ROTANEWS176 30/10/2024 21:50 Por Maura Martins
Encerrada em 1945, a Segunda Guerra Mundial é até hoje analisada tanto sobre o que ocorreu durante os anos do conflito quanto sobre os desdobramentos posteriores nos países envolvidos. Mas o fato é que esse também foi um período de muita inovação.
Sim, as nações que estavam no meio da guerra tentaram usar todos os recursos que tinham para tirar alguma vantagem. Isso, por um lado, levou a descobertas científicas incríveis e táticas militares ousadas. Algumas ideias, no entanto, são tão bizarras que parecem mentira.
- Operação Bernhard
Reprodução/Foto-RN176 A Operação Bernhard usava dinheiro falso como estratégia. (Fonte: Bank of England / Reprodução)
A Operação Bernhard foi uma missão que a Alemanha colocou em prática e que se baseava em uma estratégia muito usada pelo crime organizado: a falsificação de dinheiro.
A missão foi supervisionada pelo major nazista Friederich Bernhard Krueger. Sua ideia era explorar o conhecimento de 142 prisioneiros judeus para falsificar os marcadores de segurança em notas de libras britânicas. O plano era supostamente inundar a economia britânica com a moeda falsa, além de usar as falsificações para comprar ouro e pagar espiões nazistas na Grã-Bretanha.
Algumas notas chegaram a entrar no sistema monetário britânico, mas o esquema foi detectado pelo Banco da Inglaterra logo no início. A maioria das falsificações da Operação Bernhard foi descoberta após a guerra e o dinheiro falso foi jogado em um lago na Áustria.
- Projeto Pombo
Reprodução/Foto-RN176 O famoso psicólogo B. F. Skinner queria treinar pombos para “lutar” na guerra. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)
Este é um dos mais conhecidos entre os experimentos estranhos que foram tentados na guerra. O Projeto Pombo foi elaborado nos Estados Unidos pelo famoso psicólogo e inventor B. F. Skinner.
Sua proposta era achar uma maneira para resolver o problema da precisão balística em mísseis de longo alcance. Para fazer isso, ele teve uma ideia bem inusitada: treinar pombos para pilotar mísseis em direção a alvos inimigos. Skinner estava totalmente convencido de que poderia dar certo.
Mesmo que o psicólogo tenha recebido uma boa grana de financiamento para o projeto, no fim, o comando militar decidiu que era uma bela ideia de jerico e ela nunca foi posta em prática.
- Projeto Habakkuk
Reprodução/Foto-RN176 O Projeto Habakkuk visava construir navios feitos de gelo. (Fonte: Reddit / Reprodução)
Um dos aspectos mais importantes da Segunda Guerra Mundial envolvia o uso de maquinário pesado de guerra, como tanques, caças e submarinos. Por isso, a Grã-Bretanha desenvolveu o Projeto Habakkuk, que buscava produzir navios de guerra mais resistentes do que nunca.
Mas a estranheza é o material escolhido: eles seriam feitos de gelo! A ideia foi do cientista Geoffrey Pyke, que planejou criar um porta-aviões elaborado com gelo, com o peso de 2 milhões de toneladas. Testes misturaram água com serragem e lascas de madeira e resultaram em um gelo tão forte quanto concreto e resistente a ataques.
Pyke conseguiu que o primeiro-ministro britânico Winston Churchill apoiasse a sua ideia, mas no fim, o design dos navios possuía algumas desvantagens que acabaram afundando o seu projeto.
- Projeto Panjandrum
Reprodução/Foto-RN176 O Panjandrum era uma engenhoca que poderia romper as barreiras costeiras. (Fonte: Mdig / Reprodução)
Em 1942, o regime nazista ordenou a construção de vastas defesas costeiras na esperança de repelir os ataques vindos da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos. Isso resultou na construção da Muralha do Atlântico, composta por uma série de bunkers e outros obstáculos carregados com minas e armas.
A Muralha do Atlântico se tornou logo um grande problema para os Aliados, que passaram a planejar maneiras de superá-la. E uma das ideias foi o Panjandrum, uma invenção meio maluca que consistia em um par de rodas enormes, impulsionadas por foguetes e carregadas com explosivos.
O plano era implantar vários Panjandrums e lançá-los em direção à Muralha do Atlântico. No entanto, os testes foram um fracasso total.
FONTE: MEGA CURIOSO