ROTANEWS176 E POR SOCIENTIFICA 11/04/2021 08:51 Por Ruth Rodrigues
Reprodução/Foto-RN176 John P Clare / Flickr
Alguns animais possuem uma característica que os torna únicos no meio ambiente. Embora a ocorrência mais vista seja em lagartos, existem outros bichos que podem regenerar seus corpos ao perceberem que estão em uma situação de perigo. Um bom exemplo disso são os lagartos, que ao tentar escapar de uma situação perigosa, deixam sua cauda para trás, regenerando-a posteriormente.
Quais animais podem regenerar os seus corpos?
1. O axolote
Trata-se de um parente da salamandra, mas no quesito de regeneração, esse é capaz de ser ainda mais rápido. O que o torna ainda mais especial nesse quesito é o fato que consegue regenerar não somente a cauda, mas diversos tecidos. O axalote pode regenerar com perfeição praticamente qualquer parte de seu corpo. Além disso, sua precisão é tanta, que diversos estudos acerca de membros humanos são realizados nesses animais.
Reprodução/Foto-RN176 Fonte: Pixabay
2. O cervo
Quando falamos em regeneração, imaginamos sempre em bichos pequenos, no entanto, essa ideia é completamente errônea. Para quem já leu Thidwick, o alce de grande coração, deve ter ficado surpreso ao saber que esse animal consegue regenerar seus chifres caso venha a perde-los.
Reprodução/Foto-RN176 Fonte: Pixabay
Para James Monaghan, biólogo da Northeastern University de Boston, a regeneração de chifres é considerada o caso mais extremo nessa categoria. Afinal, estamos falando de uma região mais resistente que as demais partes do corpo.
3. A estrela-do-mar
Essas criaturas marinhas conseguem realizar dois processos quando falamos em regeneração: tanto o convencional, onde uma de suas 5 partes é perdida, quanto o contrário. Isto é, quando a partir da parte perdida, o animal pode se regenerar totalmente.
Reprodução/Foto-RN176 Fonte: Pixabay
Para que tal ação seja possível, se faz necessário a presença de uma grande quantidade de nutrientes. Após o estoque atingir o limite necessário, será possível que a sua boca volte a crescer, assim como o restante de seu corpo.
4. A salamandra
Um dos casos mais conhecidos de regeneração é a cauda da salamandra. Esse anfíbio consegue obter a sua cauda por completo, em questão de semanas. O procedimento consiste na migração das células até o limite da ferida, permitindo com que ocorra todo o processo a fim regenerar esse membro.
Reprodução/Foto-RN176 Fonte: Pixabay
Algo que deixa muitos curiosos é acerca da funcionalidade do novo membro, portanto, a resposta é sim. A cauda nova é funciona exatamente igual à original, incluindo todas as suas características, desde a medula espinhal até os nervos.
5. O tunicata
Esse animal marinho, também conhecido como raposa do mar, consegue se reproduzir de forma assexuada. De acordo com Otto Guedelhoefer, pesquisador da Universidade da Califórnia, esse grupo consegue se regenerar devido ao compartilhamento de seu sistema circulatório.
Reprodução/Foto-RN176 Fonte: wikipedia commons
Porém, o fato intrigante que esses animais possuem é que, conforme vão ficando mais velhos, essas habilidades de se regenerar vão ficando mais falhas, até chegar ao ponto de não conseguirem mais concluir o ciclo.
Bônus
Lesmas do mar se regeneram totalmente após terem a cabeça decepada:
As cabeças decepadas de pelo menos duas espécies de lesmas do mar podem se mover, comer e possivelmente até mesmo eliminar os resíduos durante uma a três semanas: esse é o tempo que leva para os seus corpos, incluindo o coração, crescerem novamente após serem destacados do pescoço.
Reprodução/Foto-RN176 A cabeça e o corpo de uma lesma do mar após se decapitar. Imagem: Sayaka Mitoh
Os corpos sem cabeça também vivem, só que por alguns meses, com o coração batendo até que a carne comece a se decompor, diz Sayaka Mitoh, da Universidade Feminina de Nara, no Japão. No entanto, as cabeças não voltam a crescer nos corpos.
Quando o corpo é cortado e intacto, a cabeça das lesmas fica verde com cloropastos depois de se alimentar de algas. Acredita-se que as glândulas digestivas das lesmas do mar “se distribuam por toda a superfície do corpo, inclusive a cabeça, isso explicaria porque a cabeça sobrevive.
Com informações da National Geographic e The Guardian.