‘Getúlio Vargas, Meu Pai’, de 1960, ganha sua segunda edição com a continuação planejada pela filha do ex-presidente, Alzira Vargas
VEJA E ROTANEWS176 01/07/2017 06h20
Reprodução/Foto-RN176 O presidente Getúlio Vargas, com sua filha Alzira, sua neta Celina e sua sobrinha-neta Edith, imagem extraída do livro ‘Jean Manzon: Retrato Vivo da Grande Aventura’ (Jean Manzon/Reprodução)
Sucesso de vendas ao ser lançado originalmente, em 1960, Getúlio Vargas, Meu Pai (Objetiva, 568 páginas, 69,90 reais) volta às livrarias brasileiras para uma segunda edição, ampliada e com escritos inéditos de Alzira Vargas do Amaral Peixoto (1914-1992), filha do ex-presidente brasileiro que atuou como sua auxiliar de gabinete entre 1937 e 1939.
Reprodução/Foto-RN176 (Objetiva/Divulgação)
A primeira edição contava a vida de Getúlio Vargasde 1923 (a Revolução de 1923, no Rio Grande do Sul) a 1937 (O início do Estado Novo), além de bastidores da política brasileira e testemunhos da época. Alzira começou a escrever a continuação dessas memórias, mas não chegou a terminar antes de sua morte. Sua filha, Celina Vargas do Amaral Peixoto, reuniu o material e o disponibilizou nesta segunda edição.
O livro não deve ser encarado como uma biografia – para isso, seria mais recomendada a leitura dos tomos escritos pelo jornalista Lira Neto –, mas sim como um testemunho de uma filha sobre seu querido pai. Por isso, o retrato de controvérsias em que Getúlio se envolveu, como a ditadura do Estado Novo, é relativizada e suavizada. Por outro lado, não faltam anedotas e relatos íntimos sobre o político, como o da morte de Getulinho, irmão mais novo de Alzira, e do acidente de carro que Getúlio sofreu em 1942.