“Olá! Podemos conversar?”

ROTANEWS176 10/11/2023 13:40                                                                                                                                INCENTIVO DO LÍDER                                                                                                                                                Por Felipe Augusto Mariano da Silva

 

Queridos companheiros da nossa amada BSGI, hoje, gostaria de falar um pouco sobre um grandioso pilar do nosso movimento — a visita familiar!

 

Reprodução/Foto-RN176 Desenho de ilustração da matéria – Ilustração: GETTY IMAGES

Acredito que muitos de nós tenham guardado na memória histórias de visita realizada, recebida ou até episódios compartilhados por algum companheiro. Essas experiências também são encontradas nas próprias orientações do nosso mestre, Dr. Daisaku Ikeda, e no romance Nova Revolução Humana, de sua autoria.

Ao longo dos meus anos de prática, tive a oportunidade de vivenciar visitas realizadas e recebidas em várias ocasiões. Elas me trouxeram incentivos, coragem e esperança para superar as dificuldades que estava enfrentando.

Isso me faz recordar uma visita que fiz há mais de três anos. Estávamos com uma grande campanha visando à vitória na academia do danshibu, em Manaus, AM. O objetivo do movimento era nos encontrar com o máximo de companheiros para incentivá-los a participar e a alcançar a vitória nessa atividade. Enquanto realizávamos essas visitas, tivemos a chance de visitar um conhecido de longa data, com quem atuamos juntos no grupo Taiyo Ongakutai. Ele fazia parte da Banda Infantojuvenil e eu era responsável por dar aulas de flauta doce. Nossa convivência já durava dez longos anos, e eu estava entusiasmado com essa oportunidade. Naquele período de sua vida, ele não participava das atividades nem recebia visitas.

Após confirmarmos com a mãe dele, fomos ao encontro do jovem, sendo bem recebidos por ambos. Iniciamos uma conversa e, em meio ao diálogo, compreendemos os motivos de ele estar afastado das atividades. Então, ele começou a se abrir e nos aprofundamos nos assuntos. A visita transcorreu de forma leve e, em certo momento, nós o convidamos para participar da academia, e firmamos juntos o compromisso de mostrar o real aspecto da prática do budismo e da organização. Queríamos ilustrar com isso que as situações pelas quais ele passou não representavam a organização que sensei construiu. Feito esse juramento, perguntamos: “Você gostaria de se juntar a nós nessa academia e aprender mais sobre o Budismo Nichiren e a Soka Gakkai?”. Ele respondeu: “Vou participar, porque é você quem está me convidando. Para mim, você é uma pessoa de confiança”.

Naquela hora, experimentei uma alegria imensa e, ao mesmo tempo, senti a grande responsabilidade de me esforçar ainda mais para corresponder às aspirações desse danshibu. Ouvir isso me deixou com o coração repleto de gratidão. Foi algo que me ajudou a enfrentar os desafios daquela época, na qual eu lutava contra a ansiedade e a depressão. Saber que alguém confiava em mim e contava comigo, sem dúvida, me deu muita força.

Tudo isso me fez lembrar de um incentivo do nosso mestre que li na Nova Revolução Humana:

Para desenvolver pessoas de valor é importante oferecer incentivos e orientações adequadas a cada uma. […] Mesmo que a organização aparente estar crescendo, se essas atividades básicas não são promovidas não ocorrerá a criação de seres humanos valiosos e capazes e a organização acabará certamente diante de um impasse.1

No mês seguinte, comentamos que o primeiro integrante da Divisão Masculina de Jovens (DMJ) que chegasse à sede regional para a atividade ganharia um presente surpresa. Enquanto estávamos esperando pelos membros, quem chegou primeiro? Sim, ele mesmo, o jovem danshibu. Quando a atividade começou, entregamos o presente a ele, um livro dedicado à DMJ. Os meses foram se passando e as atividades nesse período se tornaram apenas virtuais. Porém, conforme o combinado, ele participou de todas as reuniões. Ao término dos módulos da academia, fizemos uma nova visita para ele. E, por fim, perguntamos: “Você gostaria de continuar praticando?”. “Você acredita que mudou sua concepção da Gakkai e do budismo com a ajuda da academia?”. Para nossa alegria, ele disse que sim. Falou que a academia conseguiu mudar essa visão que ele tinha da organização.

Essa história se tornou um tesouro em minha vida, pois não somente mostrou o real significado de prezar cada pessoa, como foi uma grande virada para eu vencer uma batalha pessoal e me fortalecer como praticante do budismo. Foi uma experiência que transformou a vida de quem recebeu uma visita, mas principalmente a de quem a realizou.

Felipe Augusto Mariano da Silva

Coordenador da DMJ da CRE Oeste

Nota:

  1. IKEDA, Daisaku. Triunfo. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 4, p. 71. 2020.

Ilustração: GETTY IMAGES

FONTE: JORNAL BRASIL SEIKYO