O que é o Foro de São Paulo? Que risco ele representa para a nação?

ROTANEWS176 E POR BRASIL PARALELO 18/10/2022 19:57

Reprodução/Foto-RN176 Brasil Paralelo

O Foro de São Paulo mudou a estrutura política da América Latina, interferindo nos governos e na soberania nacional. Escondido por muito tempo, ele foi revelado e sua intenção para os países não foi mais mantida em segredo.

Nas palavras do Professor Olavo de Carvalho:

“Nunca se viu, no mundo, em escala tão gigantesca, uma convivência tão íntima, tão persistente, tão organizada e tão duradoura entre a política e o crime”.

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O que você vai encontrar neste artigo?

  1. O que é o Foro de São Paulo?
  2. Qual é a finalidade do Foro de São Paulo?
  3. A estratégia do Foro de São Paulo para chegar ao poder
  4. A história do Foro de São Paulo
  5. Lula, o PT, o Foro de São Paulo e as FARC
  6. Revelações na comemoração dos 15 anos do Foro de São Paulo
  7. Por que negar a existência do Foro de São Paulo?
  8. Os problemas gerados pelo Foro de São Paulo foram motivo de espionagem no Brasil
  9. Crimes do Foro de São Paulo

O que é o Foro de São Paulo?

O Foro de São Paulo é uma instituição internacional de esquerda, fundada em 1990 pelo ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo ex-presidente de Cuba, Fidel Castro.

É a maior organização política da América Latina e está entre as maiores do mundo. Partidos legais e organizações criminosas participam do Foro de São Paulo. Por exemplo, grupos ligados ao narcotráfico e à indústria do sequestro, como as FARC e o MIR chileno.

O advogado paulista José Carlos Graça Wagner foi o primeiro a descobrir o Foro de São Paulo e a denunciá-lo em 1º de setembro de 1997. Inicialmente, sua existência foi negada. Aqueles que falavam sobre ele eram considerados teóricos da conspiração.

Foi o Dr. Wagner quem contou ao Professor Olavo de Carvalho sobre a existência do Foro de São Paulo. Na época, Olavo escrevia para jornais O GloboFolhaJornal da Tarde e Zero Hora. Como porta-voz na mídia, ele denunciou o Foro, perdendo todos estes empregos, porque disse o que não podia ser dito.

Ao longo deste artigo será explicado porque Lula quis esconder o Foro de São Paulo e porque ele é uma organização criminosa.

Articulando-se, os membros do Foro de São Paulo elegeram governantes em toda a América Latina, assim como desfizeram governos. 15 membros desta organização foram eleitos presidentes de países do continente.

Todos esses presidentes estiveram alinhados com a mesma intenção.

Qual é a finalidade do Foro de São Paulo?

De acordo com Lula, através do Foro de São Paulo, todos os partidos de esquerda da América Latina foram reunidos. Sua intenção e de Fidel Castro era recriar na América Latina o que havia sido perdido na Europa Oriental: governos socialistas.

A entrevista de José Dirceu sobre o Foro de São Paulo

Antônio Abujamra, premiado diretor de teatro e apresentador de televisão, entrevistou José Dirceu:

“Anos atrás, você podia prever uma América Latina assim: Fidel, Chávez, Morales, Bachelet, Correa… Quem mais? Todos de esquerda na América do Sul! Você podia prever que isso ia acontecer?”

José Dirceu respondeu:

“Prever, não. Mas nós já lutávamos por isso e já trabalhávamos por isso. Inclusive porque nós criamos o Foro de São Paulo, que lutava pra isso; depois criamos ainda o Grupo de Marbella, porque é o nome da cidade do hotel onde nós ficamos no Chile, que se reuniu. Todos depois foram eleitos presidentes da República. Todos foram. Todos. Ciro Gomes, que participava, e o Cuauhtémoc Cárdenas ainda não foram. Mas o [Vicente] Fox foi [no México]. O [Ricardo] Lagos foi [no Chile]. Tabaré Vazquez foi [no Uruguai]. O Lula foi”.

Abujamra:

“Tabaré, Kirchner… Se essa turma se unir, o que é meio difícil, o que é que acontece com a América Latina?”

José Dirceu:

“Não, a condição para a América Latina avançar é a união desses presidentes desses países. Por isso que a informação de que o Banco do Sul está avançando… e a consolidação do Mercosul, e a integração energética, o gasoduto, e mesmo a zona de livre-comércio entre os nossos países… Não há nada mais importante pra nós que a integração da América Latina”.

A este respeito, a declaração do vice-almirante venezuelano, Mario Iván Carratú, ilustra o projeto do Foro de São Paulo:

“Tenham MUITA atenção com a penetração de grupos radicais de esquerda sob a ótica do Foro de São Paulo, que está tentando tomar o poder na maioria dos nossos países, faltando apenas Colômbia, Peru e República do Chile. Os demais têm, de uma ou outra maneira, este tipo de contato, este tipo de ações… O que devo, sim, ressaltar e devo reafirmar é que a Venezuela, desde 1992, está entregue às mãos de Fidel Castro…”

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A estratégia do Foro de São Paulo para chegar ao poder

A esquerda latino-americana, segundo Lula, não acreditava que fosse possível chegar ao poder democraticamente, especialmente pela via eleitoral. A participação das massas, entretanto, provou ser a melhor fonte para a esquerda governar.

“E nós chegamos e eu quero, companheiro da direção do Foro de São Paulo, debitar parte da chegada da esquerda ao poder da América Latina pela existência dessa ‘cosita’ chamada Foro de São Paulo. Foi aqui e devemos muito aos companheiros cubanos, devemos muito aos companheiros cubanos, porque, ao contrário do que muita gente conservadora pensa, os companheiros cubanos sempre, sempre nos ensinaram que o exercício da tolerância entre nós, a convivência pacífica na adversidade entre nós, a convivência entre os vários setores de esquerda era a única possibilidade que permitia que nós tivéssemos avanço aqui nesse continente”.

Para alcançar o poder, é necessário aparelhar o judiciário, minando as forças das instituições que mantêm o país coeso. No Brasil, Lula chegou ao poder com um país razoavelmente organizado institucionalmente. Não era possível solapar o processo democrático rapidamente.

A estratégia pode envolver milícias armadas nas ruas, massas, confrontos, perseguições, fechamento de jornais e cassação de licenças de TV.

No Brasil, a estratégia era comprar o Congresso com dinheiro público.

A história do Foro de São Paulo

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Em 1990, a Rússia já havia rompido os acordos com Cuba. Diante da queda do Muro de Berlim e da dissolução da URSS, Fidel Castro percebeu que as coisas não estavam se movendo na direção socialista como ele imaginava.

Como já conhecia Lula, ele o convidou para um encontro que aconteceu em 2 de julho de 1990 no Hotel Danúbio, em São Paulo. Por isso, o nome da organização é “Foro de São Paulo”, por causa do primeiro encontro na capital paulista.

Lula e Fidel convocaram todos os países da América do Sul e Central que eram de esquerda, assim como organizações ligadas à esquerda. A eles se somaram grupos terroristas como as FARC, o ELN (Exército de Libertação Nacional, Colômbia) e o Sendero Luminoso (de inspiração maoísta, Peru).

Após a criação do Foro de São Paulo e com o passar dos anos, as reuniões dos líderes de esquerda se tornaram anuais.

Houve também três encontros do grupo de trabalho do Foro de São Paulo, responsável por elaborar as pautas das discussões dos encontros anuais, que se realizaram uma vez em cada país membro.

Ao longo do ano, as atividades determinadas pela pauta deveriam ser colocadas em prática. Saíam das reuniões com resoluções gerais e resoluções específicas para cada país.

Os membros do Foro de São Paulo se alinhavam para apoiar eleições de esquerda, seja no Brasil, no Chile ou em qualquer lugar. O apoio volta-se ao candidato que representa os anseios do Foro.

Desta forma, eles conseguiram eleger 15 presidentes que são membros da organização do Foro de São Paulo.

O próprio Lula apoiou e pediu votos para Hugo Chávez e para Nicolás Maduro. Chávez fez o mesmo, e pediu votos para Dilma.

Outra estratégia foi o envio de grupos de estudo para visitar universidades e organizações. Eles deram palestras e davam dinheiro com a finalidade de propagar o que havia sido definido no Foro.

Com estas estratégias, os membros do Foro de São Paulo conseguiram vencer em muitos países, perderam em alguns, retomaram em outros. Havia ainda instabilidade, o que levou Lula a não permitir que se falasse do Foro no Brasil.

Segundo Lula, se eles não tivessem escondido do povo o que estavam fazendo, o Foro de São Paulo hoje não teria um presidente índio ou um presidente metalúrgico. Sua estratégia era fazer tudo escondido da mídia e da população.

Lula, o PT, o Foro de São Paulo e as FARC

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Quando Lula criou o Foro de São Paulo em 1990, a esquerda estava no poder apenas em Cuba. Em 2012, apoiando Hugo Chávez, o ex-presidente do Brasil disse que a esquerda já havia alcançado o poder em um grande número de países.

Afirmou também que mesmo em países onde eram oposição, os partidos do Foro tinham uma influência crescente na vida política e social.

“Em tudo que fizemos até agora, que foi muito, o Foro e os partidos do Foro tiveram um grande papel que poderá ser ainda mais importante se soubermos manter a nossa principal característica: a unidade na diversidade. (…) Sob liderança de Chávez, o povo venezuelano teve conquistas extraordinárias, as classes populares nunca foram tratadas com tanto respeito, carinho e dignidade”.

Este mesmo presidente elogiado, disse que na reunião do Foro de São Paulo de 1995, Lula e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) estavam juntos.

Chávez, Lula e Raúl Reyes, um dos comandantes das FARC, reuniram-se em San Salvador e conversaram durante horas.

Em 27 de agosto de 2003, Raúl Reyes concedeu uma entrevista à Folha de São Paulo, na qual foram incluídas algumas declarações, abordando a parceria entre as FARC e o PT.

“Folha: — O sr. conheceu Lula?

Reyes: — Sim, não me recordo exatamente em que ano, foi em San Salvador, em um dos Foros de São Paulo.

Folha: — Houve uma conversa?

Reyes: — Sim, ficamos encarregados de presidir o encontro. Desde então, nos encontramos em locais diferentes e mantivemos contato até recentemente. Quando ele se tornou presidente, não pudemos mais falar com ele.

Folha: — Qual foi a última vez que o sr. falou com ele?

Reyes: — Não me lembro exatamente. Faz uns três anos.

Folha: — Fora do governo, quais são os contatos das FARC no Brasil?

Reyes: — As FARC têm contatos não apenas no Brasil com distintas forças políticas e governos, partidos e movimentos sociais…

Folha: — O senhor pode nomear as mais importantes?

Reyes: – Bem, o PT, e, claro, dentro do PT há uma quantidade de forças; os sem-terra, os sem-teto, os estudantes, sindicalistas, intelectuais, sacerdotes, historiadores, jornalistas…

Folha: — Quais intelectuais?

Reyes: — Emir Sader, Frei Betto e muitos outros”.

Apesar de Reyes afirmar o vínculo das FARC com o PT e o Foro de São Paulo, em 18 de agosto de 2010, Valter Pomar, secretário executivo do Foro, negou esta relação.

Afirmou que todos os representantes da Colômbia que participaram da reunião do Foro pertenciam a organizações e partidos legais.

Devido a esta negação, Olavo escreveu:

“Quer dizer então, ó figura, que o Raúl Reyes mentiu ao dizer que presidira a uma assembleia do Foro ao lado de Lula? Quer dizer que o Hugo Chávez estava delirando ao dizer que conhecera Raúl Reyes e Lula numa reunião do Foro? Quer dizer que o expediente da revista América Libre é todo falsificado? Quer dizer que as atas do Foro foram inventadas por mim, que ainda tive o requinte de escrevê-las em espanhol? Ora, vá lamber sabão”.

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Revelações na comemoração dos 15 anos do Foro de São Paulo

Durante a campanha eleitoral de 2002, Lula mentiu em uma entrevista dada ao Jornal da Record. Respondendo ao jornalista Boris Casoy, ele negou a existência de uma aliança entre ele próprio, Hugo Chávez e Fidel Castro.

Entretanto, em 2 de julho de 2005, o Foro de São Paulo completou 15 anos. Na comemoração, Lula fez um discurso explicitando as relações com a Venezuela e o desejo de que as pessoas não entendessem a interferência política internacional na soberania nacional.

“Foi assim que nós, em janeiro de 2003, propusemos ao nosso companheiro, presidente Chávez, a criação do Grupo de Amigos para encontrar uma solução tranquila que, graças a Deus, aconteceu na Venezuela. E só foi possível graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um estado com outro estado, ou de um presidente com outro presidente. Quem está lembrado, o Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E graças a essa relação foi possível construirmos, com muitas divergências políticas, a consolidação do que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o Chávez como presidente da Venezuela.

Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política”.

Segundo o Professor Olavo de Carvalho, estas palavras de Lula revelam uma conspiração contra a soberania nacional, um crime ainda mais grave do que a corrupção de seu governo.

O povo brasileiro elege candidatos para construir um rumo para o país, conforme acreditam que será melhor. Entretanto, a interferência internacional é promovida por pessoas nem sequer eleitas, que não levam em consideração a vontade dos brasileiros.

Lula submeteu o Brasil a decisões tomadas por estrangeiros, reunidos em assembleias do Foro de São Paulo, cujas ações os brasileiros não deveriam conhecer ou entender.

A gravidade deste problema é acrescida pela participação de organizações como o MIR chileno, sequestrador de brasileiros, e as FARC, parceira de Fernandinho Beira-Mar e responsável pela injeção de duzentas toneladas de cocaína por ano no Brasil.

Por que negar a existência do Foro de São Paulo?

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Em 24 de setembro de 2007, Olavo de Carvalho publicou o artigo “O perigo sou eu”, no qual pediu ao leitor para examinar uma sequência de fatos. Destes, torna-se claro o motivo de se tentar ocultar o Foro, que, quando foi revelado, foi apresentado como um simples fórum.

Em resumo, o Foro era feito em sigilo por causa de suas conexões criminosas e por causa de seu projeto socialista, contrário à vontade do povo.

Abril de 2001

O traficante Fernandinho-Beira Mar confessou que compra e injeta no mercado brasileiro, anualmente, duzentas toneladas de cocaína das FARC em troca de armas contrabandeadas do Líbano.

7 de dezembro de 2001

O Foro de São Paulo, coordenação do movimento comunista latino-americano, sob a presidência de Luís Inácio Lula da Silva, lança um manifesto de apoio incondicional às FARC, no qual classifica como terrorismo de Estado as ações militares do governo colombiano contra tal organização.

17 de outubro de 2002

O PT, através do assessor para assuntos internacionais da campanha eleitoral de Lula, Giancarlo Summa, afirmou em nota oficial que o partido nada tem a ver com as FARC e que o Foro de São Paulo é apenas “um foro de debates, e não uma estrutura de coordenação política internacional”.

1º de março de 2003

O governo petista estende oficialmente sua proteção sobre as FARC, recusando-se a classificá-las como uma organização terrorista, conforme solicitado pelo presidente colombiano Álvaro Uribe.

24 de agosto de 2003

O comandante das FARC, Raul Reyes, informa que o principal contato da narco-guerrilha no Brasil é o PT e, dentro dele, Lula, Frei Betto e Emir Sader.

15 de março de 2005

Estoura o escândalo dos 5 milhões de dólares das FARC que um agente dessa organização, o falso-padre Olivério Medina, alega ter trazido para a campanha eleitoral de Luís Inácio Lula da Silva. O assunto é investigado superficialmente e logo desaparece do noticiário.

2 de julho de 2005

Discursando no 15º aniversário do Foro de São Paulo, Lula contradiz a nota de 17 de outubro de 2002, confessando que o Foro é uma entidade secreta, “construída para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política”, que esta entidade interferiu ativamente no plebiscito venezuelano e que ali, em segredo, ele próprio tomou decisões de governo juntamente com Chávez, Fidel Castro e outros líderes de esquerda, sem informar o Parlamento ou a opinião pública.

9 de abril de 2006

Vítor Santos, chefe da Delegacia de Entorpecentes da PF do Rio de Janeiro,  informa ao jornal O Dia que:

“[…] dezoito traficantes da facção criminosa Comando Vermelho – entre eles pelo menos um da Favela do Jacarezinho e outro do Morro da Mangueira – vão periodicamente à fronteira do Brasil com a Colômbia para comprar cocaína diretamente com guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Os bandidos são alvo de investigação da Polícia Federal. Eles ocuparam o espaço que já foi exclusivo de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar”.

12 de maio de 2006

O PCC em São Paulo lança ataques que espalham terror entre a população. Em 27 de dezembro, o Comando Vermelho faz o mesmo no Rio de Janeiro.

18 de julho de 2006

O Supremo Tribunal Federal, sob pressão de um vasto movimento político organizado pelo PT, concede asilo político ao falso-padre Olivério Medina, um agente das FARC.

16 de maio de 2007

O juiz Odilon de Oliveira de Ponta-Porã libera provas de que as FARC operam no território nacional treinando bandidos do PCC e do Comando Vermelho em técnicas de guerrilha urbana.

12 de fevereiro de 2007

As FARC elogiam desmedidamente o PT por ter salvo o movimento comunista latino-americano da extinção, ao fundar o Foro de São Paulo.

Agosto de 2007

Nos vídeos preparatórios de seu 3º Congresso, o PT admite que seu objetivo é eliminar o capitalismo e implantar um regime socialista no Brasil; e fornece ainda um segundo desmentido à nota de Giancarlo Summa, quando confessa que o Foro de São Paulo é “um espaço de articulação estratégica”.

19 de setembro de 2007

Lula oferece o território brasileiro como sede para um encontro entre Hugo Chávez e os comandantes das FARC.

Há mais fatos entre estes, por exemplo:

  • O fornecimento maciço de armas para as FARC pelo governo Hugo Chávez;
  • Uma campanha de mídia nacional para desmoralizar o analista estratégico americano Constantine Menges que estava divulgando a existência de um eixo Lula-Castro-Chávez-FARC;
  • Os tiroteios entre guerrilheiros das FARC e soldados do Exército Brasileiro na Amazônia;
  • As denúncias de que as FARC davam treinamento em guerrilha urbana aos militantes do MST;
  • Várias assembleias gerais e reuniões de grupos de trabalho do Foro de São Paulo.

Em 2008, o XIV Encontro do Foro de São Paulo aconteceu em Montevidéu. Participaram do evento os petistas José Eduardo Martins Cardozo, Marco Aurélio Garcia, Raul Pont, Valter Pomar, e Nilmário Miranda.

Em 2011, Lula discursou na 17ª Reunião do Foro, lembrando do dia em que teve a ideia de criá-lo e o dia em que conheceu Fidel Castro. Ele também falou sobre a tentativa de Chávez de aplicar um golpe de Estado na Venezuela.

Estiveram presentes, por exemplo, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega; Ricardo Alarcón de Quesada, representando os cubanos e Nicolás Maduro, representando a Venezuela. Os partidos de esquerda também estiveram presentes, como o PCdoB, PSB e PDT, entre outros.

A ideia do Foro de São Paulo surgiu quando Lula estava conversando com seus camaradas cubanos. A intenção era fazer uma reunião da esquerda latino-americana.

Nesta reunião, contando apenas da Argentina, compareceram 13 partidos políticos. Lula disse que havia muita divergência entre a esquerda, mas que precisavam seguir o que Paulo Freire havia ensinado: juntar os diferentes para derrotar os antagônicos.

  • Entenda o papel desempenhado por Paulo Freire na educação brasileira. Assista à trilogia Pátria Educadora.

O ex-presidente brasileiro também reconheceu que as forças políticas que mais contribuíram para o desenvolvimento dos planos do Foro de São Paulo foram as do Partido Comunista Cubano.

“Eu fico olhando a América do Sul. Quando cheguei à presidência em 2002, só tinha o Chávez. Mesmo assim, tinha sofrido um golpe. Depois, veio Kirchner. Depois de Kirchner, veio eleições no Paraguai. Depois, no Uruguai, com Tabaré. Depois veio no Equador. E nós fomos fazendo uma mudança extraordinária que culminou com a eleição do companheiro Evo Morales na Bolívia. É a demonstração mais viva dessa evolução política da esquerda latino-americana”.

  • Entenda a relação do Foro de São Paulo com a Argentina assistindo ao terceiro episódio da trilogia A Queda Argentina.

Os problemas gerados pelo Foro de São Paulo foram motivo de espionagem no Brasil

Carlos Alberto Montaner entrevistou um embaixador americano que não pôde revelar seu nome, mas permitiu a transcrição da conversa, que foi traduzida por Felipe Moura. A entrevista foi publicada originalmente no Miami Herald de 25 de setembro de 2013.

Nela, ele afirmou que basta olhar as atas do Foro de São Paulo e observar a conduta do governo brasileiro.

“Os amigos de Luiz Inácio Lula da Silva, de Dilma Rousseff e do Partido dos Trabalhadores são os inimigos dos Estados Unidos: a Venezuela chavista, primeiro com (Hugo) Chávez e agora com (Nicolás) Maduro; a Cuba de Raúl Castro; o Irã; a Bolívia de Evo Morales; a Líbia dos tempos de Kadafi; a Síria de Bashar Assad”.

De acordo com o embaixador americano, os princípios democráticos são sistematicamente violados em Cuba. Lula, no entanto, levou investimentos para a ilha, fortalecendo a ditadura dos Castros.

“O dinheiro investido pelos brasileiros no desenvolvimento do superporto de Mariel, próximo a Havana, é estimado em US$ 1 bilhão”.

Ele também disse que José Dirceu, ex-chefe de gabinete e ministro mais influente de Lula, havia sido um agente dos serviços de inteligência cubanos. No exílio em Cuba, ele teve seu rosto cirurgicamente alterado.

Retornou ao Brasil com uma nova identidade (Carlos Henrique Gouveia de Mello, um comerciante judeu) e permaneceu nesta função até a restauração da democracia. Juntamente com Lula, colocou o Brasil entre os principais colaboradores da ditadura cubana.

Finalmente, ressaltou duas questões que levam os EUA a querer informações sobre o que acontece no Brasil:

  • Corrupção;
  • Drogas.

“O Brasil é um país notoriamente corrupto e essas péssimas práticas afetam as leis dos Estados Unidos de duas maneiras: quando os brasileiros utilizam o sistema financeiro americano e quando eles competem de forma desleal com empresas dos EUA, recorrendo a subornos ou comissões ilegais.

A questão das drogas é diferente. A produção de coca boliviana quintuplicou desde que Evo Morales se tornou presidente, e o distribuidor dessa substância é o Brasil. Quase tudo acaba na Europa, e os nossos aliados estão querendo informações. Essas informações, às vezes, estão nas mãos de políticos brasileiros”.

Crimes do Foro de São Paulo

Os 5 crimes do Foro de São Paulo são:

1) Abrigar e proteger organizações terroristas, quadrilhas de narcotraficantes e sequestradores que espalharam drogas e mortes por todo o continente, tornando o Brasil o país onde mais cresce no consumo de drogas na América Latina;

2) Associar-se a entidades criminosas, transformando partidos legais em partidos criminosos, institucionalizando a ilegalidade como uma rotina normal da vida política em dezenas de nações;

3) Burlar todas as constituições de seus países-membros, convidando cada um de seus governantes a interferir na política interna das nações vizinhas, e fornecendo os meios para fazê-lo “sem que ninguém percebesse”, como confessou Lula, e sem jamais ter que prestar satisfações por isso a seus respectivos eleitorados;

4) Ocultar sua existência e a natureza de suas atividades por dezesseis anos, ao mesmo tempo em que fazia e desfazia governos e determinava o destino de nações e povos inteiros sem lhes dar a mínima satisfação ou explicação, rebaixando assim toda a política continental à condição de uma negociação secreta entre grupos interessados, e transformando a democracia em uma fachada enganosa;

5) Gastar dinheiro em viagens e hospedagens para milhares de pessoas, durante vinte e três anos, sem nunca informar, nem o povo brasileiro nem os povos das nações vizinhas, sobre a fonte do financiamento e os critérios para sua aplicação. Até hoje não se sabe quanto das despesas foi pago por organizações criminosas, quanto foi desviado dos diversos governos, quanto veio de fortunas internacionais ou de outras fontes. Não há registro de nota fiscal, ordem de serviço, prestação de contas, ou qualquer registro contábil.

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