ROTANEWS176 E NEGRO BELCHIO 26/06/2016 00h00
Com imensa satisfação, registro neste blog o trabalho de Roger Cipó, um jovem fotógrafo-pesquisador de 24 anos, educador social, candomblecista e militante contra os crimes de intolerância religiosa e do racismo. Suas produções e pesquisas fotográficas focadas em terreiros de candomblé, tem como objetivo estudar as diversas estruturas que baseiam as sociedades afro religiosas de São Paulo. Além de divulgar as belezas e riquezas existentes no cotidiano social, cultural e ritualístico das comunidades, ele usa a fotografia como ferramenta de promoção e luta contra os crimes de intolerância e racismo. Reprodução/Foto-RN176 Da direita para esquerda: Oyá – Oxum -Yewa
Sobre os Orixás, para além de todas as definições teóricas e técnicas de grandes pesquisadores, vou me ater a uma das definições mais sinceras e lindas que encontrei, nas palavras de Janaína Teodoro: “Orixá não é espirito daqueles que vem de fora e toma o corpo. Não somos ‘espíritas’ – não haveria problemas se fossemos. Orixá é a força que vem de dentro. Nosso corpo é o templo do sagrado!”
Reprodução/Foto-RN176 Da direita para esquerda: Nanã – Ogum – Oxóssi
Orixá, ou Nkise, ou Vodun, é força mais pura que cada um trás em seu ser. É o pouco de África ancestral que renasce em quem se conecta. É a nossa capacidade de se perceber parte importante do mundo. É a folha em nós, é a água, o vento, o fogo, a poeira, o ar que dá vida, a placenta, o coração que pulsa, a vontade de vencer na vida, a certeza de que a morte é o lugar de vida também.
Omolu
Assim, compartilho uma parte da série “Orixás do Candomblé – Retratos da Força Ancestral da Fé Negra”, imagens que me foram permitidas ao longo da pesquisa “Olhar de um Cipó”, numa tentativa de registrar a presença das forças de Orixá, Nkises e Voduns, quando convidados pelos toque dos atabaques e dos cantos sagrados, alinhados à fé de seus filhos e filhas que se manifestam e revivem suas histórias, lutas e relações de amor com seus descendentes.