O futuro começa agora

ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO  24/10/2020  04:35

ESPECIAL

REDAÇÃO

A BSGI completa, neste mês, sessenta anos de expressivas vitórias e de uma profunda relação de mestre e discípulo. Atualmente, conhecemos a trajetória da organização por meio dos nossos veteranos. Mas, já pensou que, daqui a dez anos, por exemplo, quem contará essa história seremos nós?

Nesse sentido, a BSGI vem galgando passos como uma organização que valoriza o ser humano, alicerçada no espírito indomável de Nichiren Daishonin e dos Três Mestres Soka — Tsunesaburo Makiguchi, Josei Toda e Daisaku Ikeda.

 

Uma organização formada pelas pessoas.

 

Reprodução/Foto-RN176 Foto de ilustração da Editora Brasil Seikyo – BSGI

Em um discurso, o presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, enfatizou a importância da organização [Soka Gakkai] para o bem da humanidade:

A Soka Gakkai é uma organização que tem a missão de concretizar o grandioso objetivo do kosen-rufu — levar a paz e a felicidade para toda a humanidade, tendo como base os princípios e a filosofia do Budismo de Nichiren Daishonin. Tal objetivo não pode ser alcançado por meio dos esforços de apenas uma pessoa. Ele se torna possível somente quando indiví­duos de várias esferas da sociedade se unem, organizam-se em uma força conjunta e trabalham para atingir essa meta. (Brasil Seikyo, ed. 1.493, 30 jan. 1999, p. 3)

No mesmo discurso, o líder da SGI ressalta nossa missão, como membros dessa organização:

A Soka Gakkai não surgiu primeiro para depois atrair as pes­soas. Foram as pessoas que criaram laços mútuos e, a partir disso, esses laços se ampliaram, fazendo surgir a Soka Gakkai. Por essa razão, devemos estar conscientes de que a organização existe por causa das pessoas. As pessoas não existem por causa da organização. Por favor, jamais se esqueçam disso. Espero que vocês se dediquem sinceramente a se tornar os mais fiéis amigos e protetores daqueles que estão sofrendo ou que estão em condição de miséria. Espero também que valorizem a Soka Gakkai, uma organização formada pelas pessoas e para as pessoas, respeitando-a e apoiando-a totalmente, enquanto lutam por seu progresso. Gostaria realmente de poder contar com vocês para a rea­lização dessa tarefa. (Ibidem)

A BSGI, hoje presente em todos os cantos do Brasil, ao longo dessas seis décadas, materializou o maior objetivo de sua filosofia: inspirar as pessoas a manifestar seu mais elevado potencial, transformando as questões da vida por meio de sincera oração e ação. Essa ação se chama “revolução humana”.

Claro direcionamento

Atualmente, realizamos diálogos virtuais cheios de paixão e de coragem, mesmo enfrentando grandes adversidades. Além disso, somos constantemente incentivados pelo nosso mestre. No mês de agosto, por exemplo, recebemos uma mensagem1 na qual ele direciona os passos de avanço para os próximos dez anos, em que comemoraremos o centenário de fundação da Soka Gakkai. E no mês de outubro, para celebrar os sessenta anos da BSGI, Ikeda sensei nos enviou uma profunda mensagem em que ele enfatiza:

Como pioneiros do kosen-rufu mundial, os senhores do Brasil vieram desbravando os caminhos resolutamente. Mesmo diante das tempestades de adversidades, lutaram e venceram com a “estratégia do Sutra do Lótus” e a união harmoniosa de “diferentes em corpo, unos em mente”. De forma esplêndida, vêm demonstrando a prova real da “prática da fé é a própria vida diária” e do “budismo é a própria sociedade”. Hoje, o mundo inteiro os admira como “Brasil, modelo do mundo” e “Brasil de contínuas vitórias”. (Brasil Seikyo, ed. 2.535, 10 out. 2020, p. 3)

Jovens na linha de frente

Uma árvore, em dez anos, já começa a dar frutos. Esse tempo, uma década, é o que nos separa de 2030. Os jovens que pertencem à Divisão dos Estudantes Herdeiro, que estão na faixa dos 14 aos 17 anos, em 2030, serão os líderes da organização e atuantes na sociedade. Nesse sentido, sensei faz a seguinte análise sobre o futuro:

O sucesso de qualquer em­preen­dimento depende da semente que produzirá esse resultado. Essa semente é a decisão diamantina de criar algo verdadeiramente grandioso ao custo de todos os esforços. Sua decisão será a fonte de todo o sucesso. O que terá de fazer agora é agir compenetradamente. O que importa são os esforços diários que fazemos agora para o bem do futuro. Cada dia, cada momento, deve ser encarado como uma batalha de vitória ou de derrota”. (Brasil Seikyo, ed. 1.958, 4 out. 2008, p. A11)

Sendo assim, vamos todos carimbar nosso passaporte rumo a 2030. O futuro começa aqui, plantando a semente neste exato instante.

“O dia de hoje nunca retornará. Avancem com coragem a cada dia de sua vida e triunfem com o coração de um rei leão.(…) Não se preocupem com o que aconteceu no passado até agora; o passado é passado. Ao contrário, concentrem-se em como abrir o caminho para o avanço e o auto-aprimoramento, o crescimento e o desenvolvimento, a partir do momento presente até o futuro.”

Dr. Daisaku Ikeda (Brasil Seikyo, ed. 1.714, 6 set. 2003, p. A3)

Assim como uma pequena semente, após anos de germinação e crescimento se torna uma frondosa árvore, apresentamos depoimentos de membros que expressam o orgulho de pertencer à BSGI e comprovam o budismo na própria vida. Em especial, nesta edição, trazemos também a visão de futuro de três integrantes da Divisão dos Estudantes.

Rieko Yamashita, DF, Rio de Janeiro (CSMRJ)

Pratico o budismo desde 1957, com a determinação de transformar a vida por meio do aprimoramento que recebemos da organização. Sou pioneira da banda Asas da Paz Kotekitai do Brasil e, em 1969, tive pela primeira vez a chance de receber direcionamentos de Ikeda sensei, num encontro inesquecível. A partir daí, passei a lutar na organização com o sentimento de gratidão e de criar uma jornada vitoriosa.

No Rio de Janeiro, empenhei-me ao máximo na Divisão Feminina de Jovens para formar um grupo de moças fortes e alegres. E hoje, atuando nesta época de ouro como veterana, cada uma daquelas integrantes venceu e transformou sua vida positivamente. Estou realizada e desfruto uma condição que me permite agradecer por essa luta gloriosa todos os anos, renovando minha decisão no Auditório do Grande Juramento pelo Kosen-rufu, no Japão.

Presenciar os sessenta anos da BSGI é a comprovação da extraordinária expansão dos jovens brasileiros da mais alta confiança de Ikeda sensei. Quando passar a pandemia, vamos nos abraçar e comemorar juntos!

Massao Narimatsu, DS, Paraná (CGRE)

Em 1969, iniciei a prática budista, mas não foi muito fácil. Várias pessoas criticavam a Soka Gakkai. Diziam que era uma organização ruim e nossa família foi hostilizada por isso. Como iniciantes, nós não tínhamos argumentos para contestar esse pensamento. No entanto, acreditamos em Ikeda sensei e, lendo e relendo os escritos de Nichiren Daishonin, compreendemos que praticar o budismo é enfrentar obstáculos e maldades. Assim, minha esposa, Neusa, e eu determinamos seguir o Mestre infalivelmente por toda a vida!! Tal como Ikeda sensei fez com relação a Josei Toda. Eu segui me desenvolvendo na organização, enfrentando incontáveis dificuldades no trabalho, na saúde, na família, mas fortaleci a minha fé. Hoje, eu me sinto um homem vitorioso. Nesses mais de sessenta anos de prática, fiz do verdadeiro espírito de luta da Gakkai o meu próprio e transformei veneno em remédio. Dediquei-me e honrei as palavras de Ikeda sensei. Quando se pratica reconhecendo os esforços do nosso mestre, compreendemos o que é gratidão e a unicidade de mestre e discípulo. Isso fortalece o nosso tesouro do coração e é o que tento transmitir aos jovens que assegurarão o futuro da BSGI.

A todo momento, precisamos mudar nosso pensamento, nosso coração. O mundo tem de mudar. Custe o que custar, Ikeda sensei, pode contar comigo!

Laura Ayumi Oki, DF, São Paulo (CGESP)

Fui integrante do Grupo 2001 na década de 1970 e nos anos 1980 atuei como responsável por esse grupo. Guardo em meu coração os direcionamentos que recebi dos líderes e os ensinamentos da minha família, em especial dos meus pais, pioneiros do budismo aqui em Bragança Paulista e região.

Meu pai e meu irmão mais velho, Shitochi, líder da Divisão Masculina de Jovens, levavam as crianças num carro modelo Variant, ano 1972 (que ainda existe e foi carinhosamente apelidado baga-baga), e num Corcel II de luxo até a cidade vizinha, Atibaia, para participar das reuniões do Grupo 2001. Meu irmão, Luis, e eu éramos os responsáveis pelo grupo e nós nos esforçávamos para incentivar as crianças a não desistir dos sonhos, e a jamais se afastar do Gohonzon e da Soka Gakkai. Percebo que valeram nosso empenho e dedicação, pois os estudantes se tornaram homens e mulheres de grande valor que atuam na linha de frente da organização de sua localidade. Para mim, essa luta é a base para enfrentar os desafios da minha vida. Hoje, como mãe de três filhos maravilhosos, sinto que é o momento de comprovar, renovar a determinação e seguir conquistando novas vitórias junto com eles e com minha família, rumo aos setenta anos da BSGI.

Rosilene de Souza Silva, DF, Alagoas (CGRE)

O avanço da organização é o meu avanço. Venho dedicando minha vida à luta pelo kosen-rufu de Alagoas, sendo uma das pioneiras. Essa luta reflete em minha vida de tal modo que hoje desfruto imensurável boa sorte. Conquistei harmonia familiar, realização profissional e o maior benefício que foi repassar meu sentimento para meu filho, que atua com ardente paixão pelo kosen-rufu, no sul do país.

Neste ano, junto com a sexagenária BSGI, completo 35 anos de prática assídua e ininterrupta, expandindo a rede da felicidade Soka em minha localidade. Por isso, saldando as dívidas de gratidão, meu compromisso é lutar junto com Ikeda sensei e, com espírito de “diferentes em corpo, unos em mente”, avançar com meus companheiros da prática da fé.

É um momento ímpar na luta pelo kosen-rufu mundial. É a partida para os próximos dez anos e o avanço da expansão do kosen-rufu. O juramento da Sub. Nordeste 1 é erradicar a miséria do Nordeste, erradicando primeiro a miséria do meu coração, para realizar o sonho do Mestre, com o espírito de jamais ser derrotada!

Anny Caroliny Amorim Pernet, DFJ, Mato Grosso (CGRE)

Neste ano tão significativo, cheio de dificuldades e de aprendizados, o aniversário de sessenta anos da nossa maravilhosa organização (e também 30 anos do meu querido grupo Taiga) é repleto de evolução, de estar sempre se atualizando e do espírito de não deixar ninguém para trás.

Este é o momento para compreender quão importante é prezar as pessoas. Mais que nunca, sinto que devo modificar minhas ações no meu campo de atuação, porque se Ikeda sensei confia em mim como uma jovem capaz de assegurar a paz no mundo, tenho de iniciar esse processo com as pessoas que estão ao meu redor.

A Divisão dos Jovens, em especial, deve se esforçar para criar no coração da Divisão dos Estudantes a gratidão pelo Mestre — por ele ter nos mostrado o caminho correto, apesar das adversidades que podemos encontrar pela frente. E por sempre pensar em deixar um mundo melhor para os jovens e por confiar em nós a concretização dos seus sonhos. Transmitir esse sentimento é a garantia de que a Divisão dos Jovens será vitoriosa em 2030.

Daniel Anacleto, DMJ, Paraíba (CGRE)

Os sessenta anos da BSGI já se tornaram um marco na história, além de completarmos a sexta década com a honra de termos Ikeda sensei como o farol da BSGI, iluminando a rota para a vitória.

Ao assumir a vice-liderança da Divisão Masculina de Jovens da RE Paraíba, senti a responsabilidade e a unicidade de mestre e discípulo ecoarem em meu coração como o rugido do leão para lutar pelo avanço do kosen-rufu.

Esse brado do Mestre nos permite enxergar a confiança que ele possui em nós da Divisão dos Jovens. E a paz mundial é assegurada por nós que realizamos a revolução humana, lutando em nossa localidade.

Os jovens da BSGI progressivamente vêm fortalecendo o espírito de mestre e discípulo e de “diferentes em corpo, unos em mente”. Quanto mais diferentes somos, mais unidos nos tornamos, e isso resultará um mundo completamente harmonioso. Tal como a natureza, que se torna mais bela em meio à enorme diversidade, vivendo em perfeito equilíbrio.

Vamos nos unir sob o lema de não deixar ninguém para trás avançando em prol do kosen-rufu, e o primeiro passo será a vitória dos 100 mil jovens!

Augusto do Nascimento Rodrigues, DE, São Paulo (CGESP)

No ano de 2030, desejo estar formado na faculdade, trabalhando em uma área que eu me identifique, viajar pelo mundo e conhecer novas culturas. Pretendo corresponder às expectativas do Mestre, ter sabedoria, coragem e força para enfrentar todos os obstáculos. Apresentar o budismo de Nichiren Daishonin para as pessoas que precisam. Continuar o vínculo com os amigos que fiz na Divisão dos Estudantes. Ser para meu irmão um exemplo, determinado a continuar o caminho que meu avô trilhou, fazendo novas amizades; e me tornar um bom homem como meu pai. Enfim, quero ajudar minha família, retribuindo tudo o que fizeram por mim.

Bruna Bonate Cintra, DE, Bahia (CGRE)

Em 2030, quando estarei com 19 anos, desejo que não mais seja necessário usarmos máscara para nos proteger do coronavírus ou de qualquer outra doença contagiosa.

Como sei a importância dos estudos em nossa vida, nessa idade estarei na faculdade, cursando direito porque quero ser advogada.

Meu objetivo também é ser bem-sucedida para retribuir tudo o que meus pais fazem por mim. Tornar-me uma mulher forte e excelente advogada para contribuir para as pessoas, exatamente como Ikeda sensei nos ensina.

E, para conseguir tudo isso, vou me esforçar e fazer ainda mais daimoku porque nós budistas, quando nos esforçamos e recitamos daimoku, conquistamos qualquer objetivo.

Marcelo Moraes Custódio, DE, Rio de Janeiro (CGERJ)

Moro com meus pais e minha avó no bairro do Jabour, no Rio de Janeiro.

No início da pandemia, tudo foi muito difícil. Minha mãe recitou muito daimoku e, às vezes, orava junto também. Ela vende massas e teve de se reinventar para ajudar nas despesas; por exemplo, as massas congeladas se transformaram em quentinhas, pizzas e empadão. Eu ajudava nas entregas e assim fizemos a melhor participação no Kofu dentro desses 25 anos de prática da minha mãe, e nossa vida melhorou bastante.

Meu pai sofreu um infarto há dois anos e quase morreu. Mas, por meio das nossas orações, ele está bem e continua se tratando e cuidando da saúde. Minha avó não pratica e, como ela está morando com a gente, vem participando de todas as atividades.

Meu objetivo é mudar a realidade do meu bairro, que é muito perigoso. Minha decisão até 2030 é estudar, fazer preparatório e entrar para as Forças Armadas e me dedicar ao kosen-rufu, sendo um grande valor.

Além das Cinco diretrizes eternas da Soka Gakkai que eu declarmo após a recitação do gongyo, gosto deste trecho do poema do Taiyo Ongakutai, escrito pelo meu Mestre, que diz: “Na filosofia budista não existem fronteiras. Isto porque toda a humanidade procura a paz e a felicidade, e a filosofia budista é o único princípio cuja força satisfaz este desejo”.

Sugerimos a leitura no BS+

Mensagem do presidente Ikeda para a 46ª Reunião Nacional de Líderes da Nova Era do Kosen-rufu Mundial. Nela, Ikeda sensei expressa ser a década que se inicia com o 90º aniversário de fundação da Soka Gakkai rumo ao seu 100º o período decisivo de vitória ou de derrota, para realizar a transformação do destino da humanidade, por meio da comprovação vitoriosa da revolução humana de cada pessoa. Leia na íntegra no Brasil Seikyo, ed. 2.530, 5 set. 2020.

Mensagem do presidente Ikeda comemorativa dos sessenta anos da BSGI. Ele louva a dedicação dos membros da organização brasileira e solicita um avanço com ainda mais alegria, harmonia e vivacidade. Veja na íntegra no Brasil Seikyo, ed. 2. 535, 10 out. 2020.

Nota: 1. Brasil Seikyo, ed. 2.530, 5 set. 2020.