ROTANEWS176 E POR TELESÍNTESE 20/05/2022 17:45 Por Rafael Bucco
Elon Musk diz que a Starlink vai conectar 19 mil escolas na Amazônia, mas Faria admite que detalhes ainda não estão definidos.
Reprodução/Foto-RN176 Ministro das Comunicações, Fábio Faria (à esq.) e o bilionário Elon Musk (à dir.), dono da Starlink, SpaceX Tesla, Inc.
O encontro fora da agenda oficial entre o presidente Jair Bolsonaro e o empresário Elon Musk resultou no anúncio de um programa de conexão de 19 mil escolas na Amazônia e na promessa de que o governo levará internet a 100% das escolas da região. Os detalhes, no entanto, ainda não foram definidos.
Os dois se encontraram no hotel mais luxuoso da cidade de Porto Feliz (SP), diante de uma plateia de executivos, inclusive das operadoras Claro, Oi e TIM. Também participaram do evento os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira; da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira; das Relações Exteriores, Carlos França; e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, general Luiz Eduardo Ramos; além do presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri.
Fábio Faria, Ministro das Comunicações, organizou o evento e afirmou ali que a tecnologia da Starlink será utiliza para a Pasta cumprir a meta de levar internet a 100% das escolas da região Norte do país até o fim do ano.
Nenhuma informação sobre o funcionamento e operação do programa anunciado neste ano de eleições está definida, no entanto. Faria destacou que os detalhes técnicos e investimentos ainda serão discutidos “em um novo momento, entre os representantes públicos e privados envolvidos”. O governo já tinha anunciado a parceria em 2021, também sem detalhes, em 2021.
Bolsonaro afirmou que o encontro tratou “de conectividade, investimentos, inovação e o uso da tecnologia como reforço na proteção de nossa Amazônia e na realização do potencial econômico do Brasil”. Em vídeo publicado no Youtube, no entanto, ele afirma que a visita não tratou de negócios. Teceu elogios ao bilionário e disse que a compra do Twitter por Musk aconteceu em nome da liberdade. As falas mereceram críticas de deputados de oposição.
Vale lembrar, porém, que a venda do Twitter não foi concretizada. Musk cobra dados relacionados com a quantidade de bots (contas artificiais) existentes na plataforma e diz que um número acima de 5% dos perfis inviabiliza o negócio. Ou, na melhor das hipóteses, o faria pagar menos que os US$ 44 bilhões propostos.
Musk, por sua vez, usou seu perfil online para afirmar que a Starlink, sua empresa de banda larga via satélite, vai conectar 19 mil escolas rurais e monitorar a Amazônia.
Ontem,19, estourou nos Estados Unidos um escândalo sexual envolvendo o bilionário. Segundo agências de notícia, ele foi acusado de assédio sexual por uma comissária de bordo da SpaceX, empresa de lançamento de foguetes de Musk. A empresa teria pago US$ 250 mil em 2018 para a comissária encerrar o processo, iniciado em 2016. Ao veículo que revelou o caso, o site Business Insider, Musk afirmou que não é a primeira vez que é acusado de assédio e que “há mais nessa história” do que o que veio à tona.