Mestre da paz

ROTANEWS176 29/03/2025 09:05                                                                                                                            ESPECIAL DIRETO DA REDAÇÃO DO JORNAL SEIKYO SHIMBUN

Há 67 anos, o segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, encerrava sua nobre existência dedicada à paz e à propagação do Budismo Nichiren.

 

Reprodução/Foto-RN176 Estátua do segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, no Parque Memorial Toda (Vila Atsuta, Ishikari, Japão). Foto: Seikyo Press

Josei Toda nasceu em 11 de fevereiro de 1900, na província de Ishikawa, Japão, sendo o filho mais novo de uma família numerosa. Em 1915, ele foi contratado como aprendiz numa empresa de atacado de roupas, papelaria e miudezas. Dois anos depois, apesar de não possuir curso superior, passou com excelência nos exames que lhe davam crédito para ser professor assistente do ensino fundamental 1. O jovem começou formalmente sua carreira na educação, lecionando no sexto ano da Escola Primária Mayachi, na desolada região de mineração de carvão de Yubari, em 1918.

Em 1920, partiu para Tóquio. Seus primeiros meses na capital japonesa foram desafiadores, pois conseguiu somente serviços temporários. Em agosto daquele ano, foi apresentado a Tsunesaburo Makiguchi, diretor da Escola Primária Nishimachi, um homem de ideais ímpares e práticas sobre a educação.

Josei Toda pediu a Makiguchi para empregá-lo, prometendo: “Transformarei mesmo as crianças mais atrasadas em excelentes alunos”. A partir daquele dia, trabalharam juntos em tudo, compartilhando alegrias e tristezas. Ambos converteram-se ao Budismo de Nichiren Daishonin, passando a propagá-lo.

Em 18 de novembro de 1930, Makiguchi e Josei Toda, publicaram o primeiro volume do livro Sistema Pedagógico de Criação de Valores (Soka Kyoikugaku Taikei). Eles decidiram chamar a editora de Soka Kyoiku Gakkai (Sociedade Educacional de Criação de Valores) e formaram um grupo para empreender atividades educacionais e religiosas, o qual foi a instituição precursora da Soka Gakkai.

Ambos foram presos em 6 de julho de 1943 e encaminhados ao Centro de Detenção de Sugamo por se oporem categoricamente à determinação do governo japonês de unificar as religiões do Japão e obrigar os cidadãos a adorar a Deusa do Sol e a apoiar a guerra. Makiguchi faleceu no cárcere em 1944.

Quando Josei Toda saiu da prisão, em 3 de julho de 1945, estava com 45 anos e determinado a “acabar com a miséria da face da Terra”. Dois anos depois, ele se encontra com o jovem Daisaku Ikeda, que, aos 19 anos, buscava um sentido para a vida. Adotando Josei Toda como mestre, o jovem Ikeda abraça seus ideais e se torna seu discípulo imediato, dedicando a vida à missão do kosen-rufu.

Em 3 de maio de 1951, Josei Toda toma posse como segundo presidente da Soka Gakkai. Após seis anos, devido a sua dedicação para reconstruir a organização, o número de famílias ultrapassou 765 mil.

Um grande marco dos esforços da Soka Gakkai pela paz foi a Declaração pela Abolição das Armas Nucleares, proferida por Toda sensei durante um evento com 50 mil jovens realizado no estádio de Mitsuzawa, em Yokohama, em 8 de setembro de 1957.

Em 2 de abril de 1958, Josei Toda encerrou sua existência, depois de promover e participar da histórica Cerimônia do Dia 16 de Março de 1958, data conhecida como o Dia do Kosen-rufu.

Ikeda sensei expressa a gratidão e determinação sobre seu venerado mestre:

Estou convicto de que suas ardentes declarações ressoarão na mente de seus discípulos e colocarão em movimento uma sucessão de majestosas ondas que não poderão ser detidas por ninguém. Meu mestre continua a influenciar minha vida e sinto que as flores de cerejeira que ele cultivou em meu jovem coração desabrocham agora em profusão.1

Fonte:

Brasil Seikyo, ed. 2.631, 25 mar. 2023, p. 6.

Nota:

Brasil Seikyo, ed. 2.509, 28 mar. 2020, p. 9.

FONTE: JORNAL SEIKYO SHIMBUN