“Fiz o possível”, diz controladora de avião da Chapecoense

Yaneth Molina era responsável pela comunicação com a aeronave

ROTANEWS176 E EFE 01/12/2016 14h28

A controladora de voo colombiana Yaneth Molina, responsável pela comunicação com o avião da Chapecoense acidentado nos arredores de Medellín, escreveu uma mensagem a seus colegas dizendo ter feito tudo o que era “humanamente possível” para salvar a aeronave.

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Reprodução/Foto-RN176  De modelo Avro Regional jet 85 campanhia Lamia de capacidade para  95 pessoas  no momento do acidente tinham 77 abordo, sendo 68 passageiros e 9 tripulantes, local onde a eronave caiu

A aproximação do jato da Lamia que levava o time catarinense ao aeroporto José María Córdova coincidiu com a chegada de outros três aviões, inclusive um da VivaColombia que havia pedido prioridade no pouso por causa de um possível problema de combustível.

O piloto da aeronave da Chape, Miguel Quiroga, também havia acusado falta de carburante, mas como demorou a declarar emergência, não recebeu de imediato a prioridade para aterrissagem.

“Companheiros, por minha família e por esse trabalho que valorizo e respeito, posso afirmar com absoluta certeza que, de minha parte, fiz o humanamente possível e o tecnicamente obrigatório para conservar a vida desses passageiros. Lamentavelmente, meus esforços resultaram infrutíferos”, escreveu a controladora, segundo mensagem divulgada pela rádio Caracol .

De acordo com Molina, ela teve de levar em conta não apenas a aeronave da Lamia, mas todas as outras que chegavam a Medellín no mesmo instante. “A vida me colocou nessa pouco agradável posição de ter de me defrontar com uma situação como a do dia 28 passado, e reitero a vocês que manifestaram seu apoio que tudo o que fiz teve como objetivo preservar a integridade dos ocupantes dessas duas aeronaves”, acrescentou.

Por fim, Molina reclamou que o assédio da imprensa a tornou alvo de “pessoas ignorantes e alheias” ao ofício de controlador de voo e que “ameaçam” sua “integridade física e tranquilidade pessoal”. De acordo com as primeiras informações divulgadas pelas autoridades, o avião da Chapecoense caiu sem ter sequer “uma gota de combustível” nos tanques.

O próximo passo é descobrir o que causou a pane seca. Já se sabe que a aeronave voava no limite de sua autonomia, que era de aproximadamente 3 mil km, exatamente a mesma distância entre Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e Medellín, que era o trajeto percorrido pelo jato.