ROTANEWS176 E IG 10/02/2017 13:18
Estômago, intestino e ovário da pequena Elliotte Sargent se desenvolveram fora do abdômen, mas, após cirurgia, menina deve crescer sem complicações
Reprodução/Foto-RN176 Elliotte Sargent recebendo o carinho de seus pais, Mary e William, quando ainda estava internada no hospital – Facebook/ Mary Elizabeth Sargent/ Reprodução
A pequena Elliotte Sargent, da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, nasceu em setembro do ano passado. Porém, logo que foi retirada da barriga da mãe, precisou imediatamente passar por uma cirurgia. Alguns de seus órgãos, como o estômago, intestino e ovário, estavam para fora do corpo.
A menina foi diagnosticada com gastrosquise, uma malformação fetal que causa uma abertura na região abdominal. A cirurgia para fechar a barriga da bebê começou com um procedimento de duas horas, mas nem tem todos os órgãos foram colocados no lugar correto porque não havia espaço suficiente. Os que ainda ficaram para fora foram cobertos por um saco plástico para evitar exposição. Depois disso, a própria força da gravidade seria responsável por encaixá-los no corpo de Elliote.
No total, ela ficou 63 dias no hospital até que pudesse receber alta. Foram dias em monitoramento até que uma nova cirurgia pudesse fechar por completo a abertura na região abdominal. “Finalmente, eu pude segurá-la. Foi um momento incrível. Completamente maravilhoso”, afirmou Mary Sargente, mãe da menina, em entrevista ao site Daily Mail.
Entretanto, só no 19º dia internada é que Elliote pode mamar pela primeira vez na mãe. Até então, ela só havia recebido a alimentação necessária por meio de aparelhos. “Vê-la tomando meu leite no peito foi muito emocionante.”
De acordo com os médicos que acompanham o caso, a menina passa bem e dificilmente precisará passar por novas cirurgias no futuro.
Gastrosquise
Reprodução/Foto-RN176 Segundo médicos, apesar de Elliotte ter nascido com órgãos para fora do corpo, ela não deverá ter complicações – Facebook/ Mary Elizabeth Sargent/ Reprodução
A malformação foi descoberta no ultrassom que diria se Mary estava esperando por uma menina ou um menino. Por conta da gastrosquise, a parede abdominal de Elliote não se formou corretamente, deixando os órgãos expostos após o nascimento.
Segundo revisão feita por Hans Walter Ferreira Greve, membro do departamento científico da Sociedade Brasileira de Pediatria, em 2014, a incidência varia de 1 a 5 casos por 10 mil nascidos vivos, não havendo predileção por gênero. O problema pode causar complicações como perfuração intestinal, necrose e síndrome do intestino curto.
Felizmente, nenhum dos órgãos que estavam para fora de Elliote parecem ter sido afetados pela exposição. A menina, hoje, é só sorrisos nas fotos compartilhadas pela mãe em sua rede social. “Ela é meu milagre”, afirmou Mary.