Mudança do coração

ROTANEWS176 E POR BRASIL SEIKYO 07/03/2020 08:00

INCENTIVO DO LÍDER

É comum lermos ou ouvirmos a expressão “o que importa é o coração”. Entretanto, muitos pensamentos negativos podem minar nossa sabedoria e esse “coração” acaba sendo derrotado pela nossa mente. Na prática budista, aprendemos que o importante não é a formalidade de  encontrarmos ou não com uma pessoa e sim “com que sentimento” vamos ao encontro dela para criarmos o ambiente ideal para a vitória absoluta.

Nichiren Daishonin cita no escrito O Arco e a Flecha: “Cuide-se e não deixe que a angústia perturbe a sua mente” (CEND, v. I, p. 686), e também nos ensina na carta Atingir o Estado de Buda nesta Existência: “Se a mente das pessoas é impura, sua terra é igualmente impura. Mas, se sua mente é pura, assim é a sua terra. Portanto, não há duas terras ­— pura e impura. A diferença reside apenas no bem e no mal da própria mente” (Ibidem, p. 4). Então, a pergunta que devo fazer é “Como está minha mente hoje?”. Estou mais feliz ou angustiado; com mais esperança ou com medo? Qual sentimento prevalece no meu dia a dia?

Tudo então começa com a oração e o sincero desejo de mudar os sentimentos. Assim, tendo a prática do daimoku como base, precisamos também estudar o budismo para compreendermos a vida e as causas de determinadas circunstâncias.

Na Nova Revolução Humana, o presidente Ikeda menciona o incentivo de Nichiren Daishonin: “Ser ‘mestre da própria mente’ significa fazer dos princípios do budismo nosso guia, e conseguimos isso por meio do estudo (…). É um espelho que nos mostra quem somos” (NRH, v. 24, capítulo, “Proteção Plena”, p. 133).

O budismo elucida a lei de causa e efeito, e esclarece que o passado, o presente e o futuro estão contidos em nossas próprias ações. A cada momento estamos direcionando nossa vida para a felicidade ou a infelicidade. Isso depende do tipo de ação que empreendemos. Então, para realizar nossa revolução humana, precisamos direcionar os pensamentos, as palavras e as ações para o bem.

Aprendemos também que não são os outros, “sou eu”. A disposição de mudar atitudes, de não buscar culpados para seus sofrimentos, faz surgir dentro da vida a coragem para a transformação do próprio destino. Como Daishonin enfatiza: “Se deseja saber as causas que foram feitas no passado, observe os efeitos que se manifestam no presente. E se deseja saber os efeitos que se manifestarão no futuro, observe as causas que estão sendo feitas no presente” (CEND, v. I, p. 292). Este é o ensinamento do Buda.

Na vida nada é mais importante que o presente. Temos o ensinamento de Daishonin e o forte encorajamento de Ikeda sensei que nos direcionam a transformar o carma negativo e desfrutar um futuro de imensa felicidade. Tudo depende das ações empreendidas no presente. Então, “bora lá” viver o presente com muita vivacidade, sabedoria e alegria. Afinal, o que importa é o coração.

Magda Lombardi da Silva

Coordenadora da Divisão Feminina da CGESP