ROTANEWS176 E POR BRASIL SEIKYO 16/06/2018 20:00
CONHEÇA O BUDISMO
Para saber mais sobre o estudo desta edição, leia as respostas do Departamento de Estudo do Budismo (DEB) da BSGI
1 – Qual a diferencia entre orar com o Gohonzon e sem o Gohonzon?
Ao iniciarem a prática budista, as pessoas oram com sinceridade mesmo sem o Gohonzon. Há também muitos membros que costumam recitar daimoku mentalmente onde quer que estejam, mesmo em meio a outros afazeres. É comum questionar se essa prática produz benefícios.
No budismo, todo daimoku recitado traz imensuráveis benefícios para a pessoa. Porém, o desejo de recitar daimoku diante do Gohonzon é fundamental.
A mente do ser humano oscila muito, e é certo que, quando não há um objeto para se concentrar, a atenção é desviada com mais facilidade, perdendo o objetivo da oração. O Gohonzon é o objeto de devoção para a observação profunda da mente.
A esse respeito, o presidente Ikedanos orienta que Nichiren Daishonin inscreveu sua vida, inseparável da Lei Mística eterna, em uma formagráfica para ajudar todas as pessoas a revelar o Gohonzon que possuem dentro de si. Ele o deixou (revelou) para nós como um tipo de espelho límpido a ser usado na prática diária para atingirmos o estado de Buda.
Para quem não tem fé, o pergaminho pode ser apenas um pedaço de papel comum, mas para os devotos do Sutra do Lótus é o ponto central da vida.
A fé resoluta faz com que os efeitos surjam imediatamente, pois o Gohonzon é o objeto que representa a Lei contida na essência de todas as Lei da natureza.
Recita o Nam-myoho-rengue-kyo diante do Gohonzon, com sinceridade, dá acesso livre e rápido à fonte inesgotável de benefícios.
2 – Nichiren Daishonin fala sobre a fusão de nossa vida com o Gohonzon. O que isso significa?
A palavra kyochi-myogo é um princípio budista que significa”fusão da realidade e da sabedoria”.
Ikeda sensei esclarece. “Recitar Nam-myoho-renge-kyo é louvar da maneira mais elevada, o Gohonzon que Nichiren Daishonin revelou. Ao mesmo tempo, é enaltecer o Gohonzon e o estado de buda que existe em cada um de nós. Quando enaltecemos e louvamos a vida do buda dessa maneira, nosso estado de buda se manifesta.
Daishonin diz que “aflora e se manifesta”. Somos nós que evocamos ou fazemos surgir nosso estado de buda que, por sua vez, responde ao nosso desejo e ao nosso chamado. O estado de buda não é algo que nos é “concedido de fora”, samos nós que o fazemos manifestar. É um caso de fusão entre o Gohonzon e nós próprios (terceira Civilização, ed. 430, jun. 2004, p.18).
Esta fusão (kyochi myogo, em japonês) refere-se à união de pessoa (ou sabedoria subjetiva) e objeto de devoção (ou realidade objetiva).
A recitação do Nam-myoho-renge-kyo, com fé, permite a vida de cada pessoa tornar-se una coma vida do buda representada no Gohonzon.
Nos últimos Dias da Lei, quando recitamos daimoku ao Gohonzon, a vitalidade pura e poderosa do estado de buda surge em nós por meio do princípio da fusão entre a pessoa e o objeto de devoção.
O presidente Ikeda conclui: “Todas as divindades ou funções budistas do universo se mobilizam em respeita a nossa voz e atuam nos protegendo. (…) Com profunda convicção no Gohonzon que possuímos, o Myoho-renge-kyo interno ressoa com o Myoho-renge-kyo externo, e assim nosso próprio estado de buda se manifesta” (Ibidem).
Essa fusão é a conquista do estado de buda.