ROTANEWS176 E POR BBC NEWS BRASIL 01/07/2020 16h30
A polícia italiana apreendeu o que eles acreditam ser um recorde mundial de 14 toneladas de anfetamina que eles suspeitam ter sido fabricada na Síria para financiar o grupo jihadista Estado Islâmico.
Reprodudução/Foto-RN176 Captagon falsificado é uma das drogas mais populares entre jovens ricos no Oriente Médio Foto: EPA / BBC News Brasil
A polícia italiana apreendeu o que eles acreditam ser um recorde mundial de 14 toneladas de anfetamina que suspeitam ter sido fabricada na Síria para financiar o grupo jihadista Estado Islâmico.
Cerca de 84 milhões de comprimidos falsificados de Captagon no valor estimado de 1 bilhão de euros foram encontrados em contêineres no porto de Salerno.
Eles estavam escondidos dentro de grandes tambores de papel e rodas de engrenagem.
Os policiais estão investigando se há envolvimento de grupos criminosos locais ligados à Camorra, uma das maiores máfias da Itália.
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Impacto da pandemia
Captagon é uma marca comercial do estimulante sintético fenetilina. Era originalmente usado para tratar o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e a narcolepsia, mas muitos países proibiram o medicamento durante a década de 1980 por causa de suas propriedades viciantes.
Agora, Captagon falsificado é uma das drogas mais populares entre jovens ricos no Oriente Médio, particularmente nos estados árabes do Golfo.
A droga também foi consumida por combatentes na guerra civil na Síria, incluindo militantes do EI, que valorizam sua capacidade de inibir o medo e afastar o cansaço.
Acredita-se que a Síria seja o maior produtor e exportador de Captagon falsificado.
Um comunicado da polícia de Nápoles disse que o EI – que antes controlava grandes áreas da Síria e ainda tem milhares de membros operando dentro do país – era suspeito de produzir grandes quantidades da droga em áreas onde exercia influência para se financiar com o tráfico.
As pílulas apreendidas em Salerno eram suficientes para suprir todo o mercado europeu, e era provável que um “consórcio” de grupos criminosos estivesse envolvido em sua distribuição pelo continente.
“A hipótese é que durante o bloqueio [devido ao coronavírus] a produção e a distribuição de drogas sintéticas na Europa praticamente pararam”, acrescentou o comunicado.
“Muitos contrabandistas, mesmo em consórcios, se voltaram para a Síria, onde a produção, no entanto, parece não ter desacelerado.”
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