Felicidade que irradia

ROTANEWS176 E POR BRASIL SEIKYO 29/02/2020 09:00

RELATO

Amasa tem determinação e alegria que contagia todos ao redor

Reprodução/Foto-RN176 Amasa na Universidade Estadual de Campinas, SP, onde estuda                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           Quando Amasa iniciou a prática budista na Soka Gakkai há quatro anos, sua vida deu um salto. A mudança foi tamanha, que refletiu até mesmo em seu aspecto, e o sorriso contagiante se tornou rotineiro. “Transformei tudo o que me impedia de ser feliz. Passei a sorrir mais, a cumprimentar as pessoas e a reclamar menos. Teve gente que me ligou para saber o que havia acontecido (risos). Eu que vivia triste e com sintomas de depressão, senti que o budismo era o caminho certo”, conta.

Avistar um raio de sol

“Na época em que conheci o budismo, morava em Santarém, PA. Sofria com crises psicológicas, sem um diagnóstico. Com isso, não conseguia permanecer em nenhum emprego. Havia terminado um relacionamento e, em casa, com meus pais, faltava afeto, diálogo e sobravam problemas financeiros.”

Em meio ao caos, Amasa foi aconselhada a procurar o budismo. “Quem me levou a uma reunião da BSGI foi um rapaz que estava afastado da organização. Naquela noite, numa rua de terra, escura, avistamos uma bela e iluminada casa de alvenaria, pintada de branco e com um jardim. O som do daimoku parecia uma música. Eu havia encontrado a paz que tanto procurava, como um raio de sol depois de uma forte tempestade. Após aquele dia, o rapaz que me acompanhou retomou a prática e eu passei a recitar daimoku.

Ela entrou para a BSGI e, ao estudar sobre o budismo e ler os incentivos do presidente Ikeda, encontrou o encorajamento que precisava para avançar. “Ingressei no grupo Cerejeira e aprendi que deveria lapidar a vida, dar o meu melhor sorriso e transformar tudo ao meu redor. Em casa, meus pais passaram a me apoiar nas atividades, e dia após dia, eu acumulava pequenas vitórias.”

Reprodução/Foto-RN176 Com Douglas Yoshioka, com quem lidera o Polo Unicamp da Divisão dos Universitários, num congresso na Paraíba

Benefícios e boa sorte

Outra grande conquista para Amasa seria conhecer as terras do Mestre, o Japão. Ela fez essa decisão com os amigos da localidade numa visita ao Centro Cultural Campestre, Itapevi, SP, em 2015. “Determinei que, na viagem, levaria muitas vitórias! A primeira delas foi na volta para Santarém, pois conheci uma psiquiatra que encontrou um diagnóstico para os transtornos que eu sofria. A medicação foi trocada e logo surtiu resultado.”

Dias depois, comemorava a aprovação no mestrado, no qual tentava ser aceita por três anos.

Os amigos, inspirados pela jornada da jovem, iniciaram a prática budista a partir dos seus incentivos: “A sensação quando alguém próximo a mim decide receber o Gohonzon é de imensa felicidade, uma sensação de paz”. E essa paz a impulsionou ainda mais na propagação do budismo. “Em 2016, na campanha das 50 famílias por distrito, concretizei dez shakubuku — uma grande vitória para levar ao Mestre!”

Novembro daquele mesmo ano foi o período escolhido para a viagem ao Japão. “Estava desempregada e objetivei mudar a condição financeira para lutar dignamente pelo kosen-rufu. Com o apoio dos amigos Soka, recitei intenso daimoku e, pouco tempo antes da partida, consegui dois empregos, arcando com os gastos da viagem. Na bagagem, meus amigos e eu levamos a conquista dos 50 por distrito da Área Tapajós. Que alegria!”

Reprodução/Foto-RN176 Com o noivo, Roger; a mãe, Francisca; e o cachorrinho, Gatão: “Ele é um companheiro para todas as horas”, diz ela

Já de volta ao Brasil, Amasa concluiu o mestrado e visava dar continuidade à carreira acadêmica, cursando doutorado fora do Pará. No trabalho, como professora universitária, foi convidada a coordenar um novo curso na instituição.

Ela conta que, em especial, tinha a meta de tornar 2017 um ano significativo. “Tivemos sucesso na comunidade com o Exame de Budismo, e na DFJ ingressaram três jovens sábias, fortes e alegres para se dedicar aos membros em meu lugar. Passei no disputado processo de doutorado da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), SP, e me mudei para a localidade.”

Manter a determinação

Na nova cidade, Amasa enfrenta os desafios de adaptação, emocionais e financeiros. “Até encontrar um trabalho, muitas vezes dormia com fome, mas não desanimei. Lia todos os dias um incentivo do presidente Ikeda que diz: ‘Não há a menor possibilidade de alguma de vocês, que recitam Nam-myoho-renge-kyo ao Gohonzon e se empenham com seriedade ao kosen-rufu não se tornarem felizes’ (BS, ed. 2.199, 12 out. 2013, p. A12)”. Encorajada, ela se dedicou aos estudos e se lançou a outro doutorado. “Sou formada em educação física e em psicologia, mas, ao ter contato com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com as propostas de paz do presidente Ikeda, decidi buscar doutorado em ambiente e sociedade”, revela.

Refletindo sobre 2019, ela continua: “Fiz novos amigos; conheci meu companheiro, Roger; concretizei o vigésimo shakubuku. No Polo Unicamp, idealizamos um evento para debater uma proposta de paz na universidade. E com o coração das ‘jovens águias’, também levamos um resumo da Proposta de Paz 2019 para um congresso na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Em meio a essa movimentação, fui aprovada no segundo doutorado com meu projeto sobre a percepção do desmatamento pela ótica das mulheres da Amazônia. Estou muito feliz. Venci em tudo! É como Ikeda senseiorienta: ‘Se não houvesse o sofrimento seria impossível reconhecer o significado da alegria, dos benefícios e da própria vida’ (BS, ed. 1.769, 30 out. 2004, p. C2)”.

Amasa Carvalho, 35 anos. Estudante. Resp. pela DFJ da Com. Independência, pela DE do Distrito Barão Geraldo, pela DUni da RM Circuito das Águas e do Polo Unicamp, CLP, CGESP.