Momentos inesquecíveis: volume 17 (parte 1)

ROTANEWS176 14/01/2024 11:50                                                                                                                    APRENDER COM A NOVA REVOLUÇÃO HUMANA

Reprodução/Foto-RN176 Desenho de pessoas para ilustrar a matéria

Permanecer fiel ao caminho de mestre e discípulo

No dia de Ano Novo de 1973, durante uma reunião de líderes de divisão, Shin’ichi Yamamoto respondeu a uma pergunta de um líder da Divisão Masculina de Jovens sobre como deveriam abordar as atividades da Divisão dos Jovens na segunda fase do kosen-rufu, o pleno início de uma era em que a sociedade estaria de acordo com os princípios do budismo.

Na reunião de líderes, Isamu Nomura, coordenador da Divisão Masculina de Jovens, perguntou a Shin’ichi:

— Com o início do segundo capítulo do kosen-rufu, a Soka Gakkai instaurará um movimento multifacetado que se estenderá à sociedade. O que devemos ter em mente ao rumarmos para essa direção? (…)

Shin’ichi afirmou sem hesitar:

— Seguir o caminho de mestre e discípulo.

A resposta de Shin’ichi não foi a que Nomura estava esperando. O rapaz pensara que, como a Soka Gakkai estava prestes a se firmar num movimento que abarcaria todas as esferas da sociedade, a primeira tarefa seria cultivar pessoas talentosas em vários campos.

Percebendo o ar de perplexidade visível que atravessou por instantes o rosto de Nomura, Shin’ichi disse:

— Você deve estar se perguntando o que a unicidade de mestre e discípulo tem a ver com isso, não é mesmo? É como a relação entre as forças centrífuga e centrípeta.

A voz de Shin’ichi era branda, porém firme.

— Incrementar um movimento que propague amplamente os ideais do budismo na sociedade é como a força centrífuga. Quanto mais intensa se tornar essa força centrífuga, mais importante será ter uma força centrípeta focada no budismo. E o ponto central desta força centrípeta é a unicidade de mestre e discípulo.

Ele continuou:

— Ultimamente, os integrantes da Divisão dos Jovens vêm expressando sua decisão de demonstrar suas habilidades na sociedade, e estão se tornando cada vez mais conscientes da importância da contribuição social. Isso é maravilhoso. Mas se vocês se esquecerem do objetivo fundamental e ficarem obcecados em obter prestígio e sucesso, provavelmente acabarão fazendo pouco caso do mundo da fé. E, se começarem a julgar as pessoas somente com base na posição social e menosprezarem as pessoas simples, terão anulado todo o propósito. O caminho de mestre e discípulo é crucial para que trilhemos o verdadeiro curso do humanismo e do budismo. Mas as pessoas hoje em dia tendem a considerar essa relação feudal e antiquada.

Nomura assentiu, demonstrando ter compreendido.

— Na realidade, essa é a fonte da infelicidade do mundo atual. Seja no campo acadêmico, na arte marcial ou em qualquer outra arte, quando se estuda e se busca dominá-la, necessita-se de um mestre, um guia. Um mestre é especialmente indispensável para se aprender sobre o budismo, que ensina o verdadeiro valor da vida e a maneira apropriada de viver. Não possuir um mestre nesse âmbito significa não ter um exemplo concreto de como viver como ser humano — acrescentou Shin’ichi.

(Trechos do capítulo “Baluarte Central”)

*** 

Pelo bem de minhas queridas estudantes

Desde a inauguração da Escola Feminina Soka em 2 de abril de 1973, Shin’ichi visitou a instituição em várias ocasiões para incentivar as alunas. Daquele período em diante, embora estivesse ocupado com as visitas aos membros em outros países, em outubro de 1974, finalmente ele pôde regressar. Enquanto visitava as alunas que residiam no alojamento Tsukimi, o telefone tocou.
— Alô, Alojamento Tsukimi. Meu nome é Shin’ichi Yamamoto, em que posso ser útil?

— Como? Sr. Yamamoto?

Era uma mãe ligando para a filha, que estava cursando o ensino fundamental 2. Ela ficou confusa por uma pessoa estranha atender ao telefone, mas, ao perceber que, como fundador da escola, era bastante provável que o Sr. Yamamoto estivesse no campus para participar do Festival da Esperança que se daria dali a dois dias, ela supôs que pudesse se tratar dele.

— Oh! Sensei! Muito obrigada por tudo o que tem feito por minha filha! — agradeceu.

Shin’ichi solicitou a um dos zeladores que chamasse a estudante para atender à ligação e, nesse ínterim, continuou conversando com a mãe:

— Sei que deve se sentir solitária com sua filha longe, na escola, mas ela está se empenhando ao máximo. A Escola Feminina Soka está lhe proporcionando uma educação da mais alta categoria. Quando ela estiver com 40 ou 50 anos, os frutos deste excelente ambiente se tornarão evidentes. Por favor, fique sossegada e deixe por nossa conta.

Shin’ichi quis tranquilizar aquela mãe. Quando nos sentimos confiantes, sentimo-nos revigorados e fortalecidos. Por isso, o trabalho de um líder consiste em tranquilizar as pessoas.

(Trechos do capítulo “Esperança”)

Assista

Se você é assinante digital, veja o vídeo da série “Aprender com a Nova Revolução Humana”, volume 17

 

FONTE: JORNAL BRASIL SEIKYO