ROTANEWS176 06/07/2024 10:40 RELATO DIRETO DA REDAÇÃO DO JBS
Com atitude exemplar, Diego vence os desafios familiares e profissionais, pois tem o Mestre como guia.
Reprodução/Foto-RN176 Diego Capelli da Silva, Na BSGI, é coordenador da Divisão dos Jovens da CRE Oeste
Encontrar-se com o mestre da vida é uma oportunidade única, capaz de transformar o destino das pessoas.
Eu me chamo Diego Capelli da Silva, tenho 36 anos e sou da terceira geração de praticantes do Budismo Nichiren na família.
Meu primeiro grande desafio foi lutar pela vida, pois minha mãe, Cida, era considerada clinicamente estéril. A notícia da gravidez causou uma profunda preocupação, uma vez que, segundo os médicos, sua condição de saúde não permitiria a continuidade da gestação. Após intensa recitação do Nam-myoho-renge-kyo, ela venceu, trazendo-me ao mundo.
Meus pais se separaram um ano depois do meu nascimento. Chegamos a morar de favor na casa de parentes e amigos. Nessa época, além do seu trabalho principal, minha mãe complementava a renda com faxinas e produção caseira de chocolates em datas festivas. Apesar de muito pequeno, lembro-me de vê-la nas madrugadas recitando daimoku.
Mesmo tendo esses problemas financeiros, com as orientações do presidente Ikeda sobre a educação como valor maior e com os esforços dos meus pais, pude frequentar bons colégios e estudar idiomas. Cresci participando das atividades da Gakkai, o que fez com que eu cultivasse sonhos e esperança de avançar, independentemente das circunstâncias.
Desde os 11 anos, comecei a ter crises de pânico e de ansiedade, desenvolvendo um quadro de transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e comportamento hipocondríaco. Essa situação evoluiu com o tempo e, aos 17 anos, uma psicóloga recomendou que eu fosse internado em uma clínica se não melhorasse.
Nesse período, incentivado pelo meu líder da Divisão Masculina de Jovens (DMJ), ingressei no Sokahan (grupo de bastidores da divisão). O aprimoramento nesse grupo mudou o rumo da minha vida.
Ainda não tinha convicção na prática budista. Encorajado por um veterano da Divisão dos Jovens (DJ), passei a ler diariamente as escrituras de Nichiren Daishonin e a fazer de uma, duas a três horas de daimoku por dia. Estava determinado a comprovar o poder da oração e a fortalecer a minha fé.
Reprodução/Foto-RN176 Diego com a mãe, Cida, na partida para o curso de aprimoramento no Japão no dia 24 de junho
Aos poucos, fui melhorando e, ao ler os incentivos do presidente Ikeda, comecei a mudar minha forma de pensar e meu comportamento.
Vencer a doença e a desarmonia familiar, o que eu considerava impossível, fez emergir uma grande convicção na prática. Naquele 2006, apresentei o budismo a dois amigos.
No ano seguinte, participei do 13º Curso de Aprimoramento da Divisão dos Jovens da BSGI no Centro Cultural Campestre (CCCamp) em Itapevi, SP. Saí de lá estimulado a transformar todos os aspectos da minha vida e a relatar essa vitória ao Mestre. Pouco antes do curso, sonhei que visitava o Brasil e, nessa ocasião, ele me encorajava a transformar meu relacionamento com meu pai.
Para um jovem que cresceu sem essa presença paterna, é um tremendo desafio. Apesar de pagar meus estudos, meu pai e eu tivemos pouco contato. Na verdade, eu mal me lembrava do seu rosto.
Então, lancei-me, mais uma vez, à luta para a transformação do meu carma. Misticamente, após a localidade em que eu atuava concretizar os resultados do Bloco Monarca, meu pai veio me visitar. Começamos a construir nossa relação e o levei para participar de uma reunião de palestra. Hoje, tenho uma ótima relação com ele e com meus seis irmãos por parte de pai.
Desafios profissionais
Concretizei o sonho universitário. Formei-me em direito, fui aprovado no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e continuei com a pós-graduação em uma renomada instituição. Em 2014, mesmo com um bom currículo, fiquei desempregado durante um ano e três meses. Foi um período muito difícil, mas segui a orientação de um veterano de desafiar ainda mais a recitação de daimoku, sem perder nenhuma chance de atuar na Gakkai.
Eu sabia que, para vencer essa barreira, precisava vencer também no shakubuku, e assim aconteceu. Meu irmão mais novo, Lucas, fruto do atual casamento do meu pai, recebeu o Gohonzon em fevereiro de 2015 e entrou para o grupo Sokahan do qual eu fazia parte desde os meus 17 anos. Que alegria!
Como resultado dessa luta, fui contratado por uma multinacional, considerada a maior empresa do mundo na época. Depois de permanecer por nove anos lá, decidi realizar o sonho de empreender e abri meu escritório recentemente.
Reprodução/Foto-RN176 Momento com a família
Iniciei 2024 em meio ao movimento de inspirar os jovens a abraçar os ideais de paz Soka. Atuo como coordenador da Divisão dos Jovens da CRE Oeste, que abarca dez estados e o Distrito Federal. Com a união de todas as divisões, fomos a primeira organização a concretizar os cem jovens por distrito da BSGI. Vencemos também na participação na Convenção Juventude Soka Esperança do Mundo com 780 representantes.
Com esse grandioso resultado dos membros da CRE Oeste, tive a oportunidade de fazer nosso juramento de lutar junto com o Mestre, por todas as existências, no Curso de Aprimoramento dos Jovens da SGI, realizado nas terras do Japão, em junho e julho.
Encerro meu relato com uma orientação de Ikeda sensei que norteia a minha vida:
Não importa qual seja o esforço, a derrota é sempre uma decepção. Ela rouba a vitalidade e todo o empenho se torna em vão. Vencer, por outro lado, é maravilhoso. Proporciona alegria e energia. Por isso, uma vez que se inicia uma luta, é preciso vencer infalivelmente.1
Um grande abraço a todos!
Diego Capelli da Silva, 36 anos. Advogado. Na BSGI, é coordenador da Divisão dos Jovens da CRE Oeste.
Assista
Video com os participantes do Curso de Aprimoramento dos Jovens da SGI no Japão no Instagram em: https://www.instagram.com/reel/C84DEl4OHII/?igsh=MWhwaXd2eWN4bHEzZg==
Nota:
- Brasil Seikyo, ed. 1.949, 26 jul. 2008, p. A11.
Fotos: BS | Arquivo pessoal
FONTE: JORNAL BRASIL SEIKYO