ROTANEWS176 E POR CANALTECH 11/10/2022 19h46 Por Danielle Cassita
A sonda DART se chocou contra o asteroide Dimorphos, e os dados obtidos após o impacto mostraram que, agora, ele orbita Didymos a cada 11 horas e 23 minutos
Após semanas de análises dos dados da missão Double Asteroid Redirection Test (DART), os cientistas concluíram que a nave alterou a órbita do asteroide Dimorphos com sucesso. A sonda fez história ao atingir a rocha espacial no dia 26 de setembro na primeira demonstração de uma técnica de desvio de um asteroide, sendo também a primeira vez que a humanidade tenta mudar o movimento de um objeto espacial.
Reprodução/Foto-RN176 Foto: NASA/JHUAPL / Canaltech
Antes do impacto, Dimorphos levava 11 horas e 55 minutos para orbitar Didymos, o outro asteroide do sistema binário. As observações de telescópios mostraram que o impacto alterou a órbita de Dimorphos, que agora é de 11 horas e 23 minutos — a equipe da missão havia estimado um período orbital mínimo de 73 segundos ou mais, que indicaria o sucesso da missão. Portanto, a DART não apenas atingiu o limite mínimo como também foi além dele!
Os cientistas da missão ainda estão coletando dados com observatórios em solo em todo o mundo, que vão ajudar a melhorar a precisão do período orbital da rocha. Mesmo assim, ainda há muito trabalho pela frente, e a equipe vai analisar a pluma de detritos ejetados para, assim, entender a eficiência da transferência de momento da DART durante a colisão com seu alvo.
O choque da DART fez com que várias toneladas de rochas fossem lançadas ao espaço. Agora, os cientistas querem entender melhor o recuo desta explosão de detritos, que ampliou o “empurrão” da DART contra Dimorphos, como acontece quando o ar escapa de um balão e o empurra na direção oposta. Mas, para isso, eles precisam primeiro saber mais sobre as propriedades de Dimorphos, que ainda não são bem conhecidas.
Reprodução/Foto-RN176 Animação com as últimas fotos do asteroide Dimorphos enviadas pela DART antes de o sinal ser perdido (Imagem: Reprodução/NASA/John Hopkins APL) Foto: Canaltech
Então, para entender os efeitos do recuo do material, os cientistas precisam conhecer a superfície do asteroide, seu nível de resistência e outros aspectos, que ainda estão em análise. Para isso, eles vão trabalhar com as imagens do asteroide obtidas nos momentos finais da missão, junto das fotos capturadas pelo satélite italiano LICIACube.
Bill Nelson, administrador da NASA, celebrou os resultados. “Esta missão mostra que a NASA está tentando estar pronta para o que quer que o universo jogue para nós”, disse, em um comunicado. “Todos nós temos a responsabilidade de proteger nosso planeta. afinal, este é o único que temos”.
Fonte: NASA
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