Erupção no lado oposto do Sol foi registrada por sonda da NASA e será alvo de estudo nos próximos anos
Uma erupção solar intensa explodiu na noite de 5 de setembro, enviando uma ejeção de massa coronal (EMC) enorme em direção a Vênus. Felizmente, o material não veio em direção à Terra, mas para o lado oposto. Cientistas dizem que este “não é um evento comum”.
Reprodução/Foto-RN176 Foto: NASA/SDO / Canaltech
Vênus estava bem no caminho da tempestade solar, e essa é uma ótima notícia. É que na mesma direção está a sonda Solar Orbiter, projetada justamente para resistir às EMC enquanto registra dados do fenômeno.
Esses dados serão valiosos para os cientistas que estudam o clima solar com o objetivo de preparar a Terra para uma eventual erupção solar em nossa direção. As partículas das EMC podem prejudicar equipamentos eletrônicos como satélites em órbita e sinais de comunicação.
A Solar Orbiter também registrou uma EMC no dia 30 de agosto, pouco antes de realizar uma manobra ao redor de Vênus. Seus instrumentos registraram um aumento significativo nas partículas de ambas as tempestades. No dia 1º de setembro, o planeta vizinho recebeu uma EMC, provavelmente lançada pela mesma mancha solar.
Reprodução/Foto-RN176 A explosão solar no lado oposto à Terra também foi registrada pela missão STEREO, da NASA (Imagem: Reprodução/NASA) Foto: Canaltech
Geralmente, ejeções de massa coronal estão associadas a manchas solares, que são observadas e catalogadas por astrônomos (inclusive os amadores). Entretanto, ainda não se sabe ao certo qual delas causou o evento do dia 5 de setembro.
É possível que se trate da região AR 3088, que causou uma tempestade em agosto, deixando o lado voltado para a Terra e se dirigindo para o lado oposto (as manchas solares, como o próprio Sol, não ficam paradas no mesmo lugar). Essa mancha é tão grande que está afetando a forma como o Sol inteiro vibra.
Para o físico solar George Ho, do Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins, “este não é um evento comum”. Ele afirma que a tempestade solar pode ter sido a maior observada desde o lançamento da Solar Orbiter, em 2020. “Muitos artigos científicos estudarão isso nos próximos anos”, garantiu.
Fonte: Spaceweather.com
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