Lockheed Martin firma acordos para produzir quase 400 caças F-35 Lightning II

ROTANEWS176 E POR AIRWAY 31/12/2022 16:01                                                                                                      Por Ricardo Meier

Aeronaves fazem parte dos lotes 15, 16 e 17 e incluem os primeiros F-35 para a Finlândia, Bélgica e Polônia

 

Reprodução/Foto-RN176 F-35A da Força Aérea dos EUA (USAF)

Caça de 5ª geração que virou vedete na aviação militar, o F-35 Lightning II garantiu à Lockheed Martin contratos para a produção de 398 aeronaves.

O novo pacote envolve a produção dos lotes 15, 16 e 17 e é orçado em cerca de US$ 30 bilhões. Entre os clientes da Lockheed estão os Estados Unidos e parceiros internacionais parte do programa Foreign Military Sales (FMS) como a Bélgica, Finlândia e Polônia.

Segundo a fabricante, serão produzidos 145 aeronaves do Lote 15, 127 para o Lote 16 e até 126 para o Lote 17, que inclui os primeiros F-35 para as forças aéreas belga, finlandesa e polonesa.

Os F-35 desses lotes contam com o “Technical Refresh-3” (TR-3), um hardware atualizado com um novo processador de núcleo integrado com maior poder de computação, uma tela panorâmica do cockpit e uma unidade de memória aprimorada.

Reprodução/Foto-RN176 O F-35 tem colecionado vitórias na Europa (Armasuisse)

“Continuar a adicionar novos países à nossa frota global de F-35 valida ainda mais a capacidade e acessibilidade desta aeronave em fornecer segurança do século 21 para nações e aliados”, disse Bridget Lauderdale, vice-presidente e gerente geral do Programa F-35 da Lockheed Martin. “Simplesmente não há outra aeronave que possa fazer tudo o que o F-35 faz para derrotar e deter até mesmo as ameaças mais avançadas”.

Em 2022, a Lockheed Martin acertou novos acordos com a AlemanhaFinlândia e Suíça, elevando o total de clientes do caça furtivo para 17 nações. Os novos caças se juntarão a uma frota de 894 aeronaves, 141 das quais entregues neste ano.

Acidentes e problemas políticos

O F-35 tem se tornado uma opção imbatível nas concorrências internacionais por conta da sua atualização tecnológica comparada aos caças de 4,5 geração como o Dassault Rafale, o Eurofighter Typhoon e o Saab Gripen NG.

Além da capacidade furtiva, o Lightining II tem se destacado por ter um custo operacional mais baixo e, sobretudo, uma arquitetura modular, que permite atualizações com rapidez.

Reprodução/Foto-RN176 F-35B que se acidentou na fábrica da Lockheed (Reprodução)

A carreira da aeronave, no entanto, não tem sido fácil. Problemas com acidentes e na sua produção têm colocado em xeque suas virtudes. Em 2022, alguns caças acabaram sendo perdidos em situações improváveis, como ocorreu na semana passada com um F-35B em testes na própria Lockheed Martin.

Outra situação constrangedora envolveu o uso de materiais fornecidos pela China, país que hoje tem uma relação estremecida com Washington.