Parábolas budistas encantam e ensinam

ROTANEWS176 E POR  JORNAL BRASIL SEIKYO  12/05/2022 18:43   

NOTÍCIAS REDAÇÃO

Linguagem acessível e muita interação nas noites de segunda-feira na Comunidade Joamar

Reprodução/Foto-RN176 Momentos das “Noites das Parábolas” nos quais membros e convidados interagem via on-line com os ensinamentos budistas – Editora Brasil Seikyo – BSGI

Uma tartaruga de um olho vive solitária no fundo do oceano. Sua barriga é quente, mas seu casco é frio. Uma vez a cada mil anos ela sobe à superfície, e se nessa rara ocasião encontra um tronco de madeira de sândalo com uma cavidade adequada para encaixar sua barriga, pode atingir seu desejo de resfriá-la com a água do mar e aquecer o casco com o calor do sol.¹

É nesse clima de contação de história, no caso, de parábolas budistas, que uma organização de base na Zona Norte, capital paulista, vem inovando e vendo crescer a integração de membros e convidados. São as “Noites das Parábolas”, da Comunidade Joamar, que acontecem uma vez por semana, intercalando com os estudos do Gosho, os encontros para simpatizantes e a aguardada reunião de palestra mensal. Idealizada no período de atividades virtuais, a ideia é trazer princípios e estudos do budismo de forma leve e descontraí­da. “É uma maneira para que todos compreendam facilmente a profundidade do ensinamento, além de servir de inspiração para a vida diária”, sintetiza Thiago Cosme Morais, vice-responsável pelo Distrito Tremembé e também responde pela liderança da Comunidade Joamar, os quais integram a RM Jaçanã, Sub. Norte, CNSP.

Depois de ouvir a opinião de todos, uma das primeiras parábolas escolhidas foi “parábola da tartaruga de um único olho”, conforme o trecho inicial desta matéria. No escrito A Tartaruga de Um Olho e o Tronco Flutuante, o buda Nichiren Daishonin menciona essa história citada no capítulo 27, “Rei Adorno Magnífico”, do Sutra do Lótus, para ilustrar quão raro é encontrar o Nam-myoho-renge-kyo. Ao mesmo tempo, revela nossa boa sorte em praticar o budismo. “Foi muito comentada”, reforça Thiago, citando as demais parábolas selecionadas: a das “três carroças”, a do “general tigre de pedra” e a da “flecha envenenada”.
Interação plena

Desde os preparativos, a integração é total. A abertura da sala, a recepção e o shikai (quem apresenta a programação da atividade) estão a cargo dos integrantes da Divisão dos Estudantes (DE), em especial, intercalando com as outras divisões. Depois, a leitura de quatro parábolas, escolhidas na Extranet da BSGI, e na sequência o momento de opiniões e reflexões sobre a história. A atividade é conduzida em conjunto entre os líderes de bloco e de comunidade. Na primeira segunda-feira, os líderes da comunidade se organizam para coordená-la; nas demais, é a vez das lideranças de cada bloco assumirem o papel de preparar tudo.

“Essas atividades são bastante incentivadoras. As metáforas utilizadas nos fazem refletir sobre a vida de uma forma mais compreen­sível. Entendemos e resgatamos os ensinamentos e aprendizados de humildade, respeito, sinceridade e, acima de tudo, a fé dos reais valores aos seres humanos.” A manifestação é de um convidado da Divisão Sênior (DS) da localidade, Mário César Pereira, que em breve receberá o Gohonzon, o objeto de devoção dos budistas.

“Estamos em união. As intera­ções são frequentes e estimulantes, tornando o encontro um sucesso”, afirma Thiago. Em uma das edições, cerca de trinta pessoas foram atraídas pela temática, inspirando outros níveis de realização. Thiago reforça: “É uma grande alegria, todo mês tem”.

No topo: Momentos das “Noites das Parábolas” nos quais membros e convidados interagem com os ensinamentos budistas

Nota:

  1. RDez, ed. 204, dez. 2018, p. 24-25.