ROTANEWS176 12/08/2023 14:15 RELATO DIRETO DA REDAÇÃO DO JBS
Com uma trajetória que vibra na sintonia da prática da fé, Jorge Maciel avança em suas comprovações.
Reprodução/Foto-RN176 Jorge Luiz Lopes Maciel é responsável pela Subcoordenadoria Triângulo Mineiro (CRE Leste), CGRE, e reside atualmente em Mogi das Cruzes, SP – Foto: Arquivo pessoal
Sou Jorge Maciel, 55 anos, e divido com vocês um ponto primordial que se fixou em meu coração há trinta anos, mudando minha jornada de vida. Pratico o budismo desde 1980; e, em 1993, era um jovem estudante de engenharia com muitos sonhos e objetivos na vida. Tive a imensa boa sorte de receber Ikeda sensei como integrante da Orquestra Filarmônica Brasileira do Humanismo Ikeda (OFBHI), tocando tuba sinfônica (doada por ele à Filarmônica), em uma apresentação no Centro Cultural Campestre da BSGI, em Itapevi, SP, em fevereiro daquele ano. Lembranças marcantes da quarta visita do Mestre ao Brasil, ocasião em que houve a fundação oficial do grupo e nos possibilitou ouvir palavras de encorajamento que se tornaram um divisor de águas.
Determinei romper os grilhões do carma, com base na prática da fé. Em 2002, fui ao Japão renovar minha decisão de luta conjunta, e três anos depois minha trajetória profissional ganhava novos contornos. Uma promoção na empresa na qual trabalhava me levou até Catalão, no estado de Goiás, e deixei para trás a cidade de São Paulo, SP, base de minha criação. Levei no peito o direcionamento recebido de um grande veterano sobre a importância de abrir novos caminhos para a paz e a felicidade das pessoas, onde quer que eu estivesse.
Os desafios acompanham. Em 2006, em meio a um movimento intenso de propagação do budismo na localidade, o carro em que minha esposa, Zilda, estava colidiu com uma carreta na estrada entre Uberlândia, MG, e Catalão, GO. Os médicos envolvidos no resgate não acreditavam que ela sobreviveria, pois apresentava muitas fraturas expostas, traumatismo craniano e hemorragias diversas. Um deles chegou a me dizer que, se ela sobrevivesse, teria de amputar as pernas. Em casa, fiz cerca de nove horas de daimoku (recitação do Nam-myoho-renge-kyo) pela recuperação imediata dela. Voltando ao hospital, percebi uma mudança em seu aspecto. Conversando com os médicos, um deles disse: “É realmente incrível! Durante esta noite, todo o organismo desta paciente entrou em harmonia e tudo passou a funcionar normalmente”.
A partir dessa grandiosa comprovação da prática da fé, várias pessoas da localidade quiseram conhecer a magnífica oração recitada em minha casa e, daí em diante, as conversões ao Budismo de Nichiren Daishonin foram acontecendo uma após outra; oito anos depois nascia um distrito.
No trabalho, depois de dezessete anos como executivo, fui demitido. Mesmo em meio a imensas dificuldades, em 2018, participei de um curso de aprimoramento no Japão. Hora de reconfirmar o juramento.
Reprodução/Foto-RN176 Em um curso de aprimoramento no Japão – Foto: Arquivo pessoal
Aprendi na Soka Gakkai a buscar formas efetivas de concretizar os objetivos, por mais desafiadores que eles parecessem. Investi nos estudos para me colocar à altura da conquista profissional que abrisse caminhos de felicidade para minha família e para o movimento pelo kosen-rufu. No período da pandemia, lancei-me a uma pós-graduação na área de engenharia, além de aprimorar a língua inglesa.
Entrou 2021 e meu principal objetivo era chegar em 24 de agosto, Dia da Divisão Sênior (DS) e marco da conversão do presidente Ikeda ao budismo, com uma grandiosa vitória junto com meus companheiros da Sub. Triângulo Mineiro. Com base em intenso daimoku, na tarde do dia 24 de agosto daquele ano recebi um comunicado de minha aprovação para a função de gerente de suprimentos de um dos maiores grupos do agronegócio e geração de energia renovável da América Latina. Minha base de trabalho seria São Paulo, e a família permaneceria em Catalão, unida mais que nunca pela prática da fé e pelas orientações do Mestre.
Entramos no ano 2022 com vitória total. Porém, em fevereiro, uma tremenda dor no peito quase me levou ao desmaio. Estava em um processo de cetoacidose diabética a 410 mg/dL de glicose, o que causou um descompasso coronário. Foi realizado o cateterismo e, para surpresa de todos, somente uma artéria estava obstruída. Vitória!
Esse acontecimento nos fez refletir, em família, que era o momento de estarmos juntos. A organização em Catalão estava se desenvolvendo bastante. Nos últimos anos, de uma RM ampliou-se para uma subcoordenadoria com cinco RM. Decidimos então voltar à nossa terra natal, o estado de São Paulo, optando pela cidade de Mogi das Cruzes. Minha transferência para a organização local já foi efetivada, mas, por enquanto, sigo atuando na liderança da Sub. TM.
Reprodução/Foto-RN176 Atividade em Uberlândia, MG – Foto: Arquivo pessoal
Hoje, desfruto muita saúde e com muitas vitórias. Minha mãe, já falecida, foi uma grande veterana. Meus três irmãos, Julio, Angélica e Moacyr Jr., seguem firmes na prática; e meu pai, Moacyr, me inspira sempre: aos 87 anos, cursa atualmente sua 13ª graduação. Minha esposa, Zilda, mantém seu consultório de psicologia em pleno funcionamento de forma on-line. Nosso filho André Yuri, que se formou na segunda turma do Colégio Soka, faz faculdade e estagia em uma grande empresa; e nossa filha, Larissa, está com toda a energia de seus 11 anos. Oramos todos os dias juntos, com muita alegria.
Reprodução/Foto-RN176 Jorge em família, ao lado da esposa, Zilda, e dos filhos André Yuri e Larissa – Foto: Arquivo pessoal
Esses trinta anos foram intensos. Agradeço aos meus queridos companheiros da Gakkai e afirmo que a maior de todas as alegrias é ter vivido todos esses anos tendo o presidente Ikeda como mestre. Encerro com um trecho de uma de suas preciosas orientações:
Não se preocupem com o que aconteceu até agora; o passado é passado. Ao contrário, concentrem-se em como abrir o caminho para o avanço e o autoaprimoramento, o crescimento e o desenvolvimento, a partir do momento presente até o futuro. Esse é o início do drama da revolução humana.1
Muito obrigado!
Jorge Luiz Lopes Maciel é responsável pela Subcoordenadoria Triângulo Mineiro (CRE Leste), CGRE, e reside atualmente em Mogi das Cruzes, SP.
Fonte:
- Brasil Seikyo, ed. 1.714, 6 set. 2003, p. A3.
Fotos: Arquivo pessoal
FONTE: JORNAL BRASIL SEIKYO