ROTANEWS176 E POR AIRWAY 16/01/2022 17:02 Por Ricardo Meier
Companhia aérea cargueira deu entrada em proposta no Departamento de Transporte dos EUA em 2019 para que aeronaves pudessem ser equipadas com contramedidas de infravermelho contra mísseis guiados a calor
Reprodução/Foto-RN176 Um MD-10 da FedEx carrega o Guardian, sistam anit-míssil a laser em 2007
A FedEx fez uma solicitação surpreendente ao DOT (Departamento de Transporte dos EUA) em 2019 e que só foi revelada recentemente. A empresa cargueira pretendia instalar um sistema anti-míssil por laser como contramedida para possíveis ataques por artefatos guiados a calor.
Até aí não há novidade afinal em 2007 a FedEx havia instalado o Guardian, um equipamento do tipo fabricado pela Northrop Grumman, em 10 de seus trijatos MD-10 para testes. Mas a proposta da empresa envolveu o A321-200, aeronave que não é operada por ela.
A preocupação a respeito de possíveis ataques se explica pela existência de sistemas portáteis guiados a calor lançados do solo. “Nos últimos anos, em vários incidentes no exterior, aeronaves civis foram alvejadas por sistemas de defesa aérea portáteis”, diz o texto enviadop por ela ao DOT.
Reprodução/Foto-RN176 O sistema de contramedidas dispara raios laser para ‘cegar’ mísseis guiados a calor (Northrop Grumman)
Conhecido pela sigla DIRCM (Directional Infrared Countermeasures ou contramedidas para infravermelho direcional, numa tradução livre), o equipamento é instalado na parte inferior da fuselagem e funciona apontando raios laser em direção aos mísseis a fim de ‘cegá-los’ ou desviá-los de seu curso.
A instalação de sistemas de defesa em aviões civis já ocorre há tempos. A companhia aérea israelense El Al foi a primeira a instalar um equipamento do gênero mas baseado em flares, que disparam partículas metálicas incandescentes e que são usados em aviões militares – o sistema, no entanto, tem um custo proibitivo.
Reprodução/Foto-RN176 Jato A321 convertido para carga: FedEx de olho no avião da Airbus (ST Engineering)
A321 cargueiro
A FedEx também chamou a atenção por relacionar o pedido ao A321, uma aeronave que além de não constar de sua frota, não tem um uso tão difundido no setor de carga aérea.
Apenas recemente variantes convertidas com o suporte da Airbus começaram a entrar em serviço, sugerindo que a FedEx chegou a considerar encomendar o A321 cargueiro em algum momento.
Consultada por veículos de imprensa no exterior, a FedEx não se pronunciou sobre a proposta.