“Minha memória se apaga vagarosamente”, diz Silvio Santos

ROTANEWS176 E POR FORMOSIDADES 22/10/2020 16:03

Reprodução/Foto-RN176 Senor Abravanel (Silvio Santos) apresentador de televisão e empresário

Familiares de Silvio Santos divulgaram uma carta nesta semana, escrita pelo apresentador para o prefácio do livro “Sonho Sequestrado”, de Marcondes Gadelha. A obra aborda a corrida de Silvio, com Gadelha como vice, às eleições presidenciais de 1989. Na carta, com data de 31 de julho de 2020, o dono do SBT se mostra saudoso.

“Como muito de meus órgãos, incluindo o óbvio, que não funciona há muito tempo, minha memória a cada dia que passa vai se apagando vagarosamente. Este seu livro me lembra de acontecimentos que eu já tinha esquecido e me deixa emocionado a cada página que leio”.

Reprodução/Foto-RN176 Senor Abravanel (Silvio Santos)

Silvio também fala da tentativa da carreira política no fim da década de 1980. “Considero que estava qualificado para exercer a Presidência da República e tenho certeza de que a equipe que escolheria, no mínimo, melhoraria as condições das pessoas mais necessitadas neste país. Parte do povo mais humilde do Brasil, infelizmente, ainda vive debaixo de pontes, em casebres de papelão ou de madeira, onde, muitas vezes, só tem um prato de feijão para comer e ainda precisa se preocupar com saúde e com os remédios que precisa tomar. Minha atuação seria voltada para esses temas que tanto afligem a nossa pobre população. Os demais problemas do nosso país seriam enfrentados também pelo presidente Silvio Santos, mas preservada sempre a prioridade dada à habitação e à saúde.”

Reprodução/Foto-RN176 Senor Abravanel (Silvio Santos)

 

O apresentador, há quase 70 anos na TV, revelou muita emoção ao ler o livro. “Você, com seu talento de escritor e generosidade de amigo, me deixou por diversos momentos com lágrimas de saudade e emoção ao trazer de volta aqueles compromissos.”

Silvio afirmou se questionar sobre como teria sido vida caso enveredasse pela política. “Hoje, com 90 anos, me pergunto se teria sido bom para mim, para a minha família, para a minha televisão e para as pessoas que gostam de mim ter colocado a faixa verde e amarela que estampa a capa do livro. Sei, porém, que teria sido bom para a causa. E isso me basta. O desafio, então, estava aceito em qualquer circunstância.”

Aos 89 de idade, ele está afastado dos estúdios do SBT por causa da pandemia do novo coronavírus. A expectativa de que possa participar da próxima edição do Teleton, em 7 de novembro, de forma virtual está, a princípio descartada.