ROTANEWS176 07/06/2025 09:15
APRENDER COM A NOVA REVOLUÇÃO HUMANA
Nesta continuação da série publicada no<em> Seikyo Shimbun, </em>trechos selecionados do romance.

Reprodução/Foto-RN176 Ilustração de Kenichiro Uchida. Seikyo Press.
A essência da amizade
Em setembro de 1978, a convite da Associação da Amizade Sino-Japonesa, Shin’ichi viajou com uma delegação da Soka Gakkai para a China. Durante essa quarta visita ao país, e tendo como pano de fundo o Tratado de Paz e Amizade recentemente assinado entre os dois países em 12 de agosto daquele ano, Shin’ichi se dedicou a criar um fluxo interminável de amizade bilateral entre os países.
Em 12 de setembro, segundo dia da visita à China, os integrantes da comitiva tomaram o café da manhã junto com o secretário Sun Pinghua da Associação da Amizade Sino-Japonesa no Hotel Jinjiang, onde estavam hospedados.
Shin’ichi Yamamoto e sua esposa, Mineko, se sentaram à mesa de formato redondo com Sun Pinghua. Na frente de Sun estavam pratos com peixe grelhado, tofu [queijo de soja] fresco e missoshiru [tradicional sopa de soja japonesa].
Ao se sentar à mesa, Sun disse em tom de surpresa:
— Oh! Isso é o mezashi [espécie de peixe grelhado]! Tem tofu fresco! E isso é missoshiru, não é mesmo?
Mineko respondeu sorrindo:
— Quando tivemos a oportunidade de visitar a China da vez passada, o senhor nos falou que estudou no Japão e que não conseguia se esquecer do sabor do mezashi e do tofu.
Shin’ichi deu continuidade às palavras de Mineko e disse:
— O senhor tem nos dispensado grande atenção e consideração desde a nossa primeira visita à China. Conversei com a minha esposa a respeito de como poderíamos expressar nossa sincera gratidão e nossos agradecimentos ao senhor. Então, nós nos lembramos de que nos falou que sentia saudades da comida japonesa que saboreou na época em que estudou no Japão. E tivemos a ideia de trazer os produtos do Japão como o mezashi e o tofu para preparar aqui e servir ao senhor. Foi minha esposa quem fez. (…)
Shin’ichi e Mineko haviam conversado seriamente a respeito disso, desde a possibilidade de entrar com produtos alimentícios no país até como transportariam o tofu sem desmanchá-lo.
— Por favor, sirva-se antes que esfrie.
Incentivado por Mineko, Sun pegou o hashi [pauzinhos utilizados para comer]. Com o rosto naturalmente gentil, Sun cerrou levemente os olhos atrás da lente dos óculos e levou o mezashi à boca com ar de felicidade.
— Ah, que saudade deste sabor! Está muito gostoso! Consigo sentir a genuína sinceridade do coração do senhor e de sua esposa.
— Nós é que ficamos realmente felizes que o senhor tenha apreciado tanto — disse Shin’ichi abrindo um largo sorriso.
Pode parecer uma singela consideração por parte de Shin’ichi e de Mineko, mas havia coração nesse gesto. Pode-se dizer que a “alma” da amizade é esse contato de vida a vida com sentimento sincero.
(Capítulo “Reforma do Coração”)
Valorizando os campeões das ilhas remotas
O capítulo “Ilha da Vitória” inclui a história do movimento pelo kosen-rufu nas ilhas mais distantes do arquipélago japonês. A primeira Conferência de Representantes do Departamento das Ilhas Remotas foi realizada no Centro de Treinamento Geral de Kyushu, na província de Kagoshima, em janeiro de 1974, pouco depois da inauguração da sede.
[Falando com os responsáveis pela reunião na véspera da sua rea-lização], Shin’ichi disse:
— Como partirei para Hong Kong depois de amanhã, não poderei participar da Conferência de Representantes do Departamento das Ilhas Remotas devido aos preparativos. Porém, vou recepcioná-los e me despedir. Afinal, todos são nobres filhos do Buda que vieram promovendo o kosen-rufu de cada ilha enfrentando perseguições como o ostracismo e superando dificuldades. Todos são, sem dúvida, bodisatvas da terra de verdadeira relação com Nichiren Daishonin. São pessoas que surgiram em sua respectiva ilha com base numa mística relação cármica e se levantaram para a batalha do kosen-rufu por designação de Nichiren Daishonin.
Quem são as pessoas mais importantes no mundo do budismo? Assim como consta no Gosho, são as pessoas que se empenham ao máximo na propagação do budismo, desenvolvem “valores humanos” e, ampliando o círculo de confiança na localidade, abrem diligentemente o caminho do kosen-rufu enquanto lutam contra as perseguições e opressões. (…)
No dia 25 de janeiro, ventos gélidos e cortantes sopravam no Centro de Treinamento Geral de Kyushu, localizado na encosta da cordilheira de Kirishima. Os membros que participariam da 1a Conferência de Representantes do Departamento das Ilhas Remotas chegaram pouco antes das 11 horas. Ao descerem do ônibus, quem os aguardava era o sorriso de Shin’ichi.
— Muito obrigado pelos seus esforços! Sejam muito bem-vindos! Recebo-os louvando do fundo do coração os senhores, os grandes heróis do kosen-rufu!
Dizendo isso, Shin’ichi estendeu a mão para cumprimentá-los, e os companheiros das ilhas corresponderam ao gesto. Eles sentiram uma infinita ternura e calor humano naquele aperto de mãos de Shin’ichi. Seus olhos foram se enchendo de lágrimas de emoção.
Apesar de não trocarem muitas palavras, todos sentiram o coração de Shin’ichi e o pulsar de sua alma. (…)
Shin’ichi Yamamoto também foi se despedir dos membros que partiriam de volta à sua localidade com o encerramento da conferência.
Ele dirigiu algumas palavras e incentivou cada um dos companheiros que subiam no ônibus com o desejo de despertar seu espírito.
— Em relação às ilhas, só tenho os senhores com quem posso contar. O avanço do kosen-rufu delas será proporcional à atuação e aos diálogos promovidos por todos. Vou orar com o máximo de minhas forças pela sua saúde, pelo seu empenho e pela prosperidade das ilhas. Continuarei a enviar daimoku dia e noite para todos. Nosso cora-ção estará sempre junto. Eu os observarei e zelarei por todos para sempre. Com o sentimento de que são os que protegerão as pessoas da ilha, peço que avancem imbuídos de rico bom senso e amplo cora-ção. Gostaria que se tornassem uma frondosa árvore da confiança que envolve o povo da ilha.
(Capítulo “Ilha da Vitória”)
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FONTE: JORNAL BRASIL SEIKYO