Ginástica rítmica rende 100ª medalha brasileira em tempo recorde

ROTANEWS176 E IG 20/07/2015 14:21

Angélica Kvieczynski conquista sua segunda medalha de bronze no Pan de Toronto. Brasil precisou de dez dias para chegar à contagem centenária no quadro geral

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Reprodução/Foto-RN176 Sergio Dutti/Exemplus/COB Com a fita, Angélica Kvieczynski conquistou seu segundo bronze no Pan

A leveza e precisão dos movimentos da ginástica rítmica já haviam rendido três medalhas ao Brasil nesta edição dos Jogos Pan-Americanos. O quarto pódio da modalidade veio nesta segunda-feira e teve um significado especial: foi a 100ª medalha conquistada pelo Brasil em Toronto.

A responsável pelo feito foi Angélica Kvieczynski, que em sua apresentação individual com a fita alcançou a nota 15,633, conquistando o bronze, o segundo dela no Pan – no domingo, foi bronze também com o arco.

“Acabei de ficar sabendo disso. Que ótimo! Fiquei muito feliz por ganhar essa centésima medalha para o Time Brasil, achei que ia sair ontem, mas é uma honra”, disse a ginasta.

O ouro ficou com a norte-americana Laura Zeng, que tem dominado as competições individuais da ginástica rítmica. Ela somou 16,267 e garantiu o lugar mais alto do pódio. A prata foi para a também norte-americana Jasmine Kerber, com 15,992.

A paranaense teve uma perfomance segura, com poucos erros, e antes mesmo de deixar o tablado vibrou, confiante que a medalha viria. O abraço empolgado na treinadora foi mais um sinal da segurança de Angélica com sua apresentação.

Mas um pedido de revisão de nota por parte da canadense Patrícia Bezzoubenko, quarta colocada, preocupou a brasileira, que temeu ver mais uma medalha escapar na análise dos árbitros. No último sábado, Angélica competiu no individual geral e após se apresentar com o arco não ficou satisfeita, pedindo a revisão. Os juízes reavaliaram a nota, só que para baixo, o que acabou lhe custando o bronze.

Pan no iG

“Essa medalha para mim tem gosto de ouro, depois de tudo o que passou nessa competição, achei que mais um recurso ia tirar a minha medalha, mas não teve jeito. Entrei na final da fita com muita raiva, olhei no olho de cada árbitro e acho que eles bambearam. Temi muito essa revisão, porque no primeiro dia eles me prejudicaram”, contou, respirando aliviada.

O Brasil precisou de dez dias oficiais de competições para chegar a sua medalha de número 100 – a cerimônia de abertura foi realizada no dia 10, embora algumas modalidades, como o polo aquático, tenham iniciado as partidas alguns dias antes. Foi um recorde para o Brasil, que havia precisado de 13 dias para chegar aos três dígitos nas conquistas em Guadalajara 2011, e de 12 no Rio 2007.

Número 101

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Reprodução/Foto-RN176 A brasileira Angelica Kvieczynski foi a 3ª colocada na soma das duas sessões individuais. Foto: AP

Logo após a 100ª medalha, saiu a 101ª. Também na ginástica rítimica. A equipe do Brasil, campeã no geral e nas cinco fitas, agora conquistou a prata na apresentação com as maças e arcos. Com a nota 14,692, ficaram atrás das americanas, que somaram 14,983. Com isso a ginástica rítmica brasileira encerra sua participação em Toronto com cinco medalhas (dois ouros, uma prata e dois bronzes).

O Objetivo do Comite Olímpico Brasileiro (COB) em Toronto é superar os 141 pódios de quatro anos atrás. A competição é encarada pelo orgão como prévia para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.