ROTANEWS176 17/02/2025 10:01 Por Wallace Leray
Reprodução/Foto-RN176 Closeup side view asian elderly male suffer from Dementia – he is sitting on sofa feels so loneliness in bedroom at home © iStock/PonyWang
Uma recente pesquisa da Universidade da Califórnia-São Francisco, publicada no Journal of Alzheimer’s Disease, trouxe um alerta importante: o uso contínuo de medicamentos para dormir, como zolpidem, clonazepam e diazepam, pode elevar em até 79% o risco de desenvolver demência. O estudo analisou idosos ao longo de nove anos e identificou um impacto significativo, especialmente entre indivíduos brancos.
O zolpidem, por exemplo, age sobre o ácido gama-aminobutírico (GABA), substância que regula o sono e reduz a atividade cerebral. Seu uso contínuo pode levar à tolerância e dependência, além de estar associado a um risco aumentado de declínio cognitivo.
Já o clonazepam, amplamente conhecido como Rivotril, tem ação sedativa e relaxante, sendo indicado para transtornos de ansiedade e distúrbios do sono. No entanto, seu uso prolongado pode comprometer a memória, a concentração e a coordenação motora.
O diazepam, pertencente à classe das benzodiazepinas, também é frequentemente prescrito para insônia e transtornos de ansiedade. Ele também atua no GABA, reduzindo a atividade cerebral. Entre seus efeitos colaterais estão sonolência excessiva, tontura e comprometimento cognitivo.
Alternativas mais seguras
O principal autor do estudo, Yue Leng, recomenda que pacientes com dificuldades para dormir considerem opções menos prejudiciais à saúde cerebral. Ele destaca que a terapia cognitivo-comportamental para insônia deve ser a primeira escolha antes da intervenção farmacológica. Outra alternativa possível é o uso da melatonina, embora os pesquisadores alertem que ainda são necessários mais estudos para avaliar seus impactos a longo prazo.
FONTE: CATRACA LIVRE