Já suspensa por doping, medalhista olímpica ganha mais 4 anos de punição

ROTANEWS176 E POR AGÊNCIA O GLOBO 14/08/2021 13:50

Mexicana Lupita González ficou com a medalha de prata na marcha atlética na Rio 2016. Dois anos depois, foi flagrada com trembolona

Reprodução/Foto-RN176 Lupita González – Reprodução

Já cumprindo suspensão de quatro anos por flagra no exame anti-doping, a atleta da marcha atlética María Guadalupe González Romero, conhecida como Lupita González, sofreu outra dura punição nos tribunais. A mexicana de 32 anos foi suspensa por mais quatro anos por adulteração de provas em pedido de reconsideração da primeira punição.

A Unidade de Integridade no Atletismo (AIU), uma das entidades disciplinares resposáveis pelo controle de dopagem no esporte, considerou Lupita culpada por infringir a regras por “adulteração a qualquer momento do processo de controle”. Como já cumpria a suspensão de quatro anos anterior, a nova punição só será contabilizada a partir do dia 22 de novembro de 2022. Com isso, a mexicana não poderá competir até novembro de 2026 — está fora dos Jogos de Paris-2024. Cabe recurso à decisão.

Lupita foi medalhista de prata na prova de marcha atlética de 20 km nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, e acabou flagrada com epi-trembolona, um metabólito da trembolona, esteróide anabolizante, em exames realizados fora do período de competição, em outubro de 2018. Foi notificada, suspensa preventivamente e recebeu a punição meses depois.

Em pedido de reconsideração levado à Corte Arbitral do Esporte (CAS), a atleta tentava reduzir a pena para competir em Tóquio, mas o recurso acabou negado em julho do ano passado. Segundo o site “Inside the Games”, uma investigação da AIU concluiu que a mexicana falsificou pelo menos dois documentos apresentados em seus recursos.

Lupita teria apresentado a nota fiscal de um restaurante em que alegava ter comida alimentos contaminados, mas tal restaurante havia fechado anos antes da emissão da nota. A atleta também teria apresentado um exame hospitalar falso indicando que teria anemia por falta de ferro no sangue. Segundo o site, as adulterações, bem como a acusação de que uma amiga teria mentido em depoimento, foram confessadas pela atleta em um teste com o uso de um polígrafo.