ROTANEWS176 E AGÊNCIA BRASIL 02/11/2017 18:52
Conselheiros são acusados de rebelião e perturbação da ordem; Puigdemont está em Bruxelas mas diz que não está fugindo da justiça espanhola
Reprodução/Foto-RN176 Autoridades foram presas no processo que julga o pedido de independência da Catalunha- Divulgação/Governo da Catalunha
A Justiça da Espanha determinou nesta quinta-feira (2) a prisão, sem direito a fiança oito ex-conselheiros do Generalitat, o governo destituído da Catalunha. Eles são acusados pelos crimes de pelos crimes de rebelião, perturbação da ordem e apropriação indevida de fundos públicos, entre outros, e já foram levados para presídios federais. Além disso, o Ministério Público (MP) também pediu o pedido de prisão do ex-presidente, Carles Puigdemont , e de quatro outros integrantes de seu governo que estão na Bélgica.
O pedido contra Puigdemont será agora avaliado pela juíza do Tribunal Federal, Carmen Lamela. Caso ela aceite, um mandato de prisão pode ser emitido para o ex-mandatário da Catalunha e seus companheiros em Bruxelas.
Quatorze integrantes do governo destituído da Catalunha foram chamados a depor na audiência nacional, diante de Lamela. Oito dos conselheiros se recusaram a responder às perguntas e foram presos preventivamente. Eles foram levados para a prisão diretamente do tribunal.
Entre eles estão algumas das maiores figuras políticas da Catalunha, como o ex-vice presidente da Generalitat Oriol Junqueras. Somente um nono ex-conselheiro, Santi Vila, foi preso com direito à pedido de fiança. Ele renunciou a seu cargo de conselheiro de imprensa um dia antes da declaração de independência e respondeu às perguntas da audiência.
Em sua justificativa da ordem, Lamela afirma que existe perigo de que os políticos catalães atrapalhem no processo judicial contra o governo regional , que declarou independência de forma unilateral no último dia 27 . Além disso, existe a possibilidade de fuga, fazendo referência a Puigdemont.
Em Bruxelas
Puigdemont e seus companheiros na Bélgica também foram intimados a depor. Porém, de acordo com o advogado do ex-presidente, ele quer ser interrogado em Bruxelas. Puigdemont insiste que não está fugindo de suas responsabilidades perante a Justiça espanhola, mas que está na Bélgica para evidenciar sua situação diante da comunidade internacional. Ele também diz que não pedirá asilo no país.
Caso Lamela acate o pedido de prisão de Puigdemont, seria emitida uma chamada euroordem , um instrumento que substitui a extradição, mas funcionaria de forma semelhante. Nele, a Justiça belga seria a responsável por avaliar o caso dos políticos da Catalunha e enviar os acusados de volta à Espanha.
*com informações da Agência Brasil