ROTANEWS176 E AFP 15/05/18 13:52
Reprodução/Foto-RN176 O jornalista Tom Wolfe, conhecido como pai do novo jornalismo – novo jornalismo é uma especialização do jornalismo feita com a arte da literatura de não-ficcional, literatura de realidade e também jornalismo em profundidade – GETTY IMAGES/AFP
O escritor e jornalista americano Tom Wolfe, pai do “novo jornalismo” e autor do célebre romance “A fogueira das vaidades”, faleceu em Nova York, na segunda-feira (14), aos 88 anos – informou a imprensa americana.
“Ficamos profundamente tristes ao saber da morte de Tom Wolfe. Ele foi um dos grandes nomes e suas palavras viverão para sempre”, indicou a editora Picador, da MacmillanPublishers.
Desde a década de 1960, o escritor de rosto eternamente juvenil famoso por seus impecáveis trajes inovou ao usar técnicas de romance em seus artigos jornalísticos, contribuindo para criar a corrente conhecida como “novo jornalismo”.
Seu agente Lynn Nesbit disse à imprensa americana que Wolfe morreu depois de ser hospitalizado em Nova York em razão de uma infecção.
Nascido em Richmond (Virginia), mas vivendo em Nova York desde que começou a trabalhar no The New York Herald Tribune, em 1962, escreveu inúmeros artigos e ensaios para revistas como New York, Esquire e Harper’s, brilhando pela sua criatividade para descrever a cultura pop e o narcisismo da sociedade americana.
Alguns de seus ensaios para Esquire, onde Wolfe tinha liberdade para aplicar suas técnicas de escrita experimentais, foram reunidos no livro “The Kandy-Kolored Tangerine-Flake Streamline Baby” de 1965, um clássico da literatura americana de não-ficção.
Seu famoso e primeiro romance, “A Fogueira das Vaidades” (1987), uma sátira sobre os excessos dos anos oitenta em que o protagonista, um ganancioso banqueiro de Wall Street, atropela com seu carro um afro-americano do Bronx e foge, foi publicado pela primeira vez em capítulos pela revista Rolling Stone.