“O avanço é comigo!”

ROTANEWS176 26/10/2024 12:15                                                                                                                                SERIÉ ESPECIAL DA REDAÇÃO DO JBS                                                                                                                                                                                 

Com essa disposição, herdeiros do legado pioneiro em Campinas e região determinam cada um ser o Shin’ichi Yamamoto na localidade

 

Reprodução/Foto-RN176  Foto de ilustração da matéria

A seção Minha Localidade conta sobre a dedicação dos membros da BSGI ao movimento pelo kosen-rufu nas cidades brasileiras com base na relação de unicidade de mestre e discípulo.

Campinas está situada a 100 quilômetros a noroeste de São Paulo, SP. De um antigo ponto de parada para tropeiros e bandeirantes rumo à província de Mato Grosso, elevada à vila em 1774, do antigo Distrito de Jundiaí, transformou-se rapidamente numa das regiões metropolitanas mais desenvolvidas do país, com aproximadamente 2,8 milhões de habitantes na Grande Campinas e um milhão na cidade. Referência na educação e cultura do estado.

Foi nesse berço pioneiro que surgiu uma das três comunidades fundadas pelo presidente Ikeda quando de sua primeira visita ao país em 1960. Na época, os praticantes do Budismo Nichiren eram, em sua maioria, imigrantes japoneses que trabalhavam na lavoura — um número de menos de cem famílias espalhadas pelo país.

Logo que chegou ao Brasil, mesmo com a saúde debilitada, Ikeda sensei foi ao encontro desses membros, que ansiavam se reconectar com a prática budista. Na Nova Revolução Humana, capítulo “Desbravadores”, encontramos esse cenário do esforço abnegado empreendido pelo Mestre. Assim, nas três cidades no estado de São Paulo, se deu a fundação da Comunidade Campinas, que, junto com as Comunidades Arujá e São Paulo, formava o Distrito Brasil, o primeiro núcleo criado fora do Japão.

Os pioneiros relatam os desafios iniciais. Os membros residiam nas fazendas próximas à divisa entre Indaiatuba e Campinas, e aos poucos foram se reunindo nas atividades motivadoras da Soka Gakkai. Era o ponto de encontro para estudar e se incentivar. A alegria da prática da fé se espalha e, com isso, novas famílias se unem. Em 1965, a comunidade passa a ter três blocos: Campinas, Sumaré e Indaiatuba. Abrangia o interior do estado de São Paulo e o sul de Minas Gerais. Na segunda visita do Mestre, em 1966, já eram 120 famílias no Bloco Indaiatuba. A partir daí, houve mais expansão, quando se erguia o Distrito Campinas em 1970.

Reprodução/Foto-RN176 A punjante região é retratada na imagem aérea

Com espírito de procura, lideranças e membros desafiam a participação nos exames de budismo, nos cursos de verão e nas reuniões de líderes na capital. E, no início dos anos 1980, já contavam com uma pequena sede regional e foram fundadas as duas bandas de jovens, Taiyo Ongakutai e Asas da Paz Kotekitai do Brasil. Logo surgiu a Área Anhanguera em 1987.

A organização carecia de um espaço maior para as atividades. Com união e daimoku, adquiriram não só o prédio principal, mas quatro terrenos ao redor e construíram uma sede regional com três salas com capacidade para quatrocentas, 150 e oitenta pessoas, além do estacionamento para trinta carros. A inauguração da Sede Regional de Campinas ocorreu em 1987, e em 2012 passou a ser o Centro Cultural de Campinas. Após, veio a fundação da Sub. Bandeirantes.

Reprodução/Foto-RN176 Registro de atividade nos primórdios da Comunidade Campinas, fundada pelo Mestre

Legado do Mestre

“Peço que, a partir de agora também, os senhores continuem a trilhar junto comigo por esse esplêndido caminho da missão.”1 Essa mensagem enviada por Ikeda sensei na inauguração do Centro Cultural de Campinas se tornou o ponto primordial para todos, reforçada nas palavras do responsável pela Sub. Bandeirantes, Arabaci Sciamarelli. “Consolidada por muitos veteranos, nossa organização respira a unicidade de mestre e discípulo. Com a união de ‘diferentes em corpo, unos em mente’ (itai doshin), nós nos dedicamos a seguir por esse esplêndido caminho da missão, junto com o Mestre, que veio ao Brasil plantar as sementes da felicidade que hoje colhemos.”

Esse legado vem sendo abraçado com entusiasmo pela Juventude Soka local, que, sempre unida com as demais divisões, trilha por uma grande jornada envolvendo os jovens da região, com movimento de visitas e atividades criativas. E os jovens se lançam a 2030 (veja depoimento abaixo).

Em todos esses anos, a dedica­ção dos membros como dignos cidadãos na sociedade tornou realidade mais de uma dezena de homenagens oferecidas a Ikeda sensei, entre elas a de cidadão honorário (1997) e a de sócio honorário da Academia Campinense de Letras (1998), que enviou mensagem de congratulações nesse mês comemorativo.

Atualmente, a Sub. Bandeirantes é formada por cinco RM, com 3.062 famílias e 5.016 membros. No dia 20 último, a Sub. Bandeirantes reuniu seus membros para celebrar a passagem do Dia da BSGI, repleta de significados. Entre históricos e renovadas decisões, a programação apresentou um plano de luta para o próximo ano. “Em outubro de 2025, pretendemos fazer a reinauguração do nosso Centro Cultural Campinas, adequando-o para que possa receber condignamente o ano 2030, centenário da Soka Gakkai. Ikeda sensei, a Sub. Bandeirantes, cujo centro é Campinas, vencerá infalivelmente!”, finaliza o líder central Arabaci. Ele conclui: “Os integrantes de Campinas e região muito se orgulham de sua história e rendem sinceras homenagens a todas as famílias de pioneiros, que, direta ou indiretamente, contribuíram para edificar as bases de todo o desenvolvimento conquistado”.

No topo: Aspecto dos participantes no encontro do dia 20 último, no Centro Cultural de Campinas. Foto: Colaboração local

Notas:

  1. Brasil Seikyo, ed. 2.142, 4 ago. 2012, p. A5. Leia a edição clicando aqui.
  2. Frase extraída da mensagem enviada por Ikeda senseipara a inauguração do Centro Cultural de Campinas, em 2012.

Representantes da BSGI de Campinas relatam suas vitórias com base no Budismo Nichiren e nos incentivos do Mestre

É chegada a hora! “Sensei, a sua Juventude Soka está aqui”!

Reprodução/Foto-RN176 Da esquerda para a direita, Thalita, Marwan e Ana Claudia: unidos e inovando sempre

Marwan Ramos da Silva, Ana Claudia Honorato da Silva e Thalita Santos Rocha

Líderes da Juventude Soka da Sub. Bandeirantes

O sentimento que norteia nossa luta e nossas ações é a gratidão. Gratidão a Ikeda sensei, aos veteranos que construíram a base do castelo do kosen-rufu. Como membros da Juventude Soka, estamos decididos a saldar as dívidas de gratidão pela luta desempenhada no passado e atualmente consolidada no mundo inteiro. É chegada a hora! Como discípulos sucessores, temos a missão de ampliar ainda mais o nosso movimento em prol da felicidade de todas as pessoas. Tudo tem seu tempo, nossa missão agora é proporcionar um ambiente acolhedor, para que, daqui a dez, vinte, trinta anos e mais, possamos eternizar a veracidade do Budismo Nichiren e a grandiosidade da existência do nosso querido mestre. Sensei declara na Nova Revolução Humana que não existe aposentadoria na prática da fé.

Com o objetivo de manter acesa a chama da paixão, o sentimento de vitória e de gratidão, unidos ao cora­ção do Mestre, realizaremos uma grandiosa luta, objetivando nos tornar um só coração rumo à grande vitória de cada membro até outubro de 2025, data em que comemoraremos 65 anos de fundação da nossa amada Sub. Bandeirantes.

Elevando a bandeira do humanismo e manifestando a máxima gratidão ao Mestre e aos queridos veteranos, lutaremos para consolidar a liderança da Juventude Soka em todos os níveis da nossa organização, visando construir na base o sólido alicerce do kosen-rufu, repleto de jovens felizes que possam bradar: “Eu sou Shin’ichi Yamamoto! Sensei, o kosen-rufu é a minha vida!”.

Gratidão e juramento

Reprodução/Foto-RN176 Armando, ao lado da esposa, Maria Inês, e do filho, Gabriel e com a mãe, Kuniko: “Ela nos ensina com seu exemplo. Seguiremos esse legado, com muito orgulho, levando os incentivos do Mestre a todos ao redor”.

Armando Jun Umeda

Filho de Kuniko. Atua como vice-responsável pelo Distrito Morada do Sol, RM Santos Dumont

Tenho muito orgulho e gratidão à minha mãe, Kuniko Umeda, por ter nos ensinado sobre a importância da prática em nossa vida. Ela se converteu em 1955, na época de Toda sensei.

Até hoje, aos 82 anos, ela é um exemplo de jovialidade, sendo uma pessoa muito dedicada à prática diária das orações, assídua nas atividades e nos estudos das escrituras de Nichiren Daishonin. Ela é a prova real de que as orientações do presidente Ikeda podem e devem ser comprovadas durante toda a vida.

Nossa família foi abraçada pela Soka Gakkai, superando e vencendo as dificuldades, que foram muitas. Com a união de todos em torno do líder pioneiro da comunidade, que estava determinado a cumprir a missão legada pelo Mestre, ela não media esforços. É assim até hoje, sempre disposta a dialogar e a incentivar as pessoas que se encontram em dificuldades.

Seu aspecto é de uma verdadeira rainha da felicidade e ela nos criou incentivando-nos a abraçar a prática budista por toda a vida.

Apoiou a prática do meu pai, que se converteu dois anos após a fundação da Comunidade Campinas, em 1962, e que a partir daí ensinou o budismo em diversas regiões do Brasil, e a do meu irmão, com muita oração. Graças a isso, também fui envolvido e, como meu irmão, eu me tornei responsável pelo Ongakutai aqui de Campinas, com grande orgulho.

Agora, na Divisão Sênior (DS), ao lado da minha esposa, Maria Inês Pavarina Umeda, atuamos com gratidão. Ela é vice-responsável pela Divisão Feminina (DF) da Comunidade Alvorecer, tendo minha mãe sempre ao lado nos incentivando a cada dificuldade. Moramos no mesmo condomínio, e posso manter meu comprometimento de filho cuidando e zelando por ela e seguindo todo o ensinamento que recebemos.

Na Convenção dos Jovens, rea­lizada em maio, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, minha mãe foi a pessoa que mais incentivou meu filho, Gabriel Pavarina Umeda, a conquistar essa vitória de estar mais próximo do coração do Mestre.

Ao refletir sobre o tempo, sinto que minha mãe teve a oportunidade de conhecer o budismo e de praticar na mesma época que o presidente Josei Toda. E eu tive a boa sorte de praticar na mesma época que Ikeda sensei. Fica então o juramento de jamais abandonar a prática da fé e de levar para o maior número de pessoas as orientações do nosso mestre.

FONTE: JORNAL BRASIL SEIKYO