Espírito de gratidão — Departamento de Contribuintes (Kofu)

ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO  27/02/2021 08:59

CADERNO DAS DIVISÕES

Caros amigos,

Estamos próximos da atividade do Departamento de Contribuintes (Kofu), no mês de março. Nesse sentido, na matéria elaborada para este mês, falaremos sobre o espírito de gratidão, que é o fundamento da espontânea participação nessa atividade.

Reprodução/Foto-RN176 Reunião para líderes do grupo Alvorada (Centro Cultural Campestre, SP, nov. 2015) – Foto – Editorial Brasil Seikyo – BSGI

Abrindo um parêntese, temos muitas novidades e recursos com o novo sistema on-line que permitem nosso planejamento e nos auxiliam a concretizar, de maneira saudável, com muita sabedoria e serenidade, a vitória absoluta na participação do departamento. Confiram na página da Extranet da BSGI!

Por outro lado, vivemos uma época desafiadora devido à pandemia do novo coronavírus. Uma crise devastadora sem precedentes não somente em termos de saúde, mas economicamente também. Por isso, talvez para muitos, pela falta de condição financeira, surja o sentimento de não participar do Kofu devido a não ser possível realizar o objetivo desejado.

Consta nas escrituras: “O que importa é o coração!”.1 O que importa, portanto, é a sinceridade de esforço. Mesmo que não seja o desafio desejado, a participação sincera de estar se empenhando ao máximo é plenamente válida. Isso é verdadeiro, pois quem assim o faz não está esperando o momento “chegar”, e sim criando o próprio momento, com a compreensão de que “neste instante” (niji, descrito no Sutra do Lótus) seu futuro vitorioso está sendo descortinado. Por essa razão, enquanto não desistir, não existe derrota.

Em essência, o Kofu é uma nobre e importante atividade que permite aos membros oficiais contribuírem para o avanço do kosen-rufu em forma de doação financeira. Com esse oferecimento, as reuniões realizadas com as mais dignas condições de acolhimento proporcionam muita esperança a todas as pessoas, tanto aos participantes como aos líderes, em ambiente de incentivos mútuos.

Por ocasião de sua terceira visita ao Brasil, em 1984, o presidente Ikeda afirmou:

Gostaria de explanar sobre o significado do espírito de doação de duas perspectivas: a doação em termos materiais e a doação em termos da Lei. A primeira significa que doamos dinheiro e outras coisas aos Três Tesouros [o Buda, a Lei e a Ordem] para expressar-lhes nossa sincera consideração. A fé com a qual fazemos tais oferecimentos materiais nos habilitará acumular boa sorte imensurável. A doação em termos da Lei significa propagá-la, exatamente como ensina o Buda, a fim de salvar as pessoas ou a prática de shakubuku. Nós nos empenhamos na concretização da paz como emissários de Nichiren.2

Naturalmente, vemos que a essência da doação é o espírito de gratidão e que, por sua vez, sem dúvida, é um dos alicerces do budismo. De maneira simples, o que é gratidão? Quando alguém nos faz um favor, sentimo-nos gratos. E agradecemos com um sincero “obrigado”. Aliás, por que “obrigado”? Parece que o sentido da palavra “obrigado” vem de “sinto-me obrigado a lhe retribuir o favor”. Mas gratidão no budismo nada tem a ver com obrigação.

Na verdade, tem a ver com reconhecimento. Tenho a convicção plena de que esse caminho que abracei é verdadeiro. Abraçar o Gohonzon com fé é reconhecer o caminho da prática budista como de construção de felicidade. Isso é gratidão. Sendo verdadeiro, vou me dedicar cada vez mais e jamais abandoná-lo, pois nesse caminho tudo tem significado de revolução humana e suprema vitória na vida. Mesmo a circunstância adversa atual possui valor.

Por isso, Ikeda sensei afirma na Nova Revolução Humana: “O espírito de devoção em realizar a doação eleva o estado de vida e proporciona imensuráveis benefícios, e isso, por sua vez, aprofunda a convicção na prática budista. Essa é a fórmula do budismo que coloca as pessoas na órbita da felicidade.3

Assim, o presidente Ikeda nos ensina que o sincero espírito do Kofu vai além da contribuição financeira. A doação em termos de Lei significa propagá-la, de modo que as pessoas possam reconhecê-la como verdadeira e, uma vez na órbita da felicidade, jamais abandoná-la.

Vamos, portanto, abraçar cada vez mais companheiros a vencer na participação do Kofu com o mais elevado espírito de gratidão!

Sucesso a todos!

Venci ao fazer o Kofu

Sou Alan Rodrigues, completo no mês de março 36 anos de prática do Budismo de Nichiren Daishonin. Neste relato, quero compartilhar minha revolução humana no aspecto financeiro, pois hoje enxergo meu avanço e isso me deixa muito feliz.

Reprodução/Foto-RN176 Alan Rodrigues Atua como vice-responsável pelo Distrito Catete, Coordenadoria Serra-Mar do Rio de Janeiro (CSMRJ), Sub. Centro, RM Centro. É vice-responsável pelo Grupo Alvorada da Sub. Centro e membro da Secretaria do DEB da CGERJ

Fazendo um breve resumo, minha mãe começou a praticar após sermos despejados da casa da minha tia. Além desse fato, ela disse à minha mãe no momento da discussão: “Você está criando um marginal”. Essas palavras foram duras, pois eu tinha apenas 5 anos e não sabia a dimensão disso, mas o olhar dela de raiva para mim e o choro copioso da minha mãe me fizeram sentir que não era nada bom. Então, determinei à minha querida mãe: “Não vou me tornar um marginal”.

Sendo assim, o aspecto financeiro sempre foi nosso maior pesadelo. Desde que iniciei a luta em prol do kosen-rufu, vivíamos em situações limitadas, às vezes faltava o básico. Eu fazia minhas economias e contribuía com meu Kofu. Sentia-me muito feliz, era de todo o coração. Assim, fui galgando, tivemos momentos desafiadores, mas o sentimento de vencer e de corresponder ao Mestre pulsava no coração dos meus pais e no meu.

Dando um salto para o ano de 2018, exatamente em março, foi quando consegui pela primeira vez atingir a casa dos quatro dígitos com o meu Kofu e, em novembro de 2019, comecei a contribuir com o Colégio Soka do Brasil. Aprendi uma importante lição: não se trata só de chegar, mas manter a decisão, pois aparecerão desafios para mostrar a si mesmo quanto é um vencedor.

Com a chegada da pandemia, tive uma redução de 25% do meu salário durante todo o ano de 2020. Além de um extra que recebia, não recuei, e mantive minha determinação de avançar uma cota a mais. Mesmo diante deste cenário, consegui administrar tudo de forma que, além de vencer no Kofu, contribuir com outras questões com pessoas próximas a mim, passei a investir.

Dessa maneira, entendi o que a prática me proporcionou, pois o ponto crucial está na decisão de mantê-la até o fim. Além do meu trabalho, comecei a desenvolver outra atividade como uma segunda fonte de renda. Aproveitei os desafios da pandemia para lançar novos objetivos e estou certo que conquistarei cada um deles e em breve compartilharei novamente.

Há uma frase do escrito A Felicidade neste Mundo que diz:

Sofra o que tiver de sofrer, desfrute o que existe para ser desfrutado. Considere tanto o sofrimento como a alegria como fatos da vida e continue recitando o Nam-myoho-renge-kyo, independentemente do que aconteça. Que outro significado isso poderia ter senão a alegria ilimitada da Lei? Fortaleça o poder de sua fé mais do que nunca.4

Agradeço aos meus pais por toda a luta e o ensinamento, a cada companheiro de luta por me inspirar, aos meus líderes, às pessoas que amo e que me incentivam diariamente e ao meu mestre da vida. Não importa o que irá enfrentar, mantenha firme sua convicção no Gohonzon e realize com alegria sua missão de encorajar o máximo de pessoas com sua vitória.

Muito obrigado!

Alan Rodrigues Atua como vice-responsável pelo Distrito Catete, Coordenadoria Serra-Mar do Rio de Janeiro (CSMRJ), Sub. Centro, RM Centro. É vice-responsável pelo Grupo Alvorada da Sub. Centro e membro da Secretaria do DEB da CGERJ.

No topo: reunião para líderes do grupo Alvorada (Centro Cultural Campestre, SP, nov. 2015)