Hora de celebrar as melhores pérolas do cinema dos últimos dez anos.

ROTANEWS176 E POR ADOROCINEMA 22/12/2019 07h39                                                                                    Por Katiúscia Vianna

Dezembro é sempre época de retrospectivas, mas 2019 tem um toque especial. Afinal, não é apenas deste ano que estamos nos despedindo, mas também da década. Nesse clima de melancolia por tudo o que passou e ansiedade por tudo que irá vir, o AdoroCinema se reuniu para relembrar o que teve de melhor nos últimos 10 anos.

Reprodução/Foto-RN176 Foto: AdoroCinema / AdoroCinema

Para começar, a redação teve a difícil tarefa de eleger os filmes mais marcantes lançados no Brasil dentre 2010 e 2019. Acredite,não foi algo simples de fazer. Foram horas de debate, muitas listinhas e votações acirradas para escolher nossos 10 longas preferidos. Mas, no final das contas, isso é mais que uma celebração de apenas alguns projetos. É também uma viagem nostálgica pelos últimos anos, celebrando tudo de bom que o cinema proporcionou.

Será que seu filme favorito entrou na nossa lista? Confira abaixo e opine também sobre qual foi o longa que marcou a sua década!

  1. O Lobo de Wall Street

“Scorsese rompe com o cinema certinho que assola boa parte da produção norte-americana, onde palavrões são contados e os temas sexo e drogas são tratados com o maior cuidado possível, de forma a não “ferir” as pessoas. Trata-se de um chute na porta, um filme que não tem medo de ser subversivo e ainda por cima gosta disto. […] Por tudo isso, O Lobo de Wall Street é uma obra-prima. Deliciosamente depravado, debochado ao extremo, trata-se de um filme corajoso em sua proposta narrativa e também conceitualmente, dentro do cinema contemporâneo, como poucas vezes se viu.” Leia a crítica completa.

  1. Garota Exemplar

Garota Exemplar não só atinge a expectativa de que esperava por mais um grande trabalho de David Fincher, como ainda traça uma discussão muito interessante sobre a vida adulta, com um casal que é levado pela vida ou pela conveniência a se transformar num tipo de gente que antes detestavam.[…] A forma como a história vai sendo contada, mesclando cenas atuais, flashbacks e sequências que são fruto da imaginação, é extraordinária. Mesmo diante de cenas que retratam o passado do casal, temos sempre a sensação de que a narrativa está seguindo em frente. Nada é gratuito.” Leia a crítica completa.

  1. Moonlight: Sob a Luz do Luar

“O que não muda, ao longo das três fases em que o filme divide a vida do personagem, é a busca por autoconhecimento – algo universal, inerente à vida de qualquer um, independente da cor da pele ou de com quem você se deita. As questões de raça e preferência sexual, no entanto, ganham contornos ao mesmo tempo simples e complexos quando transpostas para um universo essencialmente masculino. Essa é a grande sacada da obra. […] Reduzir Moonlight a um filme de nicho é cometer um erro tão grave quanto o fizeram os bullies que rotularam Chiron.” Leia a crítica completa.

  1. Cisne Negro

Cisne Negro é um filme excelente, que traz Darren Aronofsky em plena forma. O dedo do diretor é onipresente, desde as provocações masculinas a Nina até as cenas fortes, que lembram em certos momentos os anteriores Pi e Réquiem para um Sonho. Um filme sombrio, tenso e por vezes aterrorizante, com uma Natalie Portman que explora com talento as nuances de uma personagem tão fragilizada emocionalmente e, ao mesmo tempo, que precisa seguir em frente para alcançar seu sonho: a perfeição.” Leia a crítica completa.

  1. Corra!

Uma das maiores surpresas da temporada nos Estados Unidos, Get Out é uma adaptação para os cinemas da frase: “eu não sou racista, eu até tenho amigos negros”. […] Escrito e dirigido pelo ótimo comediante Jordan Peele, Get Out é um thriller muito eficiente, que também conta com ótimos momentos de humor. Um filme divertido e que ainda faz pensar ao tratar da questão racial de forma completamente inusitada e quase que subversiva. Dificilmente alguém sairá incólume desta sessão.” Leia a crítica completa.

  1. Whiplash – Em Busca da Perfeição

Whiplash não é precisamente um filme sobre jazz, mas é um longa que irá encantar os apaixonados por música. É uma obra, como o título nacional insiste em entregar mastigadinho, sobre a busca da perfeição e os limites que as pessoas estão dispostas a atingir para alcançar suas ambições.[…] O longa é muito eficiente e conta com momentos de extrema beleza, seguidos, geralmente, por sequências tensas de pressão e desespero.” Leia a crítica completa.

  1. La La Land – Cantando Estações

“Depois dos dez minutos iniciais da sequência de aberta de La La Land – Cantando Estações, a vontade que dá, imediatamente, é de sair correndo da sala do cinema. O propósito se justifica pelo medo de que as quase duas horas de projeção que ainda restam não estejam à altura da genialidade do início do filme. Se quer uma dica: não sucumba. […] Mais do que uma homenagem (há várias) à “Era de Ouro” dos musicais, a nostalgia é apenas trampolim. E o que o realizador Damien Chazelle faz é revigorar o gênero.” Leia a crítica completa.

  1. Divertida Mente

“Há muito de psicologia em Divertida Mente. Vários são os conceitos adaptados nesta grande alegoria emocional, como o porquê de se esquecer fatos antigos de sua vida, o que define sua personalidade, questões do inconsciente, a formação dos sonhos (em uma hilária associação!) e até mesmo depressão. Sim, depressão! Por mais que o mal do século jamais seja citado nominalmente no longa, ele é claramente apresentado e explicado, dentro do contexto do filme. Mais ainda: Divertida Mente evita a vilanização da tristeza e oferece uma mensagem bastante importante sobre como lidar com ela em seu cotidiano, ao invés de afugentá-la a qualquer custo.” Leia a crítica completa.

  1. A Rede Social

“Quando o projeto de A Rede Social foi anunciado pela primeira vez todos resumiram o filme como “a história por trás do Facebook”. Mas a produção é muito mais do que isso, vai muito além dos bastidores do surgimento da rede social mais famosa do mundo. […] David Fincher volta a realizar um trabalho primoroso. É, na verdade, um filme sobre a complexidade do ser humano, sobre como este pode ser ao mesmo tempo inocente, calculista, indiferente e apaixonado.” Leia a crítica completa.

  1. Mad Max: Estrada da Fúria

“Os produtores não só fizeram justiça aos originais como criaram o melhor filme da franquia. […] Passados 30 anos do terceiro filme, George Miller demonstrou ter ficado todo este tempo acumulando energia para esta continuação. Insano. Este é o melhor adjetivo para descrever o novo Mad Max. Estamos diante do melhor filme de ação do ano até o momento. E é difícil imaginar que algum outro vá superá-lo neste sentido.” Leia a crítica completa.