ROTANEWS176 E POR ISTOÉ 29/10/20 19h14
Reprodução/Foto-RN176Ricardo Eugênio Boechat era jornalista, âncora e locutor de rádio, já trabalhou nos principais jornais do país, como O Globo, O Dia, O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil.
Em relatório divulgado nesta quinta-feira (29), o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), concluiu que uma série de falhas de manutenção levou à queda do helicóptero que transportava o jornalista Ricardo Boechat.
Ronaldo Quattrucci, de 56 anos, piloto que controlava o voo, também morreu. Segundo o Cenipa, o profissional tomou atitudes consideradas erradas durante a operação do helicóptero. De acordo com o relatório, Ronaldo não verificou se os instrumentos de bordo estavam funcionando perfeitamente e suas atitudes durante o voo também contribuíram para o acidente.
O relatório informa que alguns itens foram cruciais para a queda do helicóptero. Um dos itens foi as falhas no compressor da aeronave, que não teve nenhuma atualização ou troca completa desde 1988. O compressor estava com peças vencidas no momento do acidente. Segundo o Cenipa, o tubo de distribuição de óleo da aeronave também “estava com o calendário de troca excedido várias vezes”.
Outros itens que contribuíram para a queda foram o desgaste anormal de algumas peças — o que levou à sobrecarga da aeronave e ao rompimento do eixo de ligação do rotor da cauda no momento da queda —, e a indisciplina por parte de Ronaldo, que, segundo a FAB, realizou um voo de táxi aéreo sem ter autorização operacional para isso.
A investigação do caso entendeu que “houve ineficiência, por parte do operador (o piloto), quanto da organização de manutenção, no acompanhamento e na execução dos processos de manutenção” da aeronave.