direção à felicidade. (…)
Além disso, quanto mais orarem pela felicidade dos outros, maior será a felicidade que desfrutarão. Quando se ora pela saúde dos outros, a sua própria saúde também é protegida. Esse é o extraordinário poder da Lei Mística.1
Esse e outros textos deste Brasil Seikyo vão incentivá-lo a dar um passo corajoso em busca da sua felicidade, e entender que isso começa quando a sua decisão for entrar em ação “em benefício dos outros”.
Ótima leitura!
Fonte:
RDez, ed. 174, jun. 2016.
Nota:
- Brasil Seikyo, ed. 2.620, 8 out. 2022, p. 5.
Foto: Domínio Público